Após entrevista concedida ao Programa Paraguassu Notícias, da Rádio Paraguassu FM, o prefeito Orlando Santiago (PSD), gerou muita polêmica na cidade e em regiões vizinhas ao afirmar que contratar sua filha para o cargo de secretária de saúde não seria nepotismo e que a referida colocação dela no cargo provocou o aumento da renda familiar.
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| Foto: Clécia Azevêdo |
Ao procurar Santiago para que esclarecesse tudo que afirmou durante programa ao vivo, ele enfatizou que repetiria tudo novamente. O prefeito salientou que a maioria das perguntas feitas durante o programa foram tendenciosas, segundo ele, partindo dos ouvintes. No que se refere ao nepotismo, ele assegurou que a própria Lei o ampara, pois existe uma súmula que permite a contratação de pessoas da família para assumirem determinadas funções dentro de um governo.
Quanto a questão da contratação de Caroline Santiago para assumir a Secretaria de Saúde, ele destacou que as pessoas tem o costume de ouvir uma informação e utilizar como se fosse a lápide da palavra. “Não é bem isso, a questão principal da nomeação não foi para fabricar renda, mas evidentemente que ao exercer a função ela constitui renda familiar”, disse.
Conforme Santiago, ninguém queria assumir a Saúde do município, e como conta o gestor, sua filha foi obrigada assumir a função. “Disse para ela que era um desafio e pedir para que exercitasse o que estava lhe sendo proposto. Neste mesmo momento eu disse que não roubo, seria melhor um prefeito desonesto e não pedir que ela aceitasse o desafio do trabalho, o desafio de servir a sua terra, e que a deixasse na mordomia, bancada pelo conforto que um prefeito desonesto pode criar e fazer”, questionou.
Para Santiago, sua filha está responsável pela SESAU e assume um desafio. “Digo ainda mais, estou procurando até um substituto, pois ela não se curva a deixar, mas esse substituto não aparece. Desafio para que venha governar a Saúde, para passar o que alguém passa, pelo que a Educação também passa”, lançou desafio.
O que tenho sempre observado são críticas desonestas, descabidas e sem pudor; que fazem tudo isso sem olhar o rabo. “Existem pessoas que só criticam, que é preciso ter paciência, é bom que se olhe a vida dessas pessoas. Às vezes observo no facebook críticas de pessoas que tanto precisaram de mim, que tanto dependeram de mim e hoje soltam os cachorros nas minhas pernas, quando olho a vida dessa pessoa, tem uma vida pregressa e é a pior possível”, relata.
Conforme o prefeito, o que lhe espanta é o fato de vários outros prefeitos terem colocado parentes no governo e ninguém falar nada. “O problema é apenas comigo?”, indaga.
“Antenor que colocou a esposa, Ismael colocou sua filha, entre outros que fizeram isso”, frisou, ressaltando, “Admito que Graça Fonsêca fez uma boa gestão na SESAU, se ela quisesse ofertaria a Secretaria para ela”, declarou.
De acordo com Orlando, muitos desses críticos procuram desaguar suas frustrações em sua gestão, que segundo ele, até o momento só fez servir ao município.
Ele espera que ao invés de críticas, os que se dispõem a sempre estarem criticando o desafiassem para um debate. “O que lamento é não encontrar desafio de debate, eu me proponho a debater civilizadamente com as pessoas, não agredido, mas fazendo as perguntas que possam parecer em princípio intransigentes ou ofensivas, mas que eu terei paciência , como tenho tido até agora para responder sonoramente, de forma que eu tenha o direito de convencer as pessoas que não tenho tempo para ficar em facebook permanentemente e muito menos postando resposta para gerar uma discussão a distância, onde muitos aproveitam para criticar”, pontuou
“Não posso está animando esse tipo de comportamento, porque isso não é bom para sociedade, a população não sabe que eu recebo muitas denúncias do Zé Carlos, denúncias do Walter, denúncias do ex-gestor; então não quero ficar fazendo comentários a mais porque não se dá para desaguar em uma entrevista todo acervo de impropérios, de insultos que a gente recebe calado”, contou.
Para Orlando, uma coisa são os opositores, outra coisa é ele. “Sou o governante, o primeiro mandatário do município, não posso animar esse tipo de coisa porque ínsita e piora a violência de que tanto falam, mas eles são violentos”,finalizou.
O senador Walter Pinheiro criticou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a fala de um ministro do governo Dilma, dada em caráter de anonimato para a publicação. O ministro teria dito, segundo a Folha, que "A PM está inflando esses números” e que na manifestação deste domingo (15) na Avenida Paulista não haveria "povão", e sim, a classe média que votou em Aécio Neves. Segundo Pinheiro, este ministro deveria "se preocupar com o recado, não importa de quem veio". "Tem uma frase dizendo que a polícia inflou. Pelo amor de Deus, acreditar que um ministro pense isso. Eu lamento que um ministro tenha dito isso. Ao invés de ficar preocupado se tinha 10 ou 10 mil, pois não devia se preocupar com a quantidade, deveria se preocupar com o recado, não importa de quem veio", criticou Pinheiro. Na opinião do senador baiano, as manifestações, que levaram milhares de pessoas às ruas em diversas cidades brasileiras, não se tratavam de um "terceiro turno", mas sim, "a continuidade de um recado que vêm desde a eleição". "Temos que parar e olhar para trás para ter capacidade e coragem de falar dos erros. Vou ficar avaliando se a manifestação é de classe baixa, de media, de alta? Nós não ganhamos a eleição com essa margem folgada na sociedade. Nós tivemos um recado na eleição. Pelo amor de Deus. Não é o problema com o Congresso, é com a sociedade. É com isso que estou preocupado. O meu governo não consegue falar com a sociedade, meu Deus!", desabafou.
