quinta-feira, 19 de maio de 2016

Artistas já ocupam prédios da Cultura em 14 capitais contra extinção do MinC

Rio - Artistas e trabalhadores da cultura já ocupam 14 prédios do Ministério da Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Fundação Nacional de Arte (Funarte) em 14 capitais do País. As ocupações começaram no domingo, na sede da Funarte em Belo Horizonte e, nos últimos cinco dias, o movimento se espalhou para o Rio, Brasília, São Paulo, Belém, São Luís, Fortaleza, Natal, Recife, Aracaju, Salvador, Curitiba, Cuiabá e Macapá. Os artistas protestam contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer, e a extinção do MinC, com sua subordinação ao Ministério da Educação.
No Rio, o Palácio Gustavo Capanema, onde funciona a representação do MinC para o Rio e Espírito Santo, e também órgãos como o Iphan, a Funarte e a Fundação Palmares, a presença dos artistas, das áreas da música, dança, teatro e cinema, e de trabalhadores da cultura, vem ganhando força e visibilidade a cada dia. São cerca de 50 pessoas dormindo no segundo andar do prédio, e centenas participando de shows, oficinas, performances e plenárias. No Facebook, são pedidas doações de alimentos, materiais de limpeza e de papelaria, para confecção de cartazes, que chegam a todo momento.
Nesta quinta-feira, 19, às 16 horas, irão se apresentar no palco montado sob os pilotis os músicos Frejat, Leoni, Lenine e Pedro Luís. Na quarta-feira, houve shows de Arnaldo Antunes e Otto. Na sexta-feira, 20, é esperada a presença de Caetano Veloso. Artistas de peso, como as atrizes Andrea Beltrão e Teresa Seiblitz e o cineasta Ruy Guerra foram até lá para dar seu apoio ao movimento e gravaram vídeos de endosso, veiculados no Facebook.
O anúncio, na quarta, do nome do novo secretário nacional de Cultura, Marcelo Calero, até então secretário de Cultura do município do Rio, não mudou em nada os rumos da ocupação carioca, que recusa diálogo com a gestão Temer, por considerá-la ilegítima.
O manifesto do grupo diz: "Exigimos a deposição imediata do governo ilegítimo que tenta se instaurar. Não reconhecemos Michel Temer como presidente do Brasil. Qualquer tipo de negociação com o Palácio do Planalto é uma forma de legitimação do golpe. Faremos a governança real e simbólica na luta pelos nossos direitos, ocupando - de forma pacífica, mas contundente - o Palácio Gustavo Capanema. Reafirmamos que o espaço público é o lugar da luta política e que as ocupações são legítimas e necessárias."
"Não aceitamos migalhas, não ficaremos no varejo. Isso aqui não é só um setor reivindicando sua subsistência, embora o que está acontecendo atinja nosso fazer cultural e artístico. A questão é muito maior", disse a atriz e professora Ana Lúcia Pardo, uma das ocupantes.

terça-feira, 17 de maio de 2016

PUBLICIDADE Brasil / Política Pedido para que STF investigue Dilma Rousseff envolve membros da Justiça

O pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a presidente da República afastada, Dilma Rousseff, por supostamente tentar obstruir o andamento da Operação Lava Jato também envolve membros do Poder Judiciário.
Os nomes do presidente, Francisco Falcão, e do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), são citados no documento, enviado ao ministro Teori Zavascki no mês passado.

O procedimento está oculto na Corte e tem como base a delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS). De acordo com o ex-parlamentar, Dilma teria tentado obstruir os andamentos da Lava Jato em ao menos três episódios. Um deles remonta à negociação para nomear Navarro ao STJ.

De acordo com Delcídio, o nome de Navarro foi sugerido pelo ministro Falcão, que estaria alinhado com o governo federal. A intenção, segundo a delação, era de que o novo ministro, ao assumir a relatoria da Operação Lava Jato na Corte, votasse pela soltura dos empreiteiros envolvidos no esquema, como o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht. Navarro, ao assumir a vaga, votou pela soltura dos executivos presos, mas terminou vencido entre os ministros.

Na época, José Eduardo Cardozo estava à frente do Ministério da Justiça e teria participado das tratativas com o presidente do STJ para fechar a nomeação de Navarro e garantir que ele faria parte da 5ª Turma do STJ, onde eram julgados os recursos referentes à Operação Lava Jato.

As informações passadas por Delcídio foram confirmadas pelo assessor do ex-senador Diogo Ferreira Rodrigues, que detalhou em delação premiada o processo de aprovação do nome de Navarro no Senado, em setembro de 2015.

Cardozo também é um dos alvos do pedido para investigar Dilma por obstrução de Justiça, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro Aloizio Mercadante também é citado no documento enviado pela PGR.

No mês passado, Teori compartilhou as delações que citam os integrantes do STJ com a Corregedoria Nacional de Justiça, que vai avaliar se abre um procedimento administrativo disciplinar contra eles.

Procurada, a assessoria do STJ disse que Falcão e Navarro ainda não iriam se pronunciar sobre o caso. Na época da divulgação da delação de Delcídio, Navarro afirmou que havia se encontrado com o então senador, mas os dois nunca haviam tratado de questões ligadas à Lava Jato.

Quando veio à tona o pedido de investigação de Dilma, Cardozo, já à frente da Advocacia-Geral da União, afirmou em nota que as acusações do ex-líder do governo da petista eram "absolutamente levianas e mentirosas". Lula e Mercadante também negam qualquer participação em atos para obstruir as investigações da Lava Jat


O Senado é presidido por um cangaceiro, dispara Delcídio sobre Renan Calheiros


Ainda ressentido pelo processo de cassação do seu mandato de senador da República, Delcídio do Amaral (sem partido - MS) criticou a condução dos trabalhos sobre a questão e a postura do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). “O Senado é presidido por um cangaceiro, Renan Calheiros. Ele tem relações condenáveis”, afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, na TV Cultura nesta segunda-feira (16).
 
“Estava com cirurgia marcada no Hospital Sírio Libanês e diziam que eu estava me escondendo atrás de licença médica. Não tive acesso ao aditamento da minha denúncia. Ele ainda demitiu meu chefe de gabinete e o assessor de comunicação”, acrescentou.
 
Delcídio se emocionou ao falar da carta que sua filha publicou no Facebook detalhando as consequências desastrosas da sua prisão para a família. Aos jornalistas, ele contou como o governo do PT aparelhou a Petrobras para o esquema de pagamento de propinas e desvio de dinheiro. 
 
“A diferença para os presidentes anteriores é que começou a haver participação sistêmica e partidária”. Ele lembrou que, pela experiência que tinha como executivo da Petrobras e Eletrobras, foi consultado pelo ex-presidente Lula sobre indicações de alguns cargos.
 
“A Lava Jato está passando o Brasil a limpo, mas está faltando pegar o núcleo político, o pessoal do andar de cima. No Mensalão, não contaminamos o país. O país continuou a andar”, confessou.
 
Enquanto líder do governo no Senado, Delcídio disse ter alertado a presidente Dilma Rousseff (PT) por diversas vezes que as investigações da Polícia Federal afetariam o Palácio do Planalto, mas afirmou que ela foi aconselhada pelo ex-ministro Mercadante a ignorar a questão. “Ele dizia que a Lava Jato chegaria até ao presidente Lula, mas não a tocaria. A estratégia inicial era deixar o trem andar, mas quando a água chegou no pescoço começou a obstrução de Justiça”, relatou. “O impeachment é só a pedalada? O pano de fundo é a Lava Jato. A pedalada é só uma das questões”.
 
Delcídio ainda fez prognósticos sobre os destinos do Partido dos Trabalhadores, do ex-presidente Lula e da presidente afastada Dilma Rousseff. 
 
“Ela não vota mais. Vai para a aposentadoria. Perdeu as condições políticas de governo. O PT é forte orgânico, mas perdeu seu brilho e precisa fazer uma revisão. Tem que ter humildade. Rui Falcão é uma figura bizarra, não tem dimensão para comandar o partido. Lula sai muito desgastado desse processo. Acho difícil uma candidatura competitiva. Ele não é mais o principal candidato, o cerco se fechou, a situação dele é crítica.
 
Também não faltaram críticas ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB). “Tem um grande desafio pela frente, mas alguns ministros que estão assumindo são fraquinhos, a exemplo do de Minas e Energia, área que eu conheço bem. Tem que colocar gente que saiba. Temos que torcer para que dê certo. Temer não tem base nenhuma social. Ele vai precisar de coragem para tomar medidas duríssimas”, concluiu.

sábado, 14 de maio de 2016

AFASTADO, CUNHA NOS CUSTA MAIS DE R$125 MIL POR MÊS

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OAB critica escolha de ministros de Temer


  • Valter Campanato / ABr Data: 23/05/2013
    Romero Jucá, ministro do Planejamento de Temer, responde inquérito da Lava Jato - Foto: Valter Campanato / ABr Data: 23/05/2013
    Romero Jucá, ministro do Planejamento de Temer, responde inquérito da Lava Jato
A Organização dos Advogados do Brasil (OAB) criticou neste sábado, 14, presidente interino Michel Temer (PMDB) pela escolha de ministros investigados na Operação Lava Jato. Temer assumiu o governo na quinta-feira, 12, depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff ser aprovado no Senado. 
Em nota assinada pelo presidente da OAB, Claudio Lamachia, a instituição afirma que a nomeação dos investigados "não deveria ser feita" e que ela "contratia os anseios da sociedade". "Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos", escreve Lamachia. 
Os ministros Henrique Eduardo Alves, do Turismo, e Romero Jucá, do Planejamento, são citados na Lava Jato. O primeiro tem dois inquéritos contra ele. Jucá, por sua vez, já responde inquérito. Outros ministros foram citados em delações premiadas da operação da Polícia Federal. 
"Todos os cidadãos têm direito à ampla defesa e ao devido processo legal. Mas ressalto que a equipe de ministros precisa estar acima de qualquer suspeita. Os investigados devem poder se defender sem, para isso, comprometer a credibilidade dos ministérios", completa. 
A nota ameaca que a instituição pode intervir para afastar os ministros investigados caso se tornem réus. "Foi com base nesse entendimento que a OAB pediu o afastamento do deputado Eduardo Cunha e do então senador Delcídio do Amaral", lembrou a nota. 
A OAB ainda abordou o processo de impeachment, que classificou como "legal e necessário". "É lamentável que, mais uma vez, o país testemunhe o afastamento de um chefe do Poder Executivo pela prática de crime de responsabilidade. Por outro lado, o Brasil tem a chance de tomar melhores rumos e, no futuro, não sofrer os prejuízos, novamente, dos erros já cometidos no passado"

Pai se passa por filha de 11 anos, marca encontro e suspeito de pedofilia é espancado


 


 
 
Um homem de 28 anos, suspeito de pedofilia, foi espancado na rodoviária de Mogi das Cruzes, em São Paulo, na tarde deste sábado (16), depois de ter marcado um encontro com uma criança de 11 anos através do Whatsapp. Na verdade, quem trocava as mensagens com ele eram o pai e a madrasta da garota, que tiveram acesso ao teor das conversas iniciadas no final do mês passado.

De acordo com o G1, o pai da menina contou na delegacia que na madrugada de 27 de março um estranho fez contato com o celular da filha dele pelo Whatsapp. Segundo ele, havia a mensagem “oi” e a foto de um pênis. O pai ainda relatou que a filha viu a mensagem por volta das 10h e entregou o celular para a madrasta, que respondeu “oi, quem é?”.

Ainda de acordo com o pai, houve resposta apenas às 11h19. Segundo o boletim de ocorrência, a madrasta se passou pela criança e começou a conversar com o suspeito. O pai disse que ele próprio também se passou pela filha na tentativa de descobrir o que o homem queria com a criança. Desde então, segundo o pai, a criança não falou com o suspeito. Ainda de acordo com o pai, as conversas foram se prolongando e o homem pedia abertamente fotos da menina pelada, perguntava sobre o corpo, etc.

Segundo o pai, na madrugada deste sábado, o homem propôs um encontro e eles marcaram na rodoviária. O suspeito chegou a mandar uma foto do próprio busto para ser reconhecido. Na hora marcada, a madrasta e o pai esperavam o homem no terminal, perto do banheiro. A madrasta falava com o suspeito ao telefone se passando pela criança. Quando ficou frente a frente com a madrasta, o pai relatou que o suspeito gesticulou como se fosse abraçá-la e foi segurado.

O pai acrescentou que pessoas que passavam pelo local perguntaram o que estava acontecendo e a madrasta disse: “pedófilo!”. Segundo o pai, populares começaram a agredir o suspeito até a chegada da Polícia Militar. O pai disse que tentou evitar a agressão porque já havia chamado a polícia, mas havia uma dez pessoas agredindo o homem. Ele relatou à polícia que “fez o que pode para tentar evitar a agressão pois seu objetivo era a prisão do indivíduo.”

O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes com base no artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente que trata de “aliciar, assediar, instigar ou constranger.” O suspeito não foi levado para a delegacia porque precisou ser hospitalizado no Hospital Luzia de Pinho Melo, mas no boletim de ocorrência consta que ele é “averiguado”.

 O pai da menina levou para a delegacia os pertences do suspeitos, que incluiam celular com dois chips, chip avulso, preservativos e bolsa de pano, que serão encaminhados para perícia.

Correio24horas.com.br

Dono de plantação com 2 hectares de maconha é preso em Pindobaçu



Um homem de 34 anos, identificado como João da Silva, foi preso em flagrante com 56kg de maconha em casa e uma plantação de dois hectares da droga, em uma roça no município de Pindobaçu, a 245 quilômetros de Serrinha, na quarta-feira (11).

Segundo informações da Polícia Civil, depois de colhida, a planta renderia cerca de 800kg da droga. O dono da plantação foi encaminhado para a delegacia de Senhor do Bonfim e vai responder por tráfico de drogas.

Plantação com dois hectares de maconha foi encontrada pela polícia no município de Pindobaçu

Ex-aluno da FTC lança livro autobiográfico em São Paulo

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Foto: Divulgação/Assessoria




Ex-aluno da FTC lança livro autobiográfico em São Paulo
A experiência de vida de Claudio Vieira de Oliveira já rendeu palestras e entrevistas e serviu de exemplo Brasil afora, como testemunho de vencer barreiras. Agora, a sua biografia virou livro. Com o sugestivo título “O mundo está ao contrário”, a obra do escritor graduado em Ciências Contábeis pela FTC Feira de Santana e portador de rara deficiência foi lançado nesta quarta-feira (11), no Museu de Arte de São Paulo (MASP).
No livro, cujo lançamento contou com a exposição de fotos do fotógrafo japonês Yasuyoshi Chiba, Claudio Vieira divide com as pessoas a própria história, como faz nas palestras que ministra. Portador de uma doença rara – Artrogripose Múltipla Congênita (AMC) – ele fala de superação e perseverança, mas sem autocompaixão. Por conta da deficiência, tem a cabeça virada para baixo, as pernas atrofiadas e os braços sem movimento.
Diz sempre que gosta de viver e por isso busca fazer no dia a dia fazer o que todas as pessoas fazem, dentre as quaisler, escrever – com a boca! – e assistir TV, desde programas educativos e telejornais a novelas.“Ao longo de minha vida aprendi a adaptar o meu corpo ao mundo”, afirmou em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, que contou a sua história. Como palestrante, esteve em cidades da Europa e dos Estados Unidos.
Claudio Vieira traz na bagagem um dado interessante: conheceu dois papas em suas andanças. O primeiro foi o Papa João Paulo II, na Itália, no ano 2000, de quem recebeu um rosário, que guarda até hoje. “Ele me abraçou, me beijou na testa e me abençoou”, contou ao jornal Folha de São Paulo. Em 2014, esteve com o Papa Francisco, no Rio de Janeiro. As bênçãos, disse, fortaleceram sua vida pessoal e profissional.
No ano passado pesquisadores da Universidade de Havard (EUA) e de Brunel (Londres), esteve na cidade natal do escritor para examiná-lo e ainda em 2015 uma equipe de médicos da Filadélfia chegaram a propor uma cirurgia corretiva, com chances inferiores a 10% de corrigir o seu pescoço. Aos 40 anos de idade, Claudio recusou, temendo ficar ainda mais dependente, “sem poder viajar, sair com amigos, conhecer pessoas”.

Na FTC, onde se formou e criou vínculos,Claudio não encontrou dificuldades, ao contrário do que esperava. “Desde o começo sempre tive um bom convívio com os professores e com os colegas”, declarou certa feita o então estudante nascido na cidade de Monte Santo, interior da Bahia. Mas o novo nunca o assustou, pois sempre entendeu as dificuldades como estímulo para seguir em frente, “sempre com os pés no chão”.
O livro “O mundo está ao contrário” foi lançado pela Bella Editora e pode ser encontrado nas livrarias da Folha, Saraiva e Cultura.
 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Marconi decreta o fim do concurso público para os professores.... O que é isso

 


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O governador Marconi Perillo (PSDB) decretou o fim do concurso público para professores em Goiás. A partir de agora, a Educação vai ser tratada como negócio. Todas as contratações serão feitas por OS e há previsão de salários inferiores ao salario mínimo nacional.
É o ápice do descaso com o futuro de Goiás. Nossos jovens e crianças farão parte de um balcão de negócios em que ensinar será a última prioridade do Estado. O importante, neste contexto, é fazer dinheiro. 
Com a desculpa da desburocratização, quem perde são os professores. E os goianos como um todo! Pois os diretos dos servidores públicos adquiridos até agora serão esquecidos e a conversa será de educador para empresário. E os alunos? Somente arcam com as consequências.  

Por que os negros não comemoram o 13 de maio, dia da abolição da escravatura

A Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil, foi assinada em 13 de maio de 1888. A data, no entanto, não é comemorada pelo movimento negro. A razão é o tratamento dispensado aos que se tornaram ex-escravos no País. “Naquele momento, faltou criar as condições para que a população negra pudesse ter um tipo de inserção mais digna na sociedade”, disse Luiza Bairros, ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Após o fim da escravidão, de acordo com o sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995), em sua obra "A integração do negro na sociedade de classes", de 1964, as classes dominantes não contribuíram para a inserção dos ex-escravos no novo formato de trabalho.

“Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho”, diz o texto.
http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/6e/wo/tj/6ewotjekgzchg48kabj6mlrpa.jpgReprodução/Victor Meirelles/Wikimedia Commons
"Abolição da Escravatura", quadro de Victor Meirelles
De acordo com a Bairros, houve, então, um debate sobre a necessidade de prover algum recurso à população recém-saída da condição de escrava. Esse recurso, que seria o acesso à terra, importante para que as famílias iniciassem uma nova vida, não foi concedido aos negros. Mesmo o já precário espaço no mercado de trabalho que era ocupado por essa população passou a ser destinado a trabalhadores brancos ou estrangeiros, conforme Luiza Bairros.
Integrante da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Alexandre Braga explica que “O 13 de maio entrou para o calendário da história do país, então não tem como negar o fato. Agora, para o movimento negro, essa data é algo a ser reelaborado, porque houve uma abolição formal, mas os negros continuaram excluídos do processo social”.
“Essa data é, desde o início dos anos 80, considerada pelo movimento negro como um dia nacional de luta contra o racismo. Exatamente para chamar atenção da sociedade para mostrar que a abolição legal da escravidão não garantiu condições reais de participação na sociedade para a população negra no Brasil”, completou a ex-ministra.
Ela defende, porém, que as mudanças nesse cenário de exclusão e discriminação estão acontecendo. “Nos últimos anos, o governo adotou um conjuntos de políticas sociais que, aliadas à política de valorização do salário mínimo, criou condições de aumento da renda na população negra”.
Inclusão do negro ainda é meta
Apesar dessas políticas, tanto a ex-ministra quanto Braga entendem que ainda há muito por fazer.
O representante da Unegro cita algumas das expressões do racismo e da desigualdade, no país: “No Congresso, menos de 9% dos parlamentares são negros, enquanto que a população que se declara negra, no Brasil, chega a 51%. Estamos vendo também manifestações de racismo nos esportes, principalmente no futebol. Ainda temos muito a caminhar”.
“Ainda estamos tentando recuperar a forma traumática como essa abolição aconteceu, deixando a população negra à sua própria sorte. Como os negros partiram de um patamar muito baixo, teremos que acelerar esse processo com ações afirmativas, para que possamos sentir uma diminuição mais significativa das desigualdades”, explicou Bairros.


Lula deve pôr foco em disputa municipal

PT e aliados farão oposição aguerrida

A aprovação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo plenário do Senado da República interrompe um ciclo de 13 anos do Partido dos Trabalhadores no poder. Agora, a única alternativa que o PT possui é o julgamento final do impedimento que deve ocorrer em até 180 dias no Legislativo.
Apesar da derrota da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do governo petista, o presidente da sigla na Bahia, Everaldo Anunciação, afirma que “a resistência tem que continuar”. “Primeiro, por uma questão de princípio, esse processo não tem uma base legal. Segundo ele, houve uma manifestação clara da sociedade brasileira contra o golpe e pela não aceitação de um governo comandado por Temer. Isso significa um governo ilegítimo”, argumentou em entrevista à Tribuna.
“As propostas desse governo são de retirada de conquistas de direitos sociais do povo brasileiro. Seu compromisso é com a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo]”, alertou o dirigente, que criticou a negativa do Supremo Tribunal Federal ao mandado de segurança impetrado pela Advocacia Geral da União (AGU)  para barrar o impeachment: “Acho que o STF, que deveria ser o guardião da lei, mais uma vez demonstra falta de sintonia”.
Afonso Florence, deputado federal baiano e líder do PT na Câmara dos Deputados, disse que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com a ajuda do PSDB, DEM, PPS e outros partidos, decidiu rasgar a Constituição para conseguir chegar ao poder sem os votos do povo brasileiro. Segundo o petista, o afastamento da presidente Dilma Rousseff não passa não de um golpe parlamentar contra os interesses do povo brasileiro. “Nós vamos resistir nas ruas e na Câmara contra a retirada de direitos”, frisou.
A deputada federal Moema Gramacho (PT), uma ferrenha defensora do governo petista na Câmara dos Deputados, assinalou que todos os que apoiaram o impedimento da presidente Dilma Rousseff entrarão para a história como “golpistas”. “Temer e todos os golpistas, que não gostam de ser chamados desta forma, levarão esta pecha para o resto de suas vidas, para a história”, frisou.
Valmir Assunção, deputado federal pelo PT baiano, reforçou que o partido manterá a postura de oposição ao governo Temer. “A decisão de fazer oposição é um posicionamento que vai de encontro ao golpismo e ao desrespeito à Constituição Federal de 1988. É preciso respeitar o voto dos mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras”, ressaltou. Daniel Almeida, deputado federal e presidente do PCdoB na Bahia, engrossou o coro dos petistas nas críticas ao modo como os peemedebistas chegaram ao poder na manhã de ontem.
“Esse é um passo adiante daqueles que rasgaram a Constituição. É um dia triste para a democracia brasileira, mas o sentimento que temos é de resistência em relação aos que querem trair a pátria e a Constituição. É uma profunda injustiça contra a presidente legitimamente eleita pelo voto popular”, disse o presidente.
Rui diz que afastamento é “atentado”
O governador Rui Costa foi eleito para o cargo no Executivo baiano em outubro de 2014 com amplo apoio do ex-presidente Lula, do ex-governador Jaques Wagner e da agora presidente afastada Dilma Rousseff. A aprovação da admissibilidade do processo de impeachment pelo Senado não era novidade para nenhum governista e o próprio Rui Costa tinha consciência disso. Na manhã de anteontem, durante visita à Concha Acústica, no Campo Grande, em Salvador, o discurso do petista já era de conformismo e comparou o declínio do governo da presidente Dilma com uma queda de um avião. Para ele, uma sequência de erros contribuiu para o desfecho. “É igual a desastre de avião.
Quando o avião cai não é só um erro, são vários componentes que levaram a isso”, exemplificou. Ontem, momentos depois de o Senado ter aprovado a admissibilidade do processo de impeachment que culminou no afastamento da petista e consequente ingresso do vice Michel Temer no poder, Rui se solidarizou com a companheira de partido e lamentou o impedimento. “Manifesto minha solidariedade à presidente Dilma, que não cometeu nenhum ato ilícito que justificasse o processo de impeachment. O que aconteceu foi mais um atentado à democracia.
Uma violência contra a escolha de milhões de brasileiros. Estamos vivendo um triste momento da história do país, mas nada vai me abater a continuar defendendo a democracia e os legítimos interesses da Bahia”, disse o governador em pequena nota divulgada em seus perfis nas redes sociais. Em seu comunicado, o petista não fez relação a Temer como traíra, como havia dito em outras ocasiões.  

Meirelles diz que pode propor aumento da idade mínima para a aposentadoria do UOL

Meirelles diz que pode propor aumento da idade mínima para a aposentadoria

Do UOL, em São Paulo
  • Ueslei Marcelino/Reuters
O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a reforma da Previdência é uma das prioridades do governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), e que a proposta pode prever aumento da idade mínima da aposentadoria. Ele também negou que haja alta de impostos em breve, mas não descartou a volta da CPMF no futuro. As declarações foram dadas em entrevista para a TV Globo, nesta sexta-feira (13).
Atualmente, o trabalhador que se aposenta na modalidade por idade precisa ter no mínimo 60 anos, se for mulher, ou 65, se for homem. Mas outras modalidades de aposentadoria não estabelecem idade mínima. A fórmula 85/95, por exemplo, soma idade e tempo de contribuição. Com a reforma, todas as modalidades podem exigir uma idade mínima. 
Empossado na véspera, Meirelles disse que o primeiro objetivo do ministério será controlar o crescimento da dívida pública e equilibrar as contas do país. Segundo ele, o rombo neste ano será maior que o previsto pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff, de R$ 96 bilhões.
"Existe algo que já está claro: os R$ 96 bilhões são um número elevadíssimo, mas tudo indica que o deficit vai ser maior que esse", disse.
O ministro disse que vai analisar as contas para divulgar números e metas realistas e, a partir daí, tomar medidas "duras, porém necessárias", para que a dívida brasileira seja "sustentável".

Reforma da Previdência

Uma das medidas deve ser a reforma da Previdência. Ele afirmou que está estudando o assunto e que a reforma pode incluir proposta de aumento da idade mínima da aposentadoria.
"(A proposta de aumento) não é nenhuma novidade", disse. "O que precisa é determinação do governo para fazer e apresentar uma proposta que seja factível"
Leia mais em: http://zip.net/btthG1