BIOGRAFIA
Navildo
Vian, filho de Marcos Lázaro Vian e Mathilde
Ánderle, nasceu na cidade de Roca Sales -
RS em 27 de agosto de 1940, componente de uma grande
família com sete irmãos e três
irmãs, uma família muito religiosa
e muito unida.
No Seminário, no Rio Grande do Sul, realizou
seus estudos de 1º e 2º graus, nde sentiu
na alma o convite de Deus para consagrar-se religioso,
aceitou de bom grado e em 25 de janeiro de 1960,
fez a Profissão dos votos perpétuos
de pobreza, castidade e obediência na Ordem
Religiosa dos Franciscanos Capuchinhos, na Província
do Rio Grande do Sul. E, como é de costume
naquela Ordem, mudou o nome de batismo de Navildo
para Frei Itamar.
Rumo ao Sacerdócio
ItamarVian fez os estudos de Filosofia pela Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí
e de Teologia em Porto Alegre. Foi ordenado sacerdote
em Porto Alegre, em 1º de dezembro de 1968,
por Dom Ivo Lorscheiter, esta figura marcante na
religiosidade brasileira.
Atividades
Frei Itamar Vian foi vigário-cooperador da
Paróquia de São Geraldo, em Ijuí,
professor de Psicologia e Meios de Comunicação
Social, na Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Ijuí, foi vigário-cooperador
da Paróquia de São José de
Fragata, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, professor
de Psicologia Social, Antropologia Cristã
e Filosofia da Comunicação, na Universidade
Católica de Pelotas, Coordenador dos Departamentos
de Estudos Religiosos e Psicologia, Decano do Centro
de Educação e Ciências do Homem
e membro do Conselho Superior da mesma Universidade
Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Na Província do Rio Grande do Sul dos Freis
Capuchinhos foi Superior da Fraternidade de Pelotas,
Diretor dos Estudos de Filosofia, Vigário
Provincial, Presidente do Conselho de Educação
e Cultura, Vice-Presidente da Sociedade Literária
S. Boaventura, Delegado da Província ao Capítulo
Geral dos Freis Capuchinhos para a Reforma das Constituições
da Ordem Religiosa.
Ordenação Episcopal
Em 1980, a Nunciatura Apostólica no Brasil
lhe escreveu, confidencialmente, pedindo a Frei
Itamar Vian para aceitar a ser bispo. Ele, depois
de longo discernimento, achou-se indigno desta eleição,
mas, em 1984, ficando vacante a Diocese de Barra,
na Bahia, diocese muito pobre e necessitada, a Nunciatura
Apostólica voltou a solicitar-lhe que aceitasse
a Ordem Episcopal. Desta vez, após discernirmento,
aconselhamento e muita oração, Frei
Itamar Vian, aceitou a tão digno e honroso
pedido. Foi sagrado bispo em Caxias do Sul, no Rio
Grande do Sul, em 8 de abril de 1984.
Em 1995 com a renúncia do então Bispo
Dom Silvério Jarbas de Albuquerque (1973-1995),
foi substituído por Dom Itamar Vian, OFM
Cap. (Ordem dos Frades Menores Capuchinhos) que
foi transferido da Diocese de Barra-BA para a Diocese
de Feira de Santana. Em 16 de janeiro de 2002 o
Papa João Paulo II criou a Arquidiocese de
Feira de Santana, nomeando Dom Itamar Vian Arcebispo.
Assim, a Arquidiocese de Feira de Santana passa
a se constituir Província Eclesiástica
sendo desmembrada da Arquidiocese de Salvador e
abrange as Dioceses de Barra, Barreira, Senhor do
Bonfim, Irecê, Juazeiro, Paulo Afonso e Rui
Barbosa.
BRASÃO
DE DOM ITAMAR VIAN
O
Brasão é um distintivo que representa
o programa de vida, de atividades e as metas fundamentais
que o novo bispo deseja atingir e realizar com sua
missão pastoral em favor do Povo de Deus.
O
CHAPÉU é um símbolo
de dignidade episcopal; a Cruz recorda o dever pastoral
do bispo enquanto sucessor dos Apóstolos
de Jesus Cristo e o Escudo procura identificar as
intenções e a missão do novo
bispo e as principais características da
Diocese de Barra.
A
CRUZ, em forma de "T" (tau) representa
a visão franciscana do novo bispo e seu propósito
de viver e promover a fraternidade entre os homens
e o respeito à natureza.
Os
ELOS, sobre um fundo azul, são
um símbolo da Santíssima Trindade,
fonte e inspiração de toda a fraternidade
humana. Na Igreja Particular de Barra, o novo bispo
prosseguirá o trabalho de construir uma grande
família cristã regida pelos princípios
da Solidariedade, da Participação
e da Comunhão.
O espaço, em cor marrom, representa a terra
fértil da Diocese de Barra. Esse espaço
é cortado por uma faixa, em azul, que simboliza
o Rio São Francisco. A
TERRA é
um dom de Deus para todos os homens. O
PEIXE
é o pão cotidiano para grande parte
da população da região e, ao
mesmo tempo, recorda Jesus Cristo, o verdadeiro
"pão que desce do céu e dá
vida ao mundo" (Jo. 6,33).
O
LEMA inspira-se na frase do Evangelho de
Mateus 23,8 onde Cristo afirma que "Somos Todos
Irmãos" e o Plano de Deus é formar
uma igreja onde haja "um só rebanho
e um só Pastor" (Jo. 10,16.
BULA
APOSTÓLICA DE NOMEAÇÃO
(traduzida)
JOÃO PAULO BISPO
SERVO DOS SERVOS DE DEUS
"Ad
perpetuam rei memoriam", isto é,
para que isto fique lembrado para sempre.
Tendo sido escolhido para governar todo
o rebanho do Senhor e movidos por certo
pelo zelo pastoral, não poupamos
esforços incessantes a fim de que
os benefícios da salvação
de Jesus Cristo cheguem ao maior número
possível dos homens.
Por isso nos apressamos em atualizar a organização
eclesiástica com o objetivo de que
estes benefícios sejam mais facilmente
colocados à disposição.
Portanto, por pedido insistente da Conferência
dos Bispos do Brasil, com o apoio também
do venerável Irmão Alfio Rapisarda,
Arcebispo titular de Canes, Núncio
Apostólico do Brasil, e com o Conselho
da Congregação para os Bispos,
baseados no nosso poder Apostólico,
decretamos e estabelecemos o seguinte: a
sede de FEIRA DE SANTANA fica separada
da jurisdição metropolitana
da Igreja de São Salvador no Brasil
e fica elevada à dignidade de Igreja
Arquiepiscopal Metropolitana com todos os
respectivos direitos e privilégios
de que gozam, segundo as normas do direito,
as outras sedes Metropolitanas.
A recém criada Província de
Feira de Santana abrange a Sede Metropolitana
do mesmo nome e as Dioceses de Barra, Barreira,
Bonfim, Irecê, Juazeiro, Paulo Afonso
e Rui Barbosa, até agora pertencentes
à Província Eclesiástica
de São Salvador no Brasil.
Ao Pastor das coisas sagradas de Feira de
Santana, durante o tempo do seu mandato,
"Pro tempore", damos a honra da
dignidade Arquiepiscopal e do grau de Metropolita
e lhe acrescentamos os encargos e as obrigações
determinados pelos cânones sagrados.
Elevamos o atual Bispo da acima citada cidade
de Feira de Santana, a saber, o venerável
Irmão ITAMAR VIAN, da ordem
dos Frades Menores Capuchinhos, à
dignidade Arquiepiscopal e ao grau de Metropolita,
concedendo-lhe todos os direitos e privilégios
de que gozam os Metropolitas e acrescentando-lhe
igualmente os encargos e obrigações
aos quais os mesmos ficam submetidos.
Para executar todas estas coisas delegamos
o venerável Irmão Alfio Rapisarda,
acima lembrado, dando-lhe, para isto, a
faculdade de subdelegar qualquer outro constituído
em dignidade eclesiástica. Por fim,
executado tudo que determinamos, sejam exarados
os documentos, dos quais envie-se cópia
fiel à Congragação
para os Bispos, não obstante a existência
de qualquer coisa em contrário.
O presente documento foi redigido em Roma
junto a São Pedro, aos 16 do mês
de janeiro do ano do Senhor de 2002, vigésimo
quarto do nosso Pontificado.