O levantamento cadavérico foi realizado pela
delegada Herundina Nunes Góes Neta Lima. O corpo foi encaminhado ao
Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Mudar o tamanho da letra:
A Polícia Civil prendeu no domingo (21) Edmilson Moreira Júnior, 20
anos, acusado de agredir fisicamente a própria mãe, uma idosa, que foi
encontrada morta no interior da casa onde morava apresentando lesões na
cabeça. De acordo com o delegado João Rodrigo Uzzum, a polícia não tem
dúvidas que Edmilson seja o responsável pela morte da mãe, Solange Mabel
Reis Oliveira, 66 anos, que morava no Rua B, conjunto Feira X.
Segundo Uzzum, a polícia colheu informações no local e também ouviu
testemunhas. “A equipe se deslocou ao local onde o corpo foi encontrado,
e colhendo elementos, havia provas que apontavam a prática delituosa
para o próprio filho da vítima. Ele já possui antecedentes criminais e
já tinha histórico de violência familiar. Após reunir os elementos e
também provas testemunhais, foi dada voz de prisão em flagrante e ele
foi encaminhando ao presídio e vai responder por homicídio qualificado”,
informou.
Ainda segundo o delegado, a idosa possuía problemas de saúde, mas
morreu após um traumatismo craniano. “Ela recebeu um empurrão, bateu a
cabeça e morreu. Talvez se fosse uma pessoa em condições físicas normais
não teria morrido. Segundo algumas pessoas que ouvimos, o filho chegou
da micareta alcoolizado, bateu na porta e talvez em razão da dificuldade
de locomoção, certamente demorou para abrir. Quando abriu a porta, ele a
xingou. Ela gritou que estava sendo agredida e a morte foi violenta.
Pela manhã foi encontrado o corpo e não há dúvida para a polícia, pois
só estavam os dois dentro da casa”, destacou Uzzum.
O levantamento cadavérico foi realizado pela delegada Herundina Nunes
Góes Neta Lima. O corpo foi encaminhado ao Departamento de Polícia
Técnica (DPT).
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
Em caso de
eleição indireta, um terço dos congressistas que elegerão o futuro
presidente terá sido beneficiado por doações de campanha da JBS
O dinheiro do JBS, principal conglomerado
brasileiro do setor de carnes, ajudou a eleger um em cada três dos
integrantes da Câmara e do Senado. O grupo foi o principal financiador
privado de candidatos na eleição de 2014. Entre os documentos que os
delatores do JBS entregaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) está
uma lista de deputados eleitos em 2014 e beneficiados por doações do
grupo empresarial. Nela, há 166 nomes - 32% do universo de 513 deputados
eleitos.
Delatores da JBS contam que Michel Temer recebeu propina (Foto: Reprodução)
No pacote de documentos
também há uma relação dos atuais senadores, com um “OK” marcado ao lado
do nome de cada parlamentar que recebeu recursos do JBS. A lista inclui
28 senadores, ou 35% do total de 81 parlamentares da Casa.
O grupo fundado por Joesley e Wesley Batista fazia
lobby no Executivo, no Congresso e nos governos estaduais para obter
vantagens e ganhar mercado. Em ao menos um caso, houve compra de votos
na Câmara para aprovar legislação que dava ao grupo benefícios
tributários, segundo confissão dos delatores ligados à empresa. A
existência dessa rede de influências pode provocar polêmicas futuras.
Na hipótese de saída do presidente Michel Temer e
eventual convocação de eleição indireta, um terço dos congressistas que
elegerão o futuro presidente terá sido beneficiado por doações de
campanha do causador da crise.
Proporção Em
números absolutos, o PP é o partido campeão de deputados eleitos
conectados ao grupo empresarial: 27. Isso equivale a sete em cada dez
eleitos. Em 2014, a legenda conquistou 38 vagas na Câmara. Em segundo
lugar aparece o PT, com 20 financiados. O partido é seguido de perto
pelo PR (19 e pelo PMDB (17). O ranking muda quando se considera a
proporção entre financiados e eleitos em cada bancada.
No caso da Câmara, há cinco partidos que tiveram
mais da metade de seus deputados eleitos financiados pelo JBS: PC do B
(90%), PP (71%), PROS (64%), PDT (60% e PR (56%). Além disso, o único
deputado eleito pelo PTdoB recebeu recursos da mesma fonte. Dos grandes
partidos, o PT aparece em 10.º lugar, com 29% da bancada eleita
financiada pelo grupo. O PMDB vem na posição seguinte, com 26%. Já o
PSDB aparece no 19.º lugar - apenas 7% de seus deputados receberam
contribuições do JBS em 2014.
Governismo
Naquele ano, o grupo empresarial ajudou a eleger bancadas
majoritariamente alinhadas à então presidente, Dilma Rousseff (PT). Dos
eleitos financiados pelo JBS, 92% integravam partidos da base dilmista.
Vários desses partidos migraram para a base do atual presidente. Hoje,
75% dos eleitos com o apoio do JBS estão em legendas da base de Temer.
Os nomes e os valores apresentados à
Procuradoria-Geral da República coincidem com os das prestações de
contas entregues por partidos e candidatos à Justiça Eleitoral. Isso
significa que, ao menos naquele documento específico, os valores citados
são de “caixa 1”, ou seja, os formalizados de acordo com a legislação.
Os deputados financiados não receberam contribuições
diretamente do JBS. O dinheiro primeiro foi entregue às direções dos
partidos e, depois, distribuído aos candidatos. Na delação não há
elementos que indiquem se o JBS apontava ou não às cúpulas partidárias
seus candidatos preferidos.
Se
eu pudesse dar sentido ao que sinto, daria símbolos aos meus
sentimentos, formaria uma nova língua, um novo verbo, algo tão sólido
quanto à hipocrisia do homem. Traria a superfície o imperfeito, o que
ainda não tem forma, o que busca sabor, Aquele que experiência a vida
sem ignorar a condição da morte, o que ama sem saber o que ama. O que
faz escorrer plasma na ferida que não pode ser cicatrizada, verbalizaria
a dor que me faz sentir vivo e o vendo que fere sem machucar.
Se eu pudesse escrever o que sinto, escreveria um livro sem sentido,
deixaria páginas em branco por não saber dizer o quero dizer,
discriminaria cada pecado perdoado e cada desejo sem vontade alguma.
Pularia pautas que não se descrevem e por fim escreveria um conto
fictício de alguém que não conheço. Se eu pudesse falar o que sinto, diria que conheço cada sentimento sem
sentido que tenho, cada dor que sei por que dói. Falaria da saudade de
quem odeio ter, das magoas que não se curaram, das manchas na pele que o
tempo faz lembrar. Sussurraria palavras com a intimidade que gosto de
ter e dos afetos que não pude viver por não querer viver. Contaria dos
amores que tive e das desilusões que me fizeram sentir mais humano.
Falaria de como usar a arrogância em prol de si e sobre o prazer sádico
de tem uma mente sarcástica. Se eu pudesse mostrar o que sinto, mostraria o amor que tenho sobre a
vida, a vergonha que sinto por uma timidez que não existe, das
resistências por sobrevivência. Mostraria as palavras que fluem entre
meus dentes e os sentimentos que levo no estômago. Mostraria a vergonha
de minha nudez como pessoa e personificaria a criança que sonha sem dá
sentido, que não escreve uma só palavra se motivo, e sobretudo,
mostraria sem vergonha o homem que a vida deu nome e orgulho de ter
intrínseco em si o inacabado.
O posto de saúde montado pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana,
na Rua Adenil Falcão, durante a ‘Micareta de Feira’, foi vistoriado dia
(19) pelos promotores de Justiça Laise de Araújo Carneiro e Tiago
Quadros, acompanhados por uma equipe de servidores do Ministério Público
estadual. O espaço conta com 15 leitos, sendo um de reabilitação, e uma
equipe composta por um enfermeiro, um médico e dois técnicos no período
diurno e dois enfermeiros, dois cirurgiões buco-maxilar, três médicos e
quatro técnicos no período noturno.
O objetivo da visita foi verificar a estrutura dos locais, o atendimento
oferecido aos foliões e se havia necessidade de algum tipo de material
imprescindível para garantir a agilidade no socorro dos pacientes.
Segundo a supervisora do posto de saúde, Jucilane Ramos da Silva, a
maioria dos atendimentos realizados no primeiro dia da festa, foram
casos de adolescentes alcoolizados.
O espaço funciona de 12h às 5h da madrugada e conta com duas ambulâncias
para transferência dos casos mais graves para alguma unidade da rede
hospitalar da cidade. Além disso, existem viaturas do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que dão suporte ao local. Além do
atendimento médico, o folião conta com testes rápidos de HIV, Hepatite B
e C, e Sífilis.
“Caso seja detectada a sífilis, os pacientes já saem do posto com as
primeiras medicações tomadas”, destacou a supervisora do posto Jucilane
Ramos. Essas ações fazem parte do programa DST/AIDS da Secretaria
Municipal de Saúde, que também está distribuindo preservativos, pílulas
do dia seguinte e cartilhas informativas aos foliões. Os promotores de
Justiça conheceram ainda a área de depósito, de medicamentos e os
espaços para realização de exames das DSTs. O posto de saúde está
funcionando desde a quarta-feira (17) e continuará até as 5h da
madrugada de segunda-feira (22).
Chico
Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante têm em comum o fato de serem
humoristas consagrados no Brasil. Não por acaso, os três são nascidos no
Ceará, estado onde o humor, por meio de lei estadual sancionada semana
passada, passou a ser considerado um bem cultural de natureza imaterial.
A
esse trio de artistas, segue uma lista extensa de outros nomes do humor
cearense, entre eles Falcão, Tiririca, Rossicléa, Adamastor Pitaco e,
mais recentemente, Edmilson Filho, que ficou nacionalmente conhecido nos
últimos anos ao protagonizar os filmes Cine Holliúdy (2012) e Shaolin do Sertão (2016).
A
história antiga e recente do humor estão expostas de diversas formas no
Museu do Humor, localizado em Fortaleza. “Este é um museu vivo, pois
está sempre se renovando. A história do humor nunca acaba”, disse o
historiador e humorista Jader Soares, que interpreta o personagem
Zebrinha. No escritório do museu, estão peças utilizadas em Cine Holliúdy 2, que só serão expostas após o lançamento do filme. Origem do humor
De sua autoria, o livro Paula Nei:
o primeiro humorista brasileiro (2015) afirma que este cearense,
natural de Aracati, foi a primeira pessoa a fazer humor no país,
especialmente no Rio de Janeiro, para onde se mudou aos 17 anos.
Um
dos notórios causos contados no livro revela que Nei, então estudante
de medicina, respondia uma prova de anatomia. O professor, já sabendo
que as respostas não teriam nada a ver com o conteúdo correto,
perguntou: “Diga-me, ao menos, senhor Nei, quantos ossos têm o crânio de
um homem?” O estudante respondeu: “Não me recordo, professor, mas
tenho-os todos aqui na cabeça.”
Logo na entrada do museu, uma
representação da Praça do Ferreira, com seus bancos, a Coluna da Hora e o
Cajueiro da Mentira (que já não existe mais) informam que lá foi um
centro efervescente de humor e cultura no começo do século XX.
Há
também o desenho de um sol alaranjado que reconta o dia em que o povo
vaiou a grande estrela, decepcionados com a falta de chuva. O fato
ocorreu em 1942 e foi repercutido em 2012, nos 70 anos da história, com
um concurso promovido pelo museu, que oferecia um troféu àquele que
desse a melhor vaia.
Há
ainda uma réplica do bode Ioiô, um animal que passeava pela praça e era
querido por todos – tanto que os escritores e boêmios que frequentavam o
espaço resolveram tornar o bode candidato a vereador.
Seu cabo
eleitoral era Quintino Cunha, outro precursor do humor cearense, que
acolhia o animal em sua casa, no centro de Fortaleza. O bode Ioiô
original, empalhado depois de morto, está exposto no Museu do Ceará. Chico Anysio
Duas
salas expõem a memória de Chico Anysio e de seus 209 personagens, em
especial o Professor Raimundo. Uma das salas exibe o jaleco, a peruca e o
bigode usado pelo artista nas gravações do programa Escolinha do
Professor Raimundo. Em outra está exposta a urna funerária onde as
cinzas de Chico foram transportadas.
“Chico Anysio dizia que, por
conta do sofrimento, o humor era o jeito de o cearense extravasar. Não
sei se é isso. Acho que o brasileiro, de forma geral, é muito alegre. O
nordestino é muito gaiato e o cearense consegue colocar essa alegria no
palco. Todo mundo conta piada no bar, mas, na hora de subir num palco
para fazer isso, o cearense é quem melhor faz. Nós influenciamos outros
estados”, afirmou Soares.
O Museu do Humor funciona de segunda a
sábado, entre 13h e20h e conta com um teatro, batizado de Chico Anysio.
Semanalmente, nas noites de sexta-feira, o palco é tomado pelas
apresentações de diferentes humoristas cearenses.
Um cão salvou um bebê de 1 mês que tinha sido enterrado vivo no
meio do mato. O bicho, de Chongqing, cidade no sudoeste da China, cavou
um buraco no piso cheio de lama e terra numa floresta no bairro de
Jiangjin, no subúrbio do município. O cachorro heroico estava com seu
dono, Yang Jiali, e desapareceu. Ele o encontrou batendo
desesperadamente as patas sobre a terra
tiro de misericórdia no senador afastado Aécio Neves será dado pelo seu
primo Fred Pacheco, que foi preso depois de ser flagrado carregando
malas de dinheiro para o presidente licenciado do PSDB nacional;
familiares de Fred estão indignados com a postura de Aécio, que não
assumiu a responsabilidade pelos crimes e também disse que o carregador
de dinheiro deveria ser alguém que eles pudessem matar antes de se
tornar delator; "Outro dia eu tava pensando, acordei à 0h30, o que eu tô
fazendo? O que eu tenho com isso? Eu não trabalho para o Aécio, eu não
sou funcionário público, eu sou empresário. (...) Trabalho pra caralho,
Ricardo", disse Fred, no momento em que retirou uma mala com R$ 500 mil
no escritório de Ricardo Saud, delator da JBS
O Departamento de Repressão e Combate ao
Crime Organizado (Draco) registrou 140 Termos Circunstanciados de
Ocorrência (TCOs) em dois dias de micareta em Feira de Santana. Os
policiais infiltrados do Draco realizam o combate ao uso e tráfico de
entorpecentes nos circuitos da festa. Maconha, crack, cocaína, ecstasy e
lança perfume foram apreendidos.
O TCO é lavrado pela Polícia Civil e encaminhado à Justiça, que
convocará o cidadão acionado para prestar esclarecimentos sobre o fato
em juízo. A partir daí, o juiz decide qual pena se adequa melhor à
situação de delito. Em casos envolvendo drogas, segundo o delegado
Marcelo Sansão, diretor do Draco, o juiz encaminha o usuário para fazer
tratamento médico. Conforme ascom / Polícia Civil.
O conselho pleno da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) aprovou, na madrugada de hoje (21), por 25 votos a 1, entrar na
Câmara dos Deputados com pedido de impeachment do presidente
Michel Temer. A comissão especial da entidade disse que ele deve ser
afastado por ter cometido crime de responsabilidade.
Em nota, o
presidente da OAB, Carlos Lamachia, lembra que a instituição cumpre seu
papel, "mesmo que com tristeza, porque atua em defesa do cidadão”.
Para
os membros da comissão especial da OAB, Temer incorreu em crime de
responsabilidade ao não informar às autoridades competentes o teor de
parte da conversa que teve com o empresário Joesley Batista, dono da
JBS, no Palácio do Jaburu. Joesley gravou a conversa e entregou cópias
do áudio à Procuradoria-Geral da República, com quem firmou acordo de
delação premiada, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a OAB, Temer faltou com o decoro ao se encontrar com um
empresário alvo de diversas investigações em curso, sem registro em sua
agenda e prometido agir em favor de interesses particulares.
Na
quinta-feira (18), o ministro do STF Edson Fachin autorizou a abertura
de inquérito, pedido pela Procuradoria-Geral da República, para
investigar o caso. Em pronunciamento na tarde desse sábado (20), o
presidente Michel Temer disse que vai pedir ao STF a suspensão do
inquérito até que seja verificada a autenticidade da gravação feita pelo
empresário Joesley Batista.
Durante a reunião, concluída nas
primeiras horas da madrugada desse domingo (20), os advogados Gustavo
Mendes e Carlos Marun, que também é deputado federal, pediram mais prazo
para que a defesa do presidente possa apreciar o voto proferido pelo
conselheiro federal, Flávio Pansieri.
A Lei do Servidor Público
prevê em seu Artigo 116 que é dever levar as irregularidades de que
tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior
ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de
outra autoridade competente para apuração.
Se Lula tinha que saber o que acontecia na Petrobras,
Henrique Meirelles, que foi presidente do Conselho da JBS durante os anos em
que a empresa repassou meio bilhão de reais a políticos, não deveria saber
também?
Ainda mais que era o gestor direto da empresa, ao contrário
de Lula?
E se Moro anexa ao processo de Lula foto do ex-presidente
com o presidente da OAS no sítio em Atibaia, como prova de suas relações com o
dono da empreiteira, o que dizer das fotos com Moro rindo na maior intimidade
com Aécio e Temer, e frequentando eventos promovidos por Dória?
Na justiça do Brasil, infelizmente, há muitos procedimentos
que só valem para os outros, para os inimigos.
Derrubaram Dilma – com o aval do STF – por conta de
pedaladas fiscais que também foram praticadas por 17 governadores e até pelo
golpista Temer, sem que fosse usado do mesmo rigor (aliás, ninguém deveria
perder o mandato por isso).
Mas setores da mídia e do Judiciário são muito seletivos
(para usar uma palavra branda). Para eles, como dizem os manezinhos, “uma coisa
é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Alguns pesquisadores afirmam que suas fotografias presidenciais eram retocadas para branquear sua pele escura.
Filho do negro
Sebastião de Sousa Peçanha, conhecido como “Sebastião da Padaria”, e da branca Joaquina Anália de Sá Freire, integrante de
importante família de políticos do Rio de Janeiro, Nilo Procópio Peçanha foi o
primeiro presidente da República do Brasil afrodescendente.
Com a
morte de Afonso Pena, Nilo Peçanha assumiu a Presidência da República e ficou
no cargo nos anos de 1909 e 1910.
Seu governo foi
marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro
Machado, líder do Partido Republicano Conservador. Durante seu governo, criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de
Proteção aos Índios e inaugurou o ensino técnico no Brasil.
Registra a história que Peçanha, nascido em Campos dos Goytacazes em 2 de
outubro de 1867, era frequentemente ridicularizado na imprensa em charges e
anedotas que se referiam à cor da sua pele. Além disso, durante sua juventude,
a elite social de Campos dos Goytacazes o chamava-o de "o mestiço do Morro
do Coco".
Peçanha estudou na
Faculdade de Direito de São Paulo e depois na Faculdade do Recife, onde se
formou. Casou-se com Ana de Castro Belisário Soares de Sousa, conhecida como
"Anita", descendente de aristocráticas e ricas famílias campistas. O
casamento foi um escândalo social, pois a noiva teve que fugir de casa para
poder se casar com um sujeito pobre e "mulato", embora político
promissor.
Sua carreira política teve início ao ser eleito para a Assembleia Constituinte
em 1890. Em 1903 foi eleito sucessivamente senador e presidente do estado do
Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1906 quando foi eleito
vice-presidente de Afonso Pena. Com a morte de Afonso
Pena em 1909, assumiu o cargo de presidente.
Ao fim do seu mandato presidencial, retornou ao Senado e, dois anos, depois foi
novamente eleito presidente do estado do Rio de Janeiro. Renunciou a este cargo
em 1917 para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Em 1918 foi
novamente eleito senador.
Em 1921 foi candidato à Presidência da República pelo Movimento Reação Republicana,
que tinha como objetivo contrapor o liberalismo político contra a política das
oligarquias estaduais. Foi derrotado pelo candidato governista Artur Bernardes
nas eleições de 1.º de março de 1922.
Faleceu em 1924, no Rio de Janeiro, afastado da vida política.
A tecnologia pode ser uma grande aliada de quem quer se
qualificar sem sair de casa. E isso vale tanto para quem quer melhorar o
currículo para conseguir um emprego ou até mesmo não ser demitido. As
facilidades são inúmeras. Há até empresas oferecendo cursos
profissionalizantes pelo celular, por menos de R$ 10.
A biomédica Laene Fernandes já fez quatro cursos pelo celular:
nova ortografia, atendente de call center, inglês e Excel. Segundo ela,
todo tempo livre é dedicado à qualificação. “Acredito que esses cursos
vão contar pontos para o meu currículo”, comenta.
Ela utiliza o aplicativo Qualifica, desenvolvido pela mLearn. A
plataforma é voltada para usuários de smartphones que pretendem
complementar ou reforçar seus estudos nas horas vagas, em deslocamento
ou mesmo em casa, ou no trabalho. O pagamento pode ser feito por meio de
tarifação pelas contas das operadoras de telefonia móvel.
Publicidade
Já Ítalo do Nascimento Moreira optou pela educação à distância.
Ele é aluno do curso Técnico em Informática do Senac. “Este é o primeiro
curso que faço e escolhi esta metodologia por conta do tempo. É preciso
muita leitura e dedicação para ter sucesso no curso”, afirma.
O jovem está desempregado e aproveita para se dedicar aos estudos
pela manhã. “Já trabalhei como instrutor e quero voltar a trabalhar com
informática”, ressalta.
Para a psicóloga Maria Rita Sales Régis, todas as formas de
educação são viáveis, válidas e preciosas para quem pretende dinamizar
continuamente sua história profissional, articulando-a ao contexto.
“As escolhas devem ser feitas considerando, sobretudo, sua missão
de vida e objetivos, sejam de cunho pessoal ou profissional. A
priorização é importante sob pena de ter a informação sem, no entanto,
aplicá-la no cotidiano, o que é um desperdício”, orienta.
A psicóloga empresarial Daniela Morais afirma que a comodidade é
apenas algumas das vantagens desse tipo de qualificação. “Você pode
estudar de onde quiser. Se um curso presencial custa R$ 6 mil, o on-line
custa em torno de R$ 2 mil”, diz. Atenção Vantagens
O aluno tem a comodidade de estudar onde estiver. Com as novas tecnologias, é possível estudar até mesmo pelo celular. Cuidados
Antes de contratar um serviço, avalie a instituição, veja o
perfil, procure saber se pessoas que compraram o serviço tiveram algum
tipo de problema ou se tiveram o resultado esperado. Dedicação
É bom lembrar que algumas instituições exigem também uma carga
horária presencial. Isso ocorre, geralmente, em cursos técnicos ou de
graduação.
Saiba mais Aplicativos Qualifica
O aplicativo é focado em ensino móvel e conta com diversas
funcionalidades: cursos, provas, certificados, exercícios, socialização,
notícias, entre outras. São 50 cursos móbile para todo o Brasil, todos
eles com vídeo-aulas, textos e exercícios. Para ter acesso, o
interessado deve pagar R$ 3,99 por semana ou
R$ 9,99 por mês. Eduk
Aplicativo onde os usuários podem fazer cursos de gastronomia,
artesanato, beleza, fotografia, negócios, entre outros. Os valores vão
depender de cada modalidade. Educação à distância Ifes
A instituição oferece opções de cursos técnicos, mestrado, além
de opções para quem quer fazer curso de curta duração. A previsão é de
que sejam lançados no mês que vem, para ingresso no segundo semestre, o
edital da Complementação Pedagógica, o de Licenciatura em Informática e o
de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais. Mais informações no site cefor.ifes.edu.br Ufes
A previsão é de que novas opções de cursos sejam oferecidas somente a partir do segundo semestre de 2017. Informações pelo site www.neaad.ufes.br Senac
Os cursos de qualificação de EAD são para operador de caixa,
representante comercial, vendedor, agente de projetos sociais,
assistente de secretaria escolar, almoxarife, assistente administrativo,
camareira em meios de hospedagem, garçom, recepcionista em meios de
hospedagem, entre outros. Já os cursos técnicos são para transações
imobiliárias, administração, logística, em recursos humanos, informática
e meio ambiente, segurança do trabalho e outros. Os valores variam
conforme o curso optado e podem ser parcelados em até dez vezes. Também é
possível fazer cursos de graduação, pós-graduação, extensão e de
idiomas. Ead Laureate
A instituição oferece vagas para cursos de graduação,
pós-graduação especializada e pós-graduação MBA. Há opções para as áreas
da Educação, Negócios, Saúde, Tecnologia e Turismo e Hospitalidade. Os
valores vão depender de cada curso. Informações: www.ead.br Educamundo
São mais de 650 cursos disponibilizados, distribuídas por 20
áreas de conhecimentos. O aluno pode utilizar o computador, celular ou
tablet. O investimento é de R$ 69,90 por um ano inteiro de acesso a
todos os cursos. Informações: www.educamundo.com.br Senai
A senadora Lidice da Mata (PSB-BA - foto) saiu em
defesa da adoção de eleições diretas para Presidente da República após a
divulgação de um escândalo de corrupção envolvendo o presidente Michel
Temer. "Este é o único caminho para reorganizar a Nação e buscarmos um
futuro grandioso que o povo brasileiro merece", disse ela nesta
sexta-feira (19). A parlamentar baiana lembrou que a crise, agora,
atinge diretamente o presidente Michel Temer, que "perdeu apoio e cujas
suspeitas recaem sobre sua honestidade, seriedade e espírito republicano
Um dos principais mecanismos utilizados pela Operação Lava Jato,
a delação premiada tem origens nos tempos da Idade Média. Os registros
vêm desde a época da Inquisição, quando a Igreja Católica perseguiu
praticantes de outras religiões, que eram considerados hereges.
Além das denúncias, que podiam ter como base rumores ou acusações
públicas, o sistema inquisitório dava extrema importância para a
confissão do acusado, que podia ser alcançada por meio de uma promessa
de recompensa ou até mesmo pelo uso da tortura. Quem delatava sob
tortura, inclusive, era bem visto pela sociedade.
"Na
Inquisição, a ideia era de que o autor do crime era inimigo do
inquisidor, portanto ele podia usar todos os poderes para obter uma
confissão, inclusive utilizando tortura", explica Gustavo Badaró,
professor de Processo Penal da Faculdade de Direito da USP (Universidade
de São Paulo).
Para Badaró, o conceito moderno da delação
premiada --que é o utilizado na Lava Jato-- tem "uma clara inspiração
inquisitória ao utilizar o autor do crime para provar a ocorrência do
delito cometido por ele e seus comparsas". "Na verdade, a delação da
Lava Jato é algo vintage", brinca Badaró.
"Havia [na
Inquisição] uma pressão psicológica. A pessoa sabia que, se não contasse
algo que interessasse ao inquisidor, ela corria riscos –como queimar na
fogueira, inclusive", destaca o professor.
E hoje, a delação é
feita nesse mesmo contexto? Para Badaró, existe uma "tortura moderna,
uma tortura psicológica" por trás da relação existente entre prisões
cautelares e a confissão por meio da delação.
"Esse é um
problema sério –caso de pessoas que estavam presas, fizeram inúmeros
pedidos de liberdade provisória e assim que acenam a possibilidade de
firmar um acordo de delação premiada são postas em liberdade", defende o
professor. É esse o caso, por exemplo, do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que deixou a cadeia em 2016, após passar um ano e meio em cárcere.
As delações na História
No Brasil, segundo Badaró, o primeiro registro oficial do conceito que
conhecemos hoje como delação premiada é de 1603, nas Ordenações
Filipinas, conjunto de leis espanholas que vigorou em terras brasileiras
durante o período da União Ibérica.
Estava previsto nessas leis
o crime de lesa-majestade, descrito como "traição cometida contra a
pessoa do Rei, ou seu Real Estado". Existia também o perdão ao delator,
como descreve o texto: "por isso [delação] lhe deve ser feita mercê
[favor, benefício], segundo o caso merecer, se ele não foi o principal
tratador desse conselho e confederação" –ou seja, caso o delator não
fosse o líder do movimento conspiratório.
Badaró explica que foi
dessa lei que se valeu o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que estava
endividado com a Coroa e decidiu delatar os inconfidentes mineiros para
ter sua dívida perdoada.
"Além de não ser punido com a pena de
morte, dois anos depois foi a Lisboa e recebeu o foro de fidalgo da Casa
Real, além de uma pensão anual de quatrocentos mil réis", conta o
professor.
Outros registros importantes aparecem já nos anos 90,
com as leis dos Crimes Hediondos, dos Crimes Contra Ordens Tributárias e
a Lei de Lavagem de Dinheiro.
"[Essas leis] que tratavam da
delação premiada se limitavam ao benefício, à redução da pena, que ao
final do processo o juiz podia aplicar a quem delatou", ressalta Badaró,
destacando que não havia um consenso sobre qual procedimento deveria
ser seguido pelas duas partes –o delator e o Ministério Público.
Isso mudou apenas em 2013, com a Lei 12.850, que definiu as
organizações criminosas e mudou a regulamentação dos acordos de delação.
"Houve maior amplitude desse procedimento e maior liberdade de
negociação. Se antes só se falava em redução de pena, agora se fala da
possibilidade de aplicação de regimes diversos. Além disso, agora existe
o pré-acordo e a necessidade da homologação", afirma Alamiro Velludo,
professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP.
Essas
mudanças, segundo ambos os professores, dão mais segurança para que
tanto o delator quanto o Ministério Público possam fazer uso da delação
premiada.