sexta-feira, 23 de junho de 2017

Presidente da Eletrobras diz que 40% dos gerentes são 'vagabundos' e 'safados'



Presidente da Eletrobras diz que 40% dos gerentes são 'vagabundos' e 'safados'O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, se referiu a gerentes da estatal como "vagabundos" e "safados" durante a apresentação de um plano de reestruturação da companhia que vai resultar no corte de quase metade de seu quadro de funcionários. Segundo informações do G1, a declaração gerou mal-estar entre sindicatos de trabalhadores, que decretaram uma greve de 24 horas nesta quinta-feira (22). "São 40% da Eletrobras. 40% de cara que é inútil, não serve para nada, ganhando uma gratificação, um telefone, uma vaga de garagem, uma secretária. Vocês me perdoem. A sociedade não pode pagar por vagabundo, em particular, no serviço público", disse Ferreira. Em nota, a Eletrobras afirmou que o presidente pediu desculpas aos colaboradores da empresa por meio de um vídeo divulgado internamente. A estatal também argumentou que o áudio foi tirado de contexto. O texto alega que a declaração aconteceu em um momento em que os sindicatos ameaçaram entrar na justiça contra as privatizações e se mostraram contrários ao plano de desligamento voluntário. "O presidente elencou diversas situações inaceitáveis dentro de uma empresa do porte da Eletrobras, como falta de comprometimento de alguns gerentes, descaso com as metas da companhia e, até mesmo, fraudes envolvendo o sistema de catracas, que registram o ponto. Por isso, com o intuito de alertar aos sindicatos para que eles também se manifestem contra esse tipo de comportamento indevido, o presidente usou de maior veemência", relata a nota.

PERÍCIA DA PF CONCLUI QUE NÃO HOUVE EDIÇÃO EM ÁUDIO DE TEMER COM JOESLEY



A perícia foi finalizada nesta sexta-feira 23 pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística); os peritos identificaram mais de 180 interrupções "naturais" no áudio da conversa entre Michel Temer e o empresário Joesley Batista nos porões do Palácio do Jaburu; a análise indica ainda que o equipamento utilizado pelo dono da JBS possui um dispositivo que pausa automaticamente a gravação em momentos de silêncio e a retoma quando identifica som; defesa de Temer questionava a legitimidade das gravações, que foram apresentadas como provas por Joesley em seu acordo de delação premiada; o advogado de Temer, Antônio Claudio Mariz de Oliveira, admitiu nesta quinta que se a perícia da PF não mostrasse nada, seria preocupante; "Se a perícia não mostrar nada, fica difícil", afirmou.
A análise foi concluída nesta sexta-feira 23 pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística). Os peritos identificaram mais de 180 interrupções "naturais" no áudio, que foi gravado por Joesley nos porões do Palácio do Jaburu em março desse ano.
A perícia indica ainda, segundo a Folha, que o equipamento utilizado pelo dono da JBS possui um dispositivo que pausa automaticamente a gravação em momentos de silêncio e a retoma quando identifica som.
A defesa de Temer questionava a legitimidade das gravações, que foram apresentadas como provas pelo dono da JBS como provas de suas denúncias em seu acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
O advogado de defesa de Temer, Antônio Claudio Mariz de Oliveira, admitiu nesta quinta que se a perícia da PF não mostrasse nada, seria preocupante. "Se a perícia não mostrar nada, fica difícil", afirmou.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

SAAE firma parceria com o programa Escola Verde da UNIVASF

Parceria SAAE UNIVASFCriado em 2011 com o objetivo de levar até as escolas públicas de Juazeiro e Petrolina informações, sensibilização, mobilização e estimulo a Educação Ambiental, o Projeto Escola Verde da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) recebe o apoio do Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE) em palestras, oficinas e distribuição de panfletos educativos.
A parceria, de acordo com o diretor do SAAE, Joaquim Neto, fortalece o trabalho social que a autarquia já vem desenvolvendo nas escolas e associações de moradores, com palestras e seminários sobre esgotamento sanitário, coleta e destino final dos resíduos sólidos, cursos para fabricação de produtos de limpeza e incentivo a coleta seletiva. “É um trabalho de grande relevância, pois a educação ambiental se constitui hoje em importante ferramenta de transformação. A UNIVASF reconheceu nosso esforço na contribuição para um ambiente mais saudável e pela melhoria da qualidade de vida da nossa população”, frisou Neto.
O Doutor em Sociologia do Desenvolvimento e coordenador geral do Projeto Escola Verde, Paulo Roberto Ramos, considera o trabalho realizado pelo SAAE fundamental na prevenção de doenças, pois entende que fornecer água de qualidade, coletar e tratar o esgoto, é sinônimo de qualidade de vida.
“O projeto que começou com quatro alunos se transformou em Programa através do Ministério da Educação e hoje, já são mais de 100 alunos e professores participando, estimulando e mobilizando estudantes de mais de 120 escolas em ambiente propício à aprendizagem, o conhecimento e a mudança de comportamento. As atividades de pesquisa servem para embasar e direcionar as ações extensivas que passam pela educação ambiental com atividades diversas, transformando os alunos em multiplicadores para que o conhecimento chegue a outros lugares”, explicou o professor, que estava acompanhado da coordenadora administrativa do programa, Andreina Ligia Pinto da Silva.
Antonio Pedro/Ascom SAAE


 

Mulher é atacada com ácido por ex-nora, diz polícia

Uma mulher de 51 anos está internada em estado grave no Hospital geral do Estado (HGE), em Salvador, após ter sido atacada com ácido pela ex-nora

Publicada em 19/06/2017 07:57:28
Uma mulher de 51 anos está internada em estado grave no Hospital geral do Estado (HGE), em Salvador, após ter sido atacada com ácido pela ex-nora.
De acordo com informações do Centro Integrado de Comunicação (Cicom), da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o caso ocorreu na manhã do último (17), no bairro de Fazenda Coutos. Segundo o Cicom, a vítima estava no próprio estabelecimento, uma loja de eletrônicos, quando a suspeita chegou ao local e jogou o produto químico na comerciante.
Familiares informaram no posto policial da unidade de saúde que a suspeita não aceitava o fim do relacionamento com o filho da vítima. A mulher foi socorrida por comerciantes vizinhos para o Hospital do Subúrbio e, depois, foi transferida para o HGE.
Conforme relatos de testemunhas, a agressora também se queimou e precisou de atendimento médico. Ela foi levada para o HGE, mas já foi liberada. Não há detalhes se a suspeita foi encaminhada para alguma unidade policial.
O G1 entrou em contato com a 5° Delegacia Territorial (DT Periperi/Praia Grande), responsável pela região, que ainda não tem detalhes da ocorrência.

 


 

Homem responde a anúncio do Facebook para ganhar cão e é morto na frente dos filhos


 

 

  • Reprodução/Twitter
O norte-americano Scott Bowman foi morto dentro de sua casa na noite da última quarta-feira em Jacksonville, nos Estados Unidos. A noiva de Scott, Chelsea Bowman, relatou o episódio para a WFTV, emissora da rede de TV ABC, dos EUA.
Chelsea explicou que eles estavam separados, mas iriam casar novamente em breve. Ela disse que o casal queria um cachorro. Por esse motivo, eles responderam a um anúncio no Facebook de um homem que queria dar um cão.
Chelsea disse que falou para o homem - cujo nome não foi informado pela polícia local - que iria levar o cachorro. Mas, segundo ela, o homem insistiu em ir com o casal para a residência deles.
Quando eles chegaram em casa, Chelsea contou que eles convidaram o homem para uma bebida, como forma de agradecimento por ganharem o cachorro. Ela observou que a partir daí as coisas ficaram estranhas. "O cara tirou os sapatos e ficou. E ele não queria sair, deixando tudo muito desconfortável".
Segundo Chelsea, o casal reiterou ao homem que era para ele deixar o local porque as crianças precisavam dormir - mas ele se recusou a sair. "Ele passou a ficar muito instável, (parecia) muito bêbado. Meu marido (Scott) foi usar o banheiro, e ele o esperou. Depois o agarrou e começou a agarrá-lo, derrubá-lo, agredi-lo. Scott não estava vencendo a luta".
Chelsea explicou que a sua filha lhe contou que viu o homem apontar uma arma para a cabeça de Scott, que conseguiu se desvencilhar, ficar com a arma e atirar no braço do homem. A filha disse ainda que Scott começou a correr, mas o homem atirou no seu peito.
"(A filha) Kinley começou a gritar: 'Você atirou no meu pai! Você atirou no meu pai!'. Eu disse a ele: 'Corra! Vá buscar ajuda!'. Enquanto isso, tentei acordar o meu marido".
Quando os policiais chegaram, havia um homem fora que lhes contou que se envolveu no tiroteio. Por isso, ele foi detido para averiguações. A Polícia local informou que, na última sexta, os indivíduos envolvidos no tiroteio foram identificados, e a investigação está em curso.
Chelsea Bowman disse que seu marido foi assassinado, e ela quer o assassino preso. "Eu sinto falta do meu marido. Eu só quero que ele volte. Sigo pensando que foi um sonho horrível".

domingo, 18 de junho de 2017

Kamikazes do asfalto

 

 

Levantamento divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no final de semana confirma Santa Catarina como estado campeão das infrações por excesso de velocidade nas estradas sob jurisdição federal. Não surpreende, eis que o Estado, nesses anos recentes, já conquistou três vezes este assustador e vergonhoso título, que atesta a falta de civilidade, a imprudência e a irresponsabilidade dos nossos condutores de veículos. Segundo as estatísticas da PRF, desde o início do ano, ao longo das BRs que cortam o território catarinense, que ocupa apenas 1,1% da terra brasileira, foram aplicadas 37.160 multas por excesso de velocidade, que acontece ser a mais perigosa e letal de todas as infrações sobre rodas.
Explica-se por quais razões o Estado ocupa, há anos, o segundo lugar no ranking nacional de mortes em acidentes de trânsito, perdendo apenas para Minas Gerais. Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em diversas unidades federadas – e SC destaca-se também neste elenco –, o trânsito mata mais do que a violência interpessoal e muitas doenças, inclusive endêmicas.
Em matéria de multas por excesso de velocidade, deixamos para trás estados com frotas de veículos e territórios bem mais alentados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Outra explicação não há que não a imprudência e a irresponsabilidade dos motoristas que, de acordo com os levantamentos das polícias rodoviárias a federal e a estadual causam mais de 94% dos acidentes de trânsito nas estradas e vias urbanas.
Há que deter esses kamikazes sobre rodas, e o melhor instrumento para tanto é a aplicação severa da lei _ da multa à cassação da habilitação _ e o fim da impunidade. Os números que acabam de ser divulgados pela PRF são eloquentes a respeito. É um caso de vida ou morte.

Comerciante é atacada com ácido por ex-nora e fica em estado grave


 

 

A comerciante Albina Pereira da Silva, 51 anos, está em estado grave, após ter tido o corpo todo queimado com ácido pela ex- nora, Ísis Janaína de Jesus, que não teve a idade informada. O ataque ocorreu na manhã do último sábado (17), por volta das 9h50, na loja da vítima, a Albatan Eletrônica e Informática, na Rua Muniz Ferreira, em Nova Brasília de Valéria. 
Durante o ataque, a agressora acabou se queimando também e precisou ser hospitalizada. A vítima foi socorrida por comerciantes vizinhos para o Hospital do Subúrbio e, de lá, transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE). A agressora também foi levada para a unidade.
Segundo informações do posto policial do HGE, o ataque foi a forma que Ísis encontrou de vingança porque o filho de Albina terminou o relacionamento com ela. Ainda de acordo com informações do posto policial, a agressora ligou antes de atacar a vítima com ácido para informar que estava indo ao local se vingar.
Comerciantes vizinhos do estabelecimento da vítima contaram que a agressora aparenta ter entre 20 e 22 anos, que ela não era muito conhecida na área e que só ia ao local com o namorado. Testemunhas contaram ainda que ela chegou a comércio da vítima de carro e cumprimentou os lojistas do lado. Eles informaram ainda que a ação toda durou cerca de cinco minutos.
Funcionária da loja Moda, que fica do lado do comércio da vítima, Santos Siqueira, 51 anos, conta que, na saída, Ísis ainda bateu com o carro em mais três veículos e quase atropelou algumas pessoas.  "Quando saí da loja achei que tivesse sido um tiro, uma facada, ou algo do tipo. Ajudei a socorrer e levar ela até o banheiro de Val", disse.
Ao ouvir os gritos de dona Albina, os comerciantes correram para ver o que tinha acontecido e a encontraram agonizando, com a roupa derretendo. Foi então que a levaram para o Bar e Lanchonete do Val, que fica próximo, e a colocaram embaixo do chuveiro para tirar a substância do corpo dela. Em seguida, a levaram para o Hospital do Subúrbio. 
"Escutei os gritos de dentro da lanchonete e fui correndo ver o que era. Quando cheguei lá, vi a roupa dela rasgada e o corpo ferido. Levei ela para o banheiro da minha lanchonete e dei um banho. Depois pedi que os comerciantes do lado arranjassem um carro para levá-la a um hospital", contou o proprietário da Lanchonete do Val, Edval Santos, 53 anos

Rafaela Conceição é sua nutricionista de plantão

Não precisa ir tão longe para encontrar a profissional de competência em nutrição, basta passar pela Avenida Castro Alves, em frente a Praça do Bosque, (ponto de referência o Mercadinho Imperial).
Além de atendimento domiciliar, ela também desenvolve sua atividade profissional no Instituto Bambú.

sábado, 17 de junho de 2017

Causa LGBT já avança na seara evangélica



Espaços protestantes se abrem à comunidade em SP; Parada Gay ocorre neste domingo, 18, e religião é tema

Pesquisa sobre idosos tinha perguntas relacionadas à comunidade LGBT desde 2014, mas na edição de 2017 as questões foram retiradas 
 
Pesquisa sobre idosos tinha perguntas relacionadas à comunidade LGBT desde 2014, mas na edição de 2017 as questões foram retiradas
Foto: Pixabay
Alexya Salvador, de 36 anos, costuma dizer que “nasceu e cresceu” na Igreja Católica. Durante quatro anos, até frequentou um seminário para seguir o sacerdócio. Contudo, quanto mais o tempo passava, menos encontrava acolhimento naquela religião. Em 2009, há um ano sem ir à missa e ainda com identidade masculina, procurou uma igreja para casar com o professor de matemática Rodrigo Salvador, de 28.
Ao visitar o primeiro culto, avistou uma drag queen no púlpito e já soube que passaria a frequentar a Igreja Comunidade Metropolitana (ICM), pioneira mundial na chamada “teologia inclusiva” e fundada em 1968 nos Estados Unidos. “Sempre tive um chamado espiritual muito forte. Era muito difícil para mim não poder exercer isso”, diz. Ao lado da ICM, São Paulo tem ao menos outras três igrejas protestantes abertas à comunidade LGBT: a Igreja Contemporânea Cristã, a Comunidade Cristã Nova Esperança e a Cidade de Refúgio.
Diante desse espaço restrito e também pela pressão política de bancadas religiosas contra reivindicações da causa LGBT, a Associação da 21.ª Parada do Orgulho LGBT escolheu o tema “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é Lei! Todas e todos por um Estado Laico” para a edição de 2017, que ocorre neste domingo, 18, a partir das 10 horas, na Avenida Paulista.
A história de Alexya ainda é, portanto, uma exceção. Ela relata que, se tivesse encontrado o conforto que a ICM lhe trouxe, possivelmente teria feito a transição de gênero antes, o que ocorreu apenas em 2012. “Por volta dos 22 anos, disse que era gay, o que não era verdade. Eu me sentia atraída por homens, mas não me considerava um”, relembra. Só por se declarar homossexual, teve de deixar atividades da paróquia que frequentava naquela época, como a catequese.
Hoje pastora auxiliar em um templo em Santa Cecília, zona oeste de São Paulo, Alexya deve tornar-se a primeira reverenda transgênero da ICM na América Latina ainda neste ano. Nos cultos, utiliza uma batina preta com colarinho branco, parecida com a que é utilizada por padres católicos, religião que detém rituais litúrgicos parecidos. Além das atividades na igreja, é professora de geografia e tem dois filhos, Gabriel, de 12 anos, e Ana Maria, de 10 anos, que também é transgênero.
A pastora participa anualmente da Parada LGBT, mas relata haver pouco diálogo entre as igrejas inclusivas. “Fico feliz que existam outras. Acho que a gente deveria ser mais unido. Até porque pessoas LGBT têm pavor de religião, porque foram oprimidas a vida toda por dogmas religiosos. A gente tem de desconstruir esses dogmas e mostrar uma doutrina de amor”, argumenta.
Dentre os temas que dividem a teologia inclusiva estão o consumo de pornografia, bebidas alcoólicas e sexo antes do casamento, além de outros costumeiramente condenados em religiões protestantes. “Na ICM, dizemos que a sua cabeça é o seu guia. Não tem razão para proibir bebida, balada, carnaval, se isso não faz mal nem para mim nem para o outro. Até brinco que sexo antes do casamento não tem problema também desde que não atrase a hora da celebração.”
Cidade de Refúgio. Na quarta-feira, o Estado visitou um culto de uma das maiores igrejas abertas a LGBTs do Brasil, a Cidade Refúgio, que tem a sua principal sede na Avenida São João, no centro de São Paulo. Ela foi criada em 2011, pelo casal de pastoras Lanna Holder, de 42 anos, e Rosania Rocha, de 44, que deixaram a igreja e os respectivos casamentos após se conhecerem.
Com o tema “Vencendo traumas”, o culto reuniu cerca de 250 fiéis, em sua a maioria gays, lésbicas e bissexuais entre 20 e 40 anos, embora também houvesse crianças, idosos e casais heterossexuais. No início, a pastora Rosania e outros integrantes da igreja cantavam versos como “ao Deus da minha vida, que me compreendeu sem nenhuma explicação”. Fiéis erguiam os braços, alguns muito emocionados. Outros, gritavam “aleluia”. Na frente do altar, um rapaz e duas moças vestiam túnicas cor-de-rosa e dançavam.
Em seguida, a pastora Lanna começou o sermão, no qual comparou a história de abandono e abusos sofrida por Jefté, no Antigo Testamento, com o que ela e outras pessoas LGBT viveram. “Jefté vivenciou a dor de um filho desprotegido. Quantos de nós não vivenciamos essa dor?”, questionou a pastora. “Mas Deus nunca foi indiferente com você. Está cuidando de nós nos mínimos detalhes.”
Durante o culto, assistido por ao menos 227 pessoas pela internet, Lanna lembrou os apelidos pejorativos que muitos de seus fiéis já ouviram. “Você não é o maricas que falavam que você era”, disse. Logo depois, em tom descontraído, condenou relações antes do casamento. “Não precisa fazer ‘test drive’. Fala ‘eu sou passivo’, eu ‘sou ativo’ e só. A gente faz uma análise histórico-crítica da Bíblia, mas não podemos mudar o que ela defende.”
Dentre os frequentadores, muitos estavam à vontade em demonstrar afeto com pessoas do mesmo gênero, seja por estar de mãos dadas ou abraçados. Dentre eles estavam a pedagoga Cris Rosa, de 34 anos, que conheceu Marta Almeida, de 48, na igreja que frequenta há seis anos.
Elas se casaram há dois anos naquele mesmo local, com Cris usando um vestido com temática africana. “A primeira vez que eu vim, foi para provocar a Lanna. Eu odiava ela. Achava que ela ainda era uma (Silas) Malafaia de saias, que se dizia ex-lésbica curada”, lembra, ao se referir ao passado da pastora na Assembleia de Deus. “Vim cheia de desaforo, achando que iria detestar, mas chorei o culto inteiro. Nunca mais saí daqui.”
Umbanda e candomblé são mais receptivos
O psiquiatra Marcelo Niel, de 43 anos, começou a frequentar terreiros de umbanda por volta dos 20 anos, quando ainda cursava a faculdade de Medicina. Foi 10 anos depois, contudo, que passou a se declarar gay. Hoje filho de santo no candomblé, Niel estuda as duas religiões em seu doutorado em Antropologia. Segundo ele, a receptividade aos LGBTs depende dos responsáveis pelas casas ou terreiros.
Mas um dos motivos pelo qual Niel atribui o maior espaço no candomblé, por exemplo, é que cada pessoa se reporta ao seu orixá, que pode tanto ser homem quanto mulher. Dentro dos mitos da religião, há casos de orixás andrógenos que se envolveram com figuras do mesmo gênero, como Xangô, considerado o mais viril dentre os orixás. “A gente tem uma relação muito próxima com o nosso orixá, de modo que se acredita até que eles influenciam nossas ações”, diz.
Já na umbanda, a crença é mais voltada para o aspecto espiritual, conforme explica Pai Joãozinho Galerani, do Terreiro da Vó Benedita, de Campinas. “Na minha casa, sempre digo que somos todos iguais e temos que primar pelo amor.”

Menina de 2 anos desmaia e morre após ser estuprada; padrasto é o principal suspeito


 

 

 

  • Reprodução/Google Maps
    Delegacia de Paulo Afonso/BA
    Delegacia de Paulo Afonso/BA
Um homem foi preso nesta sexta-feira (16) acusado de estuprar e matar a enteada de apenas dois anos. O caso aconteceu no município de Paulo Afonso (BA).
De acordo com informações da Polícia Militar, o suspeito tem 59 anos e está detido na delegacia local. Uma transferência para o presídio municipal deve acontecer na próxima semana.
A criança foi levada ao hospital após desmaiar em casa. Os médicos que a atenderam notaram os sinais de violência sexual, o que levou à prisão do padrasto. O caso está sob investigação na Delegacia da Mulher. O corpo da garota está no Instituto Médico Legal (IML). Um laudo conclusivo deve ser realizado na próxima semana.
"O laudo preliminar nós temos e a coisa é grave. Temos fotos e dá para ver que é feio, ainda mais com uma criança. É certo que ela foi abusada", afirmou o investigador da polícia Edson Silva, ao UOL.
Ainda segundo a PM, a mãe da menina já prestou depoimento, mas os detalhes não podem ser divulgados. A mulher possui mais duas filhas com idades de quatro e cinco anos. Todas devem passar por exames para que as autoridades saibam se elas também foram abusadas.
A mãe teria conhecido o padrasto da criança há dois meses e aceitou morar com ele.

Temer chama Joesley de 'bandido notório' e diz que o processará


 

 

 

(Foto: EBC)
O presidente Michel Temer ingressará na próxima segunda (19) com ações na Justiça contra o dono do grupo J&F, Joesley Batista. A informação foi divulgada na tarde deste sábado (17), por meio de nota, pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
No texto, a Presidência critica o acordo de delação premiada firmado pelo empresário e o chama de "bandido notório" (leia na  íntegra abaixo).
A nota foi divulgada após a divulgação de uma entrevista de Joesley à revista "Época". Na reportagem, o empresário acusa o presidente de liderar "a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil" e afirma que Temer não tinha "cerimônia" para pedir dinheiro para o PMDB.
Na nota, o Palácio do Planalto acusa o empresário de "desfiar mentiras" na entrevista e aponta "inverdades" que teriam sido narradas por Joesley à revista.
"Em entrevista, ele diz que o presidente sempre pede algo a ele nas conversas que tiveram. Não é do feitio do presidente tal comportamento mendicante. Quando se encontraram, não se ouve ou se registra nenhum pedido do presidente a ele. E, sim, o contrário. Era Joesley quem queria resolver seus problemas no governo, e pede seguidamente. Não foi atendido antes, muito menos depois", afirma a nota.
Logo depois, o Palácio do Planalto passa a criticar o acordo de delação premiada firmado entre Joesley Batista e o Ministério Público Federal. Segundo a nota, os crimes admitidos pelo empresário "somariam mais de 2000 mil anos de detenção".
O acordo de Joesley vem sendo criticado por diversos políticos citados nos depoimentos. Isso porque, pelo acordo, o empresário receberá perdão judicial das ações em andamento na Lava Jato e não será denunciado como réu em novas ações penais.
"Ao delatar o presidente, em gravação que confesa alguns de seus pequenos delitos, alcançou o perdão por todos seus crimes. [...] Os fatos elencados demonstram que o senhor Joesley Batista é o bandido notório de maior sucesso na história brasileira. Conseguiu enriquecer com práticas pelas quais não responderá e mantém hoje seu patrimônio no exterior com o aval da Justiça", diz a nota de Temer.
"O presidente tomará todas medidas cabíveis contra esse senhor. Na segunda-feira, serão protocoladas ações civil e penal contra ele. Suas mentiras serão comprovadas e será buscada a devida reparação financeira pelos danos que causou, não somente à instituição Presidência da República, mas ao Brasil", diz a nota.
Veja a íntegra da nota divulgada pela Presidência da República:
Nota à Imprensa
Em 2005, o Grupo JBS obteve seu primeiro financiamento no BNDES. Dois anos depois, alcançou um faturamento de R$ 4 bilhões. Em 2016, o faturamento das empresas da família Batista chegou a R$ 183 bilhões. Relação construída com governos do passado, muito antes que o presidente Michel Temer chegasse ao Palácio do Planalto. Toda essa história de "sucesso" é preservada nos depoimentos e nas entrevistas do senhor Joesley Batista.
Os reais parceiros de sua trajetória de pilhagens, os verdadeiros contatos de seu submundo, as conversas realmente comprometedoras com os sicários que o acompanhavam, os grandes téntaculos da organização criminosa que ele ajudou a forjar ficam em segundo plano, estrategicamente protegidos.
Ao bater às portas do Palácio do Jaburu depois de 10 meses do governo Michel Temer, o senhor Joesley Batista disse que não se encontrava havia mais de 10 meses com o presidente. Reclamou do Ministério da Fazenda, do CADE, da Receita Federal, da Comissão de Valores Mobiliários, do Banco Central e do BNDES. Tinha, segundo seu próprio relato, as portas fechadas na administração federal para seus intentos. Qualquer pessoa pode ouvir a gravação da conversa na internet para comprová-lo.
Em relação ao BNDES, é preciso lembrar que o banco impediu, em outubro de 2016, a transferência de domicílio fiscal do grupo para a Irlanda, um excelente negócio para ele, mas péssimo para o contribuinte brasileiro. Por causa dessa decisão, a família Batista teve substanciais perdas acionárias na bolsa de valores e continuava ao alcance das autoridades brasileiras. Havia milhões de razões para terem ódio do presidente e de seu governo.
Este fim de semana, em entrevista à revista Época, esse senhor desfia mentiras em série.
A maior prova das inverdades desse é a própria gravação que ele apresentou como documento para conseguir o perdão da Justiça e do Ministério Público Federal por crimes que somariam mais de 2000 mil anos de detenção. Em entrevista, ele diz que o presidente sempre pede algo a ele nas conversas que tiveram. Não é do feitio do presidente tal comportamento mendicante. Quando se encontraram, não se ouve ou se registra nenhum pedido do presidente a ele. E, sim, o contrário. Era Joesley quem queria resolver seus problemas no governo, e pede seguidamente. Não foi atendido antes, muito menos depois.
Ao delatar o presidente, em gravação que confesa alguns de seus pequenos delitos, alcançou o perdão por todos seus crimes. Em seguida, cometeu ilegalidades em série no mercado de câmbio brasileiro comprando um bilhão de dólares e jogando contra o real, moeda que financiou seu enriquecimento. Vendeu ações em alta, dando prejuízo aos acionistas que acreditaram nas suas empresas. Proporcionou ao país um prejuízo estimado em quase R$ 300 bilhões logo após vazar o conteúdo de sua delação para obter ganhos milionários com suas especulações.
Os fatos elencados demonstram que o senhor Joesley Batista é o bandido notório de maior sucesso na história brasileira. Conseguiu enriquecer com práticas pelas quais não responderá e mantém hoje seu patrimônio no exterior com o aval da Justiça. Imputa a outros os seus próprios crimes e preserva seus reais sócios. Obtém perdão pelos seus delitos e ganha prazo de 300 meses para devolver o dinheiro da corrupção que o tornou bilionário, e com juros subsidiados. Pagará, anualmente, menos de um dia do faturamento de seu grupo para se livrar da cadeia. O cidadão que renegociar os impostos com a Receita Federal, em situação legítima e legal, não conseguirá metade desse prazo e pagará juros muito maiores.
O presidente tomará todas medidas cabíveis contra esse senhor. Na segunda-feira, serão protocoladas ações civil e penal contra ele. Suas mentiras serão comprovadas e será buscada a devida reparação financeira pelos danos que causou, não somente à instituição Presidência da República, mas ao Brasil. O governo não será impedido de apurar e responsabilizar o senhor Joesley Batista por todos os crimes que praticou, antes e após a delação.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República

Nutricionista alerta para cuidados com as comidas típicas do São João

 

 

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17/06/2017 07h48
Segundo ela, é preciso tomar cuidado em vários aspectos, desde a higiene até o valor calórico de cada um dos alimentos.
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Nutricionista alerta para cuidados com as comidas típicas do São João
Foto: reprodução
Acorda Cidade
Entre as principais atrações das festas juninas estão as comidas típicas. Mas a nutricionista do Centro Médico da Conselheiro, Alessandra Freitas faz um alerta acerca da quantidade de comida ingerida nessa época do ano.
Segundo ela, é preciso tomar cuidado em vários aspectos, desde a higiene até o valor calórico de cada um dos alimentos. “O primeiro cuidado que devemos ter é com a qualidade do alimento e com as questões de higiene. A maioria desses alimentos é perecível e acaba estragando com mais facilidade. Muito cuidado principalmente com os alimentos que levam leite e são fáceis de ser contaminados", disse.
A nutricionista cita os alimentos menos calóricos e que, moderadamente, podem ser consumidos sem peso de consciência, pois os mesmos trazem benefícios para a saúde da pessoa. “O milho é um alimento que possui diversos nutrientes, como carboidratos (por isso é considerado um alimento energético), rico em fibras (que pode auxiliar na saciedade, bom funcionamento intestinal, controle da glicemia - taxa de glicose no sangue - diminuição do colesterol), vitaminas do complexo B (relacionadas à boa função neurológica), vitamina A (responsável pela renovação celular, ação antioxidante) e ferro”, explica.
Outro alimento que também é uma boa pedida para quem quer aproveitar as festas sem se esquecer da alimentação saudável é a batata doce. Já conhecida dos adeptos das academias, além de fornecer energia e facilitar o ganho de massa muscular, ela é uma excelente fonte de ferro, potássio e vitaminas C, E e A. “A batata doce também é muito importante para os diabéticos, ela controla a glicemia, pois absorve a glicose mais lentamente”, lembra.
Mas nem tudo está liberado. A palavra-chave, de acordo com Alessandra, é moderação. Apesar do milho ser benéfico, os pratos feitos com ele podem não ser tão saudáveis. “Quando essas comidas são preparadas, há a adição de açúcar e gordura, como queijos, leite condensado, entre outros”, ressalta. Tudo isso acrescenta calorias e, em longo prazo, pode proporcionar ganho de peso, problemas no coração, arterosclerose, entre outros.
Mas isso não significa que seja necessário abdicar de todas essas delícias de São João. A especialista dá dicas para tornar as receitas mais saudáveis. “É possível fazer a substituição de ingredientes, como trocar o leite integral pelo desnatado, utilizar o leite de coco e optar por um açúcar mais benéfico (caso do demerara ou mascavo)”, conclui.

Delação deixa 60% de condenados de fora das grades


 

 

O perdão judicial aos empresários do Grupo J&F, Joesley e Wesley Batista, reacendeu o debate sobre a extensão da contrapartida concedida aos colaboradores da Operação Lava Jato. Até então, o maior benefício recebido por delatores havia sido a redução da pena ou a atenuação da forma a ser cumprida. Em uma amostra de 26 acordos analisados pelo jornal "O Estado de S.Paulo", por exemplo, 60% dos réus condenados ao regime fechado escaparam de ficar atrás das grades após firmarem acordos de colaboração premiada.
Para o procurador da República Januário Palubo, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, os benefícios dados aos delatores, não só os concedidos aos irmãos Batista, estão longe de se configurarem impunidade. Com larga experiência em acordos de colaboração premiada, Palubo diz que se trata de contrapartidas proporcionais à quantidade e à qualidade das informações prestadas pelos delatores.
Nesse escopo estão, principalmente, as confissões de crimes por parte dos próprios delatores, as indicações de como funciona a engrenagem do esquema criminoso, a indicação de terceiros partícipes e a apresentação de provas que corroboram o depoimento.
Falando em tese sobre a delação dos acionistas da J&F, já que não participou diretamente das tratativas que resultaram no acordo, Palubo afirma que as informações fornecidas pelos delatores justificam os benefícios recebidos por eles.
O conjunto de relatos e provas documentais apresentado pelos irmãos Batista e por Ricardo Saud, executivo da J&F, holding que inclui a JBS, resultou na abertura de inquérito contra o presidente da República, Michel Temer, no afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e na prisão do ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures, entre outras consequências.

Fórmula

Com larga experiência em acordos de colaboração premiada, Palubo diz que não há uma fórmula matemática para contrapor as informações dos delatores e os benefícios dados a eles. "É feito caso a caso", disse. Ainda assim, o Ministério Público escalona a qualidade das colaborações, que vão desde a insuficiente para que o acordo seja fechado até o nível "excelente", que justifica a maior das contrapartidas: o perdão judicial.
O procurador defende o instrumento da colaboração premiada com argumentos que vão além da vantagem de encurtar os caminhos da investigação, diminuindo tempo e recursos na obtenção de provas. Segundo o procurador, os acordos permitem, por exemplo, a execução imediata das penas.
"Antigamente era muito difícil alguém cumprir pena por corrupção ou lavagem de dinheiro porque as defesas recorriam quase que infinitamente às instâncias superiores. Ao firmarem os acordos, os colaboradores obviamente abdicam de recorrer das condenações e passam a cumprir pena imediatamente", diz.

Youssef e Costa

Até então, o máximo que colaboradores haviam conseguido nos acordos de delação havia sido a redução de penas e o cumprimento delas em regimes menos gravosos que a condenação original. Foi assim com os principais delatores da Lava Jato, cujos relatos deram os alicerces para o que a operação é hoje: o operador financeiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Costa foi condenado em sete ações a um total de 78 anos e 6 meses, a serem cumpridos em regime fechado. Em mais de 80 depoimentos, ele detalhou o modus operandi do esquema de pagamentos de propinas e denunciou operadores, financiadores e mais de 20 políticos. Em contrapartida, conseguiu restringir sua pena inicial para um ano de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, 2 anos no semiaberto e o restante da pena, limitada a 10 anos, em regime aberto.
"O que mais pesou para Paulo Roberto fechar foi o medo de ele, sua mulher e suas filhas serem presos", disse um dos advogados que participaram das tratativas, que pediu para não ser identificado.
Já Youssef ajudou a detalhar o esquema na Petrobras no mesmo nível que Paulo Roberto e delatou figuras centrais, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci. Mas, por ser reincidente, já condenado no caso Banestado, cumpriu 2 anos e 8 meses em regime fechado, mesmo após o acordo. Sua condenação inicial era de 78 anos e 11 meses de prisão. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Cunha contrata advogado e cogita fazer delação, diz jornal


 

 

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contratou o advogado Délio Lins e Silva Júnior para integrar a equipe que o defende nos processos no âmbito da Operação Lava Jato. Lins e Silva advogou para Diogo Ferreira, que foi chefe de gabinete do ex-senador Delcídio do Amaral e fechou acordo de delação premiada na Lava Jato. As informação são do jornal Valor Econômico.
Cunha está preso em Curitiba desde outubro passado. O advogado disse à reportagem que não foi contratado para preparar a delação. Pessoas próximas ao ex-deputado confirmam que essa possibilidade existe, no entanto.
Lins e Silva disse que foi procurado pela família do ex-deputado para integrar a equipe de advogados que atua nos vários processos contra o ex-presidente da Câmara. Agora são três escritórios de advocacia na defesa de Cunha.
A avaliação de pessoas do entorno do peemedebista é que a barreira que impedia que Cunha delatasse era justamente a relação com a JBS. Agora Cunha faz cálculos sobre o momento de falar.
O fato de pessoas próximas a ele terem sido presas e sinalizado a disposição de colaborar pode aumentar sua pressa em delatar. As revelações de seus colegas podem esvaziar o repertório de sua possível delação premiada.
O principal operador financeiro de Cunha, Lúcio Bolonha Funaro, está negociando um acordo em que promete contar o que sabe sobre pagamentos de propina e lavagem de dinheiro envolvendo políticos, sobretudo do PMDB. Funaro está preso em Brasília.
Uma pessoa próxima a Cunha disse que a eventual delação do ex-deputado tem potencial para “implodir o modelo político”.
Eduardo Cunha é acusado de receber propina em negócios feitos na Petrobras e também de comandar um esquema de cobrança de suborno de empresários que tinham interesse em verbas do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).
Ele também é um dos políticos mais próximos do presidente Michel Temer. Foi citado em conversa gravada por Joesley Batista com Temer em que o empresário, na interpretação da Procuradoria Geral da República, diz que pagava uma mesada para manter o silêncio de Cunha e Funaro na prisão. Em duas ocasiões o ex-deputado arrolou Temer como testemunha em seus processos e enviou ao presidente perguntas sobre doações. 

Plano alimentar: o papel do nutricionista

Princípios da Atenção Nutricional ao Paciente Obeso

A atenção nutricional ou atenção dietética inclui:
  1. Avaliação do estado nutricional, para determinação do diagnóstico nutricional e das necessidades nutricionais;
  2. Desenvolvimento do plano de ação nutricional;
  3. Implementação da dietoterapia, determinada pelo cálculo da dieta e conteúdo de macro e micro nutrientes;
  4. Educação nutricional, envolvendo conceitos básicos de saúde e alimentação;
  5. Avaliação da eficiência da intervenção. Estas ações são traçadas para dar suporte profissional em todos os aspectos relacionados ao cuidado nutricional.
Na prática clínica, o nutricionista deverá demonstrar interesse em todos os aspectos relacionados a alimentação do paciente. Deverá saber desvendar os fatores ambientais e antecendentes genéticos que representam a tendência à obesidade. Sem omitir a responsabilidade do paciente no tratamento, é preciso estabelecer relação de cumplicidade e parceria, visando atingir os objetivos propostos.

Cabem ao nutricionista e paciente papéis distintos, definidos, porém inter-relacionados.

A eficiência da intervenção depende do entendimento dos diversos aspectos determinantes da obesidade e da complexidade do tratamento, principalmente no que se refere à adesão.

Avaliação Nutricional
A avaliação do estado nutricional é fundamental para a identificação daqueles pacientes sob risco nutricional. Inicialmente, deve-se buscar na história clínica as informações a cerca do diagnóstico e intercorrências clínicas, que podem afetar o estado nutricional do paciente ou serem consequências dele. Em seguida, buscam-se evidências objetivas deste estado nutricional (antropometria, avaliação clínica e dados bioquímicos), além das intervenções terapêuticas com interações nutricionais e, finalmente, a descrição do padrão alimentar ou o tipo de dieta que o paciente está ingerindo no momento da avaliação.

Outros aspectos relacionados que deverão ser verificados incluem:
  • Capacidade física para ingestão de alimentos;
  • História dietética anterior ou modificações realizadas;
  • Mudanças ponderais recentes;
  • Intolerâncias alimentares;
  • Possível interação droga-nutriente;
  • Presença de transtornos alimentares
  • Outras alterações, como dispepsia, constipação intestinal, etc.


Adaptado de: Marian, M., Thomson, C., Esser, M et al. Surgery Nutrition Handbook. Chapman & Hall, New York. 1996; p.2

Sendo a avaliação do estado nutricional a base para se definir a melhor conduta dietética a ser adotada, os componentes essenciais da avaliação podem ser agrupados em: história dietética, medidas antropométricas, avaliação bioquímica e exame físico nutricional. Estes quatro componentes (Tabela 3), permitirão o desenvolvimento de um plano terapêutico nutricional efetivo, apropriado e individualizado. Os dados que compõem a avaliação deverão ser monitorados e reavaliados regularmente para permitir o acompanhamento detalhado e particularizado das necessidades nutricionais dos pacientes.

Desenvolvimento do Plano de Ação NutricionalPara o planejamento da intervenção nutricional é preciso definir os objetivos do tratamento. É comum encontrarmos objetivos discrepantes entre o profissional e o paciente, o qual deseja recuperar, por exemplo, suas medidas antropométricas de um passado remoto, considerando uma estética rigorosa, como seu modelo de bem estar. Este fato pode ser definitivamente causa de baixa adesão. Em outras palavras, o paciente abandona o tratamento na medida em que não consegue atingir seu próprio objetivo, em geral, extremamente ambicioso.

O objetivo racional da intervenção dietética é reduzir a gordura corporal para uma condição que seja acompanhada de melhora no estado de saúde ou consistente com a redução dos riscos de complicações.

As metas individuais deverão ser baseadas em indicadores fisiologicamente importantes, como glicose plasmática, lípides e pressão arterial. Tais parâmetros são mais indicados que tabelas arbitrárias de peso, ou taxa/ porcentagem de perda ponderal.

O planejamento se baseia também no estabelecimento de hábitos e práticas relacionados à escolha dos alimentos, comportamentos alimentares e adequação do gasto energético (atividade física) que deverão ser incorporados à longo prazo, para manutenção da perda de peso.

É preciso considerar nesta etapa a realidade do paciente, ou seja, sua atividade ocupacional, suas rotinas, horários, disponibilidade financeira, hábitos regionais, entre outros, visando, mais uma vez, a individualização da intervenção, sem a qual, dificilmente se alcança bom nível de adesão ao tratamento.

Implementação da Dietoterapia
O tratamento da obesidade pode ter ainda resultados frustrantes por outras razões, entre elas, pela utilização de estratégias equivocadas, pelo mau uso dos recursos terapêuticos disponíveis e pelo baixo nível de acompanhamento, evolução e adaptação da dieta estabelecida.

Exemplo de estratégias de resultados não comprovados são as dietas desequilibradas de baixas calorias, apresentando modificações dos teores de macro-nutrientes muito marcantes, que também podem causar alterações do estado de micro-nutrientes. Elas enfatizam um grupo de nutrientes em particular (carboidrato, proteína ou gordura) e proíbe ou desencoraja a ingestão de outros. Estas dietas podem ser facilmente seguidas pelos indivíduos, em função de sua natureza concentrada (focada), tornando-as bastante populares. A adesão, contudo, é limitada pelo tempo em que se pode manter a curiosidade do paciente. A discrepância dos hábitos e costumes do indivíduo e a terapia proposta, determinam seu abandono, independente dos resultados iniciais. Ademais, os apelos ou seus argumentos técnicos muitas vezes não encontram respaldo nas definições e estratégias aceitas pela comunidade científica mais conceituada.

Segundo o Consenso Latino Americano de Obesidade , os avanços da medicina moderna devem ser baseados em pesquisas científicas, utilizando princípios bem estabelecidos de experimentação. Esses princípios incluem ensaios clínicos controlados e realizados por diferentes grupos de pesquisadores para determinar eficácia e segurança de novos procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

São características comuns de terapias alternativas não comprovadas cientificamente, mas que adquirem popularidade:

• Tendem a ser desenvolvidas e promovidas à margem de recursos, aparelhagem e associações científicas;
• Seus investigadores e proponentes geralmente não possuem credenciais clínicas e/ou científicas fortes;
• A razão fundamental e a base lógica dessas terapias freqüentemente contêm aplicações errôneas e/ou interpretações pessoais equivocadas de dados da literatura científica;
• Os investigadores e proponentes freqüentemente provêm afirmações exageradas e irreais dessas modalidades;
• Essas terapias freqüentemente têm o potencial de serem financeiramente proveitosas para aqueles que as desenvolveram, promoveram ou apoiaram;
• Essas terapias são geralmente propagadas e comunicadas fora de canais de comunicação científica e clínica e os detalhes das terapias são geralmente secretos;
• Seus proponentes com frequência desencorajam e/ou recusam consulta e/ou revisão dos seus métodos por médicos ou cientistas de reputação;
• Seus investigadores e organizadores por vezes afirmam que existe uma “conspiração” médica ou científica contra eles.
possibilidade de êxito (adesão/ resultados), a partir de sua implementação e acompanhamento sistemático.

Dietoterapia:
Definição: consiste no manejo terapêutico dos alimentos.
Objetivo: produzir balanço negativo de energia para reduzir o peso e melhorar a composição corporal.

1) Plano de restrição calórica moderada:

- Conteúdo Energético: Calcular o valor energético desejado segundo a situação clínica. Aconselha-se reduzir progressivamente a ingestão entre 500 kcal e 1000 kcal por dia com relação ao valor obtido, segundo a anamnese alimentar (não inferior a 1200 kcal/dia).

Conteúdo ideal de nutrientes:
- Carboidratos: 55% - 60% (com aproximadamente 20 % de absorção simples)
- Proteínas: 15%-20% (não menos de 0.8 g/ Kg de peso desejável)
- Gorduras: 20%-25%, com 7% de gorduras saturadas, 10% de gorduras poliinsaturadas e 13% de gorduras monoinsaturadas
- Fibras: entre 20 e 30g por dia
- Álcool: não é aconselhável sua recomendação
- Colesterol: não mais que 300mg/dia
- Vitaminas e Minerais: são atingidos os requerimentos totais nos planos de 1200 kcal ou maiores
- Cloreto de Na: adequada a situação biológica individual
- Líquidos: 1500cc para cada 1000kcal
- Distribuição: sugerem-se 6 refeições por dia

2) Outros Planos Alimentares:

a) de baixo valor calórico:
Denomina-se assim o que provém entre 800-1200 kcal ou entre 10 a 19 kcal por kg de peso desejável. Está indicado se após um período razoável com um plano moderado não se conseguiu diminuir de peso.

b) de muito baixo valor calórico:
Denomina-se assim o que provém menos de 800 kcal diárias ou menos de 10 kcal por kg de peso desejável/dia. Está indicado para obesidades graves e recorrentes, descompensação diabética e outros estados que necessitam rápida perda de peso. Deve aplicar-se por períodos curtos (3-4 semanas).
Não se recomendam dietas de menos de 400 kcal/dia, nem o jejum total (menos de 200 kcal/dia).

c) dietas não aconselhadas: as que não têm fundamento cientifico nutricional, como as dietas da moda.

Educação nutricional
A cultura de um povo pode determinar a adoção de um padrão alimentar particular, incluindo suas crenças e tabus . Uma vez instalado o padrão alimentar, talvez seja impossível modificá-lo, individualmente, principalmente para pessoas adultas. A inclusão de matéria relacionada à alimentação e nutrição nos currículos escolares pode contribuir para estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis, em um âmbito social.

‘Não se pode desunir o país’, diz Elba Ramalho sobre polêmica



 

 



A cantora paraibana Elba Ramalho, 65 anos, reacendeu o debate em torno das tradições juninas ao defender o território do forró no palco principal da festa que disputa, com o Carnaval, a preferência no coração dos nordestinos. Ao questionar a presença excessiva de artistas sertanejos na programação do São João, Elba provocou a reação de cantores que colocaram lenha na fogueira do debate.
Entre eles, está a sertaneja goiana Marília Mendonça, 21, que disparou em um show em São Paulo: “Vai ter sertanejo, sim, viu? Porque quem quer é o público”, cutucou a moça,  acrescentando: “Sei que vocês gostam mesmo é de música boa. Não importa o estilo”. Já o forrozeiro cearense Alcymar Monteiro, 64, retrucou dizendo que Marília faz um “breganejo horroroso, para cachaceiros”. Os discursos inflamados serviram de combustível para o CORREIO ampliar o debate sobre cultura, tradição e memória, a partir da conversa com forrozeiros, poetas, pesquisadores e cantores.
A cantora Elba Ramalho diz que seu objetivo não foi ofender (Foto: Reinaldo Marques Globo/Divulgação)

A começar pela própria Elba, que esclarece ao telefone que seu objetivo não foi ofender, mas refletir sobre a cultura. “Meu comportamento não estimula a intolerância porque não discrimino. Pedi apenas que houvesse respeito ao espaço do São João, que é patrimônio cultural do Nordeste, um valor que precisa ser preservado para novas gerações. Não quero polemizar, meu posicionamento ocorreu de modo dócil e elegante”, garante. A cantora conta, ainda, que ligou para Alcymar e sugeriu que ele pedisse desculpas por sua fala, apesar de entender que o amigo está “com a alma magoada”.
“Não se pode desunir o país, mas é preciso pensar em grades mais balanceadas, onde o Nordeste e os artistas nordestinos não fiquem acuados. Talvez quando eu sair desse mundo, as pessoas percebam que não deveríamos viver o conflito, mas valorizar o amor e o afeto. Quando falei sobre a questão, minha intenção foi ajudar a promover uma reflexão”, justificou Elba.
Uma das principais porta-vozes do eterno Luiz Gonzaga (1912-1989), Elba ressalta que não tem nada contra os sertanejos e é fã de Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó. “Quero dar as boas -vindas a Marília Mendonça, que será muito bem recebida na Paraíba”, reforça. “Os sertanejos são ótimos, competentes e unidos, trabalham de ponta a ponta no Nordeste e deixam casas lotadas. O problema é quando nossos artistas locais, que trabalham duro, ficam de fora da festa por conta dos empresários”, destaca.
Prefeito da cidade de Irecê, onde Marília será uma das principais atrações, Elmo Vaz afirma que a cantora é talentosa, está em um ótimo momento da carreira e todo mundo quer vê-la. “Acredito que o São João acolhe bem tanto o forró pé de serra quanto o sertanejo. Procuramos aliar o moderno ao tradicional, sem perder de vista nossas raízes. Tanto cabe Marília Mendonça e seu sertanejo feminino moderno, quanto Zé Bigode, sanfoneiro tradicional de 70 anos da nossa região”, ameniza.
Marília Mendonça e Alcymar Monteiro colocaram lenha da fogueira do debate (Foto: Reprodução) 
Festa de camisaO debate em torno do São João gerou movimentos como o Devolva Meu São João e Somos o Forró, do qual o cantor e compositor baiano Zelito Miranda faz parte. “A cultura nordestina e o forró estão crescendo muito na Europa, com festivais na França, Suíça e Itália. A ideia do Somos o Forró é fazer com que a cultura local tenha a mesma visibilidade e prestígio que tem fora”, explica Zelito, que se diz contra o “canibalismo artístico e empresarial”.
A mercantilização da festa também é criticada pelo poeta e compositor pernambucano Maviael Melo, 47. Radicado na Bahia e curador do projeto Cordelizando, Maviael diz que “a invasão é capitalista”. “O prefeito recebe patrocínio de uma cervejaria, ela contrata os artistas que quer e quem faz nossa cultura de coração é tratado como mero coadjuvante”, critica. “É papel do estado zelar pela cultura”, enfatiza.
Maviael acha a polêmica válida e diz que o que está em jogo é a preservação da memória. “Já se perdeu muito: os concursos de quadrilha, as ruas enfeitadas e outros detalhes que fazem a festa ser íntima, familiar, de sentar perto da fogueira, passar na casa do vizinho e beber um licor. Quando você tira essa cultura do foco e transforma o São João em uma festa de camisa, você vai perdendo as tradições”, acredita.
Forrozeiro com mais de 30 anos de carreira, o paraibano Flávio José acredita que as prefeituras poderiam dar prioridade às “pratas da casa, ao forró de raiz”. “Tenho a sensação de que a festa não é mais nossa. É como se alguém chegasse em sua casa e dissesse para sair”, compara.
Sanfoneira e socióloga, a baiana Lívia Mattos, 31, destaca que o forró traz um universo de sensações e símbolos que remetem às tradições juninas e a “pasteurização massiva é perigosa”. “Quando se perde esse arcabouço simbólico e se descaracteriza nesse nível um festejo popular, estamos falando de uma perda imensurável. O São João não pode se igualar a qualquer outra festa, porque é, historicamente, outra coisa. Não é mais um festival de música, festa de Révellion ou outro evento desprovido de símbolos... É o São João!”, finaliza.
Sanfoneira e socióloga, Lívia Mattos diz que ‘pasteurização massiva é perigosa’(Foto: João Meirelles/Divulgação)

São João é cultura viva, diz historiadorA partir da fala de Elba Ramalho sobre a perda de espaço do forró, muitos defendem a ampliação do debate junino para além da música. “Afinal de contas, o que é uma festa de São João? Quem são os protagonistas musicais, qual é a dinâmica da alimentação?”, questiona o historiador Beto Severino, 50 anos, professor doutor do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (Ihac-Ufba).
Atuante em pesquisas com ênfase na História da cultura, Beto acredita que o que talvez esteja acontecendo com o São João, hoje, é um jogo duplo que envolve a “mercantilização que atua de forma massiva - com a intervenção de empresas de alimentos e de bebidas - e o jogo político da festa que dá visibilidade para produtores, artistas e prefeitos”.
“Não que nós vamos tomar partido de quem está certo e de quem está errado, mas é claro que uma reclamação vinda de Elba serve como um alerta”, pontua Beto, que aponta para uma descaracterização da festa, apesar de enfatizar que não tem uma visão purista das festas populares e que a transformação “faz parte da própria evolução do que seria uma manifestação cultural viva”.
“A pergunta é sobre o que é uma festa de São João”, reforça o historiador, ao comparar o modelo de som amplificado e os pequenos palcos com sanfoneiros. “Que tipo de festa a gente faz? Por que não pensar em carros eletrificados em menor escala? Uma escala mais humana, menos agressiva? Os modelos estão aí e a gente pode optar. Me parece que a escala humana é melhor: reduzir o tamanho, aproximar pessoas, criar ambientes menos massificados onde ficam todos iguais”, opina.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Polícia prende quadrilha que queimava pessoas vivas

À frente do caso, a delegada Euricelia Nogueira informou que os criminosos atuavam liderando o tráfico de drogas em Camaragibe e lucravam pelo menos R$ 80 mil mensais

por
Leia Ja
Publicada em 16/06/2017 19:28:49

A Polícia Civil apresentou, na manhã desta sexta-feira (16), a prisão de uma quadrilha que cometia diversos homicídios e amedrontava os moradores do bairro dos Estados, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. À frente do caso, a delegada Euricelia Nogueira informou que os criminosos atuavam liderando o tráfico de drogas da região e lucravam pelo menos R$ 80 mil mensais com o crime.
A investigação teve início em março de 2017, após uma tentativa de homicídio que não deu certo. Na época, a vítima foi resgatada pela população local e a quadrilha incendiou os carros dos envolvidos no resgate para se vingar.
De acordo com a delegada Polyanna Neris, também responsável pela investigação do caso, a prisão do líder do grupo foi realizada dentro da casa dele. Ele explicou que a residência ficava no fundo do terreno dos pais e houve tentativa de fuga. "A casa era bem mobiliada, com um padrão de vida razoável. No momento que a gente chegou, ele tentou fugir pelo telhado, mas conseguimos detê-lo", contou Neris.
A quadrilha atuava em Camaragibe e assustava principalmente os moradores do bairro dos Estados. "Eles vinham praticando diversos homicídios na área e a população estava com medo e constrangida de fazer alguma coisa", complementou a delegada Neris. Para Euricelia, a marca dos criminosos era o requinte de crueldade nos assassinatos.
"Eles machucavam as vítimas com lesões feitas por armas brancas, em seguida elas tinham os corpos queimados ainda vivas", relatou a delegada de Camaragibe. Para ela, o principal objetivo com as mortes bárbaras e violentas era causar medo nos populares e impor um toque de recolher no bairro.
"No dia da prisão do líder tivemos que entrar pelo muro da casa vizinha. A dona da casa ficou muito feliz. Chegou a bater palma, justamente por causa do terror que eles causavam", disse Euricelia. Os assassinatos tinham sempre ligação com o tráfico de drogas da região. Os criminosos vão responder por pelo menos quatro homicídios consumados, incêndio a testemunha, tráfico de drogas, associação criminosa e outros.
 


 
 

Temendo prisão, Aécio pede para ser julgado pelo pleno do STF

A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o pedido de prisão contra ele seja julgado por todos os 11 integrantes da Corte, em plenário, e não pela Primeira Turma, composta por cinco ministros, conforme previsto; o pedido ocorre depois de uma derrota para o político que liderou o golpe de 2016 e atirou o Brasil no precipício; esta semana, a Primeira Turma do STF decidiu, por 3 votos a 2, manter Andréa Neves, irmã de Aécio, presa preventivamente, ao julgar improcedente um recurso da defesa