quinta-feira, 7 de maio de 2015

A farsa das 120.000 vidas salvas pelo Estatuto do Desarmamento


 

Não é de hoje que ONGs desarmamentistas divulgam dados falaciosos sobre os supostos benefícios da Lei 10.826/2003, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento, sem qualquer análise mínima. A última foram as tais 120 mil vidas salvas. O que parecia mais uma obra de futurologia de alguns “especialistas” mostra-se mais uma vez como uma grande farsa, de acordo com o gráfico abaixo, publicado e republicado, em vários jornais e revistas por todo o país.
Note o traço vermelho, momento da aprovação do estatuto do Desarmamento em dezembro de 2003. Como pode uma lei tão poderosa que consegue retroagir em seus efeitos práticos? Não pode, oras! A verdade é que a média nacional já estava em queda antes da aprovação da lei e foi puxada por São Paulo e Rio de Janeiro que com políticas regionais de Segurança Pública e sem qualquer relação com a Lei 10.826/2003, conseguiram reduzir seus índices de homicídios. Por serem os estados mais populosos, as quedas, impactaram na média geral brasileira. Basta retirar essas quedas do computo geral e verão o que acontece com a taxa de homicídios. Uma crescente muito maior que antes do estatuto.
Agora veja a linha verde. Pois bem, na melhor das hipóteses é neste momento, um ano após a vigência da lei, que poderia se começar a pensar em medir os efeitos de tal lei. E o que acontece? Os índices voltam a crescer. O motivo é simples: a diminuição das taxas de homicídios em São Paulo e Rio de Janeiro ou cessam ou se tornam inexpressivas e perdem a força para continuar jogando para baixo a média nacional.
Já mentiram muito sobre o desarmamento e pelo que parece não vão parar de mentir tão cedo!


*Bene Barbosa é bacharel em direito, espe
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Unidade Móvel de enfrentamento à Violência contra Mulher chega em Santo Amaro

onibus das mulheres - nam
Entre os dias 8 e 12 de maio, o Município de Santo Amaro receberá a visita da Unidade Móvel de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

A unidade é uma ação da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), do Estado da Bahia e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Promoção da Igualdade Racial e Gênero, através da coordenação do Núcleo de Atendimento à Mulher (NAM).


Este é um ônibus especialmente adaptado que leva serviços especializados da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência ao campo, floresta e águas. A unidade também têm função educativa, com a promoção de palestras e esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha e sua aplicação.

A equipe da Unidade Móvel possui uma mobilizadora, uma coordenadora, uma acolhedora, uma assistente social, uma psicóloga e uma advogada.
A Unidade Móvel desenvolverá as atividades: roda de conversa sobre violência contra a mulher e Lei Maria da Penha e depois, se houverem, atendimento individual às mulheres que assim desejarem. E mobilizar as mulheres para participarem da atividade.
Programação

Dia 8- Acupe-
09 às 12h na comunidade da Portelinha
14 às 17 em frente ao Hospital de Acupe
Dia 11- Mercado- Feira Livre
De 9h às 16h
Dia 12- Trapiche/ Caeira
De 9h às 12h
Fonte: ASCOM SAP


quarta-feira, 6 de maio de 2015

SAPEAÇU: ONDAS DE ASSALTOS DE MOTO E CELULARES ASSUSTAM A POPULAÇÃO


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Ontem (04/05), por volta das 21:00h, o site Sapeaçu na Mídia foi informado de que um elemento, dirigindo um Siena preto, placa não anotada, teria tomado dois celulares de moradores da Rua da Vitória, em Sapeaçu. As vítimas não quiseram se identificar por motivo de segurança, mas uma moradora contou a nossa redação que o elemento encostou o carro próximo à vítima e anunciou o assalto. Vale lembrar que a cidade vive um momento tenso, onde várias pessoas foram vítimas de roubo deste tipo, e uma sequência de assaltos a moto, no município. A polícia segue em busca de tentar deixar a população sempre em segurança, mas o mundo do crime está crescendo cada dia mais e mais.

Fonte Sapeaçu na Mídia/Foto Ilustrativa

Serra Preta: Professores da rede municipal fazem paralisação nesta Sexta-Feira,(8)


 

Os professores da rede municipal de Serra Preta-BA fazem paralisação nesta Sexta-Feira,(8). A categoria reivindica o acréscimo do quinquênio solicitado pela categoria.

Segundo eles a prefeitura teria depositado os valores referentes aos salários do mês de Abril nas contas dos professores sem o o acréscimo do quinquênio e não teria enviado nenhuma proposta de pagamento aos docentes.

na assembleia realizada no dia 16 de abril, ficou deliberado que caso a prefeitura não honrasse com o acordo seria feita uma nova paralisação.

Anguera:Vereadores rejeitam as contas de José Augusto


 

A Câmara Municipal de Anguera, ontem, colocou em votação as contas do exercício financeiro de 2008 de responsabilidade do ex-gestor José Augusto Freitas, em um clima muito tenso. Após a leitura do parecer da comissão de constituição e justiça feita pelo o edil André Luis, o presidente José Luiz Couto franqueou a palavra, em seguida ao vereador Dr. Paulo Freitas que fez um pronunciamento em defesa das contas do seu irmão; dizendo que José Augusto governou Anguera durante 12 anos e nunca teve uma conta rejeitada e que os colegas vereadores não levassem para o lado político e agissem de acordo com as suas consciências. Segundo Paulo Freitas ao se dirigir a vereadora Selma, disse: que esta devia o seu mandato ao grupo político do ex-prefeito e que a vereadora refletisse antes de votar contra as contas.

Zero violência contra LGBT!

Maio da Diversidade alerta para a violência contra a população LGBT na Bahia
17059818Com o tema “Zero violência contra LGBT!”, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), iniciou na tarde de ontem (4), na Praça das Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Ondina, as atividades da 3ª edição do Maio da Diversidade, uma ação da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), em parceria com secretarias estaduais, Prefeituras Municipais, Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade do Estado da Bahia (Uneb), e organizações LGBT. O ato de abertura aconteceu das 18h às 22h, com a participação do coordenador de Políticas para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), Vinícius Alves, e das entidades da sociedade civil que defendem os direitos e promovem a cidadania LGBT na Bahia. No entanto, a abertura oficial do evento acontecerá no próximo dia 16 de maio, no Cine Solar Boa Vista, às 18h30, momento que reunirá ativistas de aproximadamente, 40 cidades baianas.
Além de alertar sobre os crimes de homofobia no estado, a iniciativa tem como meta promover uma cultura de respeito aos direitos humanos, com foco na população LGBT, fortalecendo a convivência e a sociabilidade, a partir de debates, oficinas, feiras e atividades artístico culturais, como elementos estruturantes da superação de contexto de violação de direitos e de promoção da cidadania. De acordo com Vinícius Alves, coordenador LGBT/SJDHDS, “ a meta para esta terceira edição é possibilitar na construção e execução desta agenda, um processo afirmativo do ponto de vista do respeito e acolhimento as diversas dimensões, formas e possibilidades de compreender, experimentar e vivenciar as identidades sexuais e de gênero e, a partir delas, demandar políticas públicas para o segmento”. Além disso, contextualiza Vinícius, “ é preciso discutir sobre os recentes crimes homofóbicos cometidos contra esta população, além da perspectiva da superação do atual quadro na Bahia”.
Mobilização social – A 3ª edição do Maio da Diversidade foi organizada com a participação das entidades que defendem os direitos LGBT, em todo estado. As atividades acontecem até o dia 30 de maio, e darão uma maior visibilidade à sociedade e ao poder público, sobre as mais urgentes demandas e direitos desta população. A proposta é que seja construído um relatório contendo demandas que sirvam de instrumento tanto para a produção de políticas públicas LGBT, quanto para o monitoramento e controle social das mesmas.
Este ano, as atividades do Maio da Diversidade serão descentralizadas, e acontecerão em Salvador, Região Metropolitana e outras cidades do interior do estado. De acordo com Felipe Santos, do Coletivo Universitário pela Diversidade Sexual e de Gênero – Coletivo Kiu, “ a participação dos ativistas LGBT, na construção desta, e de outras agendas específicas é fundamental para a conquista e garantia dos direitos da população LGBT”. Segundo Felipe, a recente decisão do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos LGBT, em determinar a utilização do nome social dastransexuais e travestis, em estabelecimento e redes de ensino em todo país, é fruto da mobilização social iniciada em 2009, pelo movimento LGBT em todo país. O nome social substitui nome oficialmente registrado que não reflete identidade de gênero desse público.



terça-feira, 5 de maio de 2015

Vereador com salário de R$ 8 mil recebeu Bolsa Família por 20 meses


 


Se não bastasse os R$ 8 mil que embolsa todo mês como vereador de Jacobina, o petista Ronivon Souza, mais conhecido como Roni do Junco, ainda queria mais. Continuou recebendo o benefício do programa Bolsa Família até um ano e oito meses depois de assumir uma cadeira no Legislativo municipal. O valor era recebido pela mulher do vereador, Rute Almeida Rios de Souza, funcionária pública da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), desde 2012.
Durante os 20 meses, o vereador arrecadou mais de R$ 1,5 mil. Diante do salário do vereador, o benefício é inferior, mas a questão ética é muito maior. Além de ser funcionária pública, a mulher do petista possui em seu nome uma microempresa, uma loja de materiais de construção em Jacobina, há cinco anos.Logo após as eleições de 2012, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) deu início a uma pesquisa cruzando dados dos beneficiários. Considerando só a lista de eleitos, mais de 2 mil políticos foram localizados, dentre eles 10 prefeitos. De acordo com o artigo 25 do decreto 5.209/04, que regulamenta o Bolsa Família, o beneficiário do programa perde o direito ao recebimento quando ocorre “posse em cargo eletivo remunerado, de qualquer uma das três esferas de governo”.
Em agosto de 2014, o MDS notificou a mulher do vereador, no entanto o MDS solicitou o ressarcimento de apenas R$ 314 para pagamento em 60 dias. O edil ressarciu os cofres públicos e continua atuando sem nenhuma punição no Legislativo municipal.
A reportagem tentou contato com o vereador, mas não teve as ligações atendidas.




VEJA BAIXA GRANDE, MARCELO BARBOSA JP

Pizzolato diz que prefere "morrer" a cumprir pena no Brasil

 


 

Pizzolato diz que prefere "morrer" a cumprir pena no Brasil Antonio Cruz/ABR
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no caso do mensalão, afirma que prefere morrer a ir a uma prisão brasileira, segundo relato do senador italiano Carlo Giovanardi, que esteve nesta segunda-feira com ele na prisão de Modena, no norte da Itália.
A nota divulgada pelo parlamentar após o encontro afirma: Pizzolato "prefere morrer a descontar a pena por anos em uma penitenciária do Brasil".
Pizzolato fugiu do Brasil depois que foi condenado a doze anos e sete meses de prisão por conta do escândalo do mensalão. Mas acabou sendo preso na Itália e, depois de 18 meses de um processo legal, teve sua extradição aprovada pelo governo de Matteo Renzi na semana passada.

Itália autoriza extradição de Pizzolato, condenado no mensalão
O encontro desta segunda ocorreu na presença de seu advogado Alessandro Sivelli e o senador aproveitou para pedir que o governo italiano reavalie sua decisão.

— A medida coloca em risco a vida de Pizzolato, que se colocou à disposição de cumprir a pena na Itália, mesmo com o legítimo pedido de revisão do processo em que foi envolvido no Brasil — declarou o senador.
— Pizzolato obteve a negação da extradição da Corte de Apelo de Bolonha enquanto a Corte de Cassação jogou a decisão para o governo italiano que, incompreensivelmente, estabeleceu que Pizzolato, cidadão italiano, deve ser extraditado ao Brasil em 11 de maio — disse o parlamentar.


Novo grupo político pretende dar um Up na política de São Gonçalo


Sandro Araújo | 10:56:00 AM |
O novo grupo político de São Gonçalo dos Campos foi idealizado pelo presidente do PT - Partido dos Trabalhadores/São Gonçalo, o Sr. Teodorico Fernandes de Oliveira, vereador Rogério Falcão, também petista, e o prefeito Antonio Dessa Cardoso (PSD), além de outros integrantes.

A reunião para a oficialização do grupo aconteceu na noite desta quarta-feira (29/4) no Rancho Dona Flor, na localidade do Cedro, zona rural da cidade. Políticos, representantes de comunidades e associações, além de membros da sociedade civil também estiveram presentes, e testemunharam a criação do grupo. Esta foi a terceira reunião organizada, e a quarta já está com data marcada, que será no próximo dia 6 de maio, no mesmo local.

De acordo com informações de bastidores, o grupo é uma aposta para decidir o futuro político de São Gonçalo. "O grupo é neutro e o intuito é apresentar alguns candidatos ao cargo de vereador, escolher um nome para o cargo de prefeito, e trabalhar os nomes até junho de 2016. Se o nome para prefeito emplacar, será o candidato do grupo para as próximas eleições. Caso não emplaque, o grupo escolherá outro nome, desde que seja o melhor para São Gonçalo, iremos fazer a composição e apoiar", disse Furão.

Ainda de acordo com o prefeito, ele prestará seu apoio ao grupo e aos possíveis candidatos como coadjuvante, pois suas atenções também estarão voltadas, a partir de junho deste ano/2015, para o seu filho, o jovem João Pedro, que almeja o cargo de prefeito na cidade de Conceição da Feira.

O grupo foi batizado pela sigla GM (Grupo dos Mortos) mortos políticos. O nome se deu devido aos rumores de que tanto o prefeito quanto alguns outros políticos que integram o grupo, estão mortos politicamente. "Vamos ver aí o que vai dar. O GM pode até não fazer um prefeito, mas com certeza vai decidir as próximas eleições", disse Furão. De acordo com Teodorico Fernandes (PT), as reuniões estão sendo promissoras.

O prefeito Antonio Dessa está rompido com o governo do estado, e os motivos por ele apresentados são principalmente as obras inacabadas na cidade. Se esse rompimento não for um empecilho, existe uma grande possibilidade que o prefeito se desligue do (PSD) e aceite o convite do vereador Rogério Falcão, que é filiar-se ao (PT), atual governo do estado e País. O caso está em análise.

Clima de disputa para as eleições de 2016 é antecipado em Itabuna










Dengue cresce 234,5 % no Brasil e ultrapassa 745 mil casos em 2015

A região Sudeste apresenta o maior número de casos da doença. Na Bahia foram registrados 20.746 casos com um óbito


oras.co
de 745 mil casos de dengue já foram registrados no Brasil desde o início de 2015 até o dia 18 de abril, aponta dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Esse número representa um aumento de 234,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 223,2 mil notificações da doença.
dengue
Dengue cresce 234,5 % no Brasil e ultrapassa 745 mil em 2015(Arquivo/Agência Brasil)
A região Sudeste apresenta o maior número de casos da doença, com 575,3 casos para cada 100 mil habitantes (489.636 casos no total). O Nordeste vem em terceiro lugar com com 173,7 para cada 100 mil habitantes (97.591 casos no total). Na Bahia foram registrados 20.746 casos com uma morte.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15 primeiras semanas do ano, um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram registradas 158.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

TLC. Bomfim está em casa e bem

A comunidade de Santo Estevão foi surpreendida, com a informação de que Antonio Bomfim havia sofrido um  acidente 
quando  trafegava com sua moto nas ruas de Santo Estevão..
  Foi  levado para Salvador. onde foi submetido  a uma cirurgia e hoje se encontra, em casa, bem  para a alegria de todos

Bomfim  é participante das pastorais da igreja  e membro do TLC, onde se destaca por sua vontade de trabalhar.

Violência doméstica: 80% das mulheres não querem o agressor preso


 

Entre as alternativas apontadas por essas vítimas, 40% disseram que os agressores devem fazer tratamento psicológicos e/ou com assistentes sociais

Pesquisa da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça revela que 80% das mulheres agredidas não querem que o autor da violência seja punido com prisão. A pesquisa “Violência contra a Mulher e as Práticas Institucionais” apurou também as condições de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher, criados pela Lei Maria da Penha, e  Defensorias Púbicas em 11 cidades de seis Estados brasileiros.
Entre as alternativas apontadas por essas vítimas, 40% disseram que os agressores – com quem ela mantém ou manteve uma relação doméstica, familiar ou íntima de afeto – devem fazer tratamento psicológicos e/ou com assistentes sociais, 30% acham que eles deveriam frequentar grupos de agressores para se conscientizarem, 10% acham que a prestação de serviços a comunidade é a melhor alternativa penal.
Os pesquisadores também apuraram que 9% das mulheres acreditam que tenham feito alguma coisa para ‘merecer’ a agressão. “9% me parece que é um número significativo e que merece atenção do poder público”, diz Cristiane Brandão, professora Direito Penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora da pesquisa. Ela explica que o número é um sintoma da sociedade brasileira, “machista e patriarcal”.
“Esse número não quer dizer que elas se sintam a causadora da agressão, como se os homens tenham que se defender delas, mas elas tentam remediar a situação atribuindo a violência a outros fatores. Ela pode dizer que foi negligente na relação, não deu atenção ao companheiro, não cuidou do asseio das crianças. Ela se convence de que de algum modo se omitiu no papel estipulado ao gênero”, diz Cristiane.
Para Cristiane, a prisão também não é a melhor alternativa. “A função do Judiciário não é só impor uma pena de reclusão, que impede que ele pague a pensão para o filho, e joga o agressor em um ambiente extremamente machista e que fomenta a violência.  O Estado tem que atuar mais na prevenção, pensar em medidas que viabilizem uma educação não sexista a médio e longo prazo”, diz.
A coordenadora da pesquisa elogia a utilização de grupos de reflexão, no qual homens culpados de agressão frequentam reuniões acompanhadas de psicólogos e assistentes sociais para entender a cultura machista em que estão inseridos e a violência que praticaram.  “A medida está sendo muito bem vista porque força o sujeito a comparecer nessas reuniões. Ele acaba ouvindo outro lado, que ensina a não permanecer na violência, até porque muitas vezes ele nem sabe como sair desse ciclo”, diz.
Assassinatos cresceram em 237% em 30 anos
De acordo com o Mapa da Violência 2012 (o mais recente), entre 1990 e 2010 foram assassinadas cerca de 91 mil mulheres – 43,5 mil só na última década. Em 30 anos, o número de assassinatos de mulheres cresceu 1.353 para 4.297, um aumento de 217,6%. Com taxa de 4,4 mortes para cada 100 mil mulheres mortas, o Brasil ocupa a 7ª colocação entre 84 países. O primeiro é El Salvador, com taxa de 10,3 mortes para cada 100 mil mulheres.
Em 2010, o Espírito Santo apresentou taxa de 9,4 homicídios para cada 100 mil mulheres e encabeça a lista dos Estados onde a mulher corre mais risco de morrer. O ranking indigesto é composto ainda por Alagoas (8,3 mortes para cada 100 mil) e Paraná (6,3).O Mapa aponta ainda que no ano de 2011 o País registrou 73.633 atendimentos relativos a Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências. Deste total, 48.152 (65,4%) eram de mulheres e 25.481 (34,6%) de homens. “Praticamente duas em cada três pessoas atendidas no SUS nessa área são mulheres”, diz o relatório.
Além disso, o Mapa da Violência indicou ainda que 68,8% dos casos de feminicídio aconteceram dentro de casa.  Em relação aos casos de agressão contra mulheres entre 20 e 49 anos, o levantamento indicou que em mais de 65% deles os responsáveis eram parceiros ou ex-parceiros.
Em março deste ano, a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a lei do Feminicídio, que prevê penas mais duras para casos de assassinatos em razão do gênero.



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“O que mais me chamou a atenção na realização dessa pesquisa foi notar a pouca preparação do Poder Judiciário para lidar com casos de violência doméstica, apesar de a lei Maria da Penha estar em vigor desde 2006. Falta um atendimento especializado, com escuta mais humanizada e com apresentação de soluções viáveis e que fujam ao esquema de resposta criminal a um problema tão complexo”, afirma Cristiane.
Uma equipe de 11 pesquisadores avaliou as condições dos Juizados e Defensorias em 11 cidades nos Estados do Pará, Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A pesquisa demorou oito meses para ser concluída.


Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o levantamento aponta que o Tribunal de Justiça recebeu 31.083 novas ações em 2011, atingindo geral de 49.229 processos durante o ano, e tiveram 14.804 sentenças proferidas.  Nas demais comarcas do Estado, foram 57.487 de novos processos naquele ano, obtendo-se um total de 66.571 ações, com 26.172 sentenças proferidas. Só no Juizado de Violência Doméstica e Familiar da cidade do Rio de Janeiro foram abertos 13.635 novos processos.
Mas o número de processo não é acompanhado por quantidade de funcionários suficientes, diz a pesquisadora Cristiane.
“É uma rotina de pressa no julgamento, falta de profissionais no cartório, número de defensores suficientes para atender essa mulher e falta de capacitação exclusiva para promover uma escuta humanizada”, afirma. “Hoje, na Defensoria de muitos juizados visitados, só temos e quando temos um único defensor para atender a vítima. Muitas vezes, elas são atendidas por estagiários, sem conhecimento técnico suficiente e, muitas vezes, sem a compreensão ideológica necessária”, diz Cristiane.
Nas Defensorias, a pesquisa cita como exemplo o Estado do Paraná, que até dezembro de 2013 contava com dez defensores, mas nenhum que atuasse perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Em São Paulo, cita o relatório “a Defensoria Pública conta com ao todo 610 defensores, mas apenas uma atua integralmente no atendimento à vítima, e outra acumula esta função com outra perante o órgão em que atua”.
Além disso, o relatório cita problemas como “falta de informações precisas e adequadas, atrasos, cancelamentos não informados e faltas injustificadas por parte dos defensores, horários de atendimentos conflitantes com horário médio de trabalho das mulheres e dificuldade de cumprimento de medidas protetivas, em função do despreparo policial/oficial de justiça”. Medidas protetivas são determinações judiciais para proteção das vítimas, como determinação de afastamento.
“Muitas vezes há a dificuldade no cumprimento das medidas porque o agressor não acha importante cumprir, acha que não pode gerar prisão ou não acredita nas implicações. Mas, por outro lado, não é possível fazer uma fiscalização constante e eficiente para todos Estados. Há inúmeros casos de femínicidio [assassinato de mulheres em razão do gênero] em que tinham medida protetiva. Não é a medida protetiva que vai garantir integridade e vida até porque não é possível colocar um policial na porta de cada mulher que tem a medida”, diz Cristiane.
Fonte: Tribuna da Bahia

Quatro mulheres e um namorado: veja o que deu


  • Arquivo pessoal
    Bem resolvidas, felizes e sempre juntas, as amigas garantem que a risada rola solta ao falar do ex - Foto: Arquivo pessoal
    Bem resolvidas, felizes e sempre juntas, as amigas garantem que a risada rola solta ao falar do ex
"Dos limões fizemos uma caipirinha". É com esse bom humor que Silvana Mattievich, 44, define a história dela e a de outras três mulheres, Roberta Rodrigues, 43, Marjory Queiroz, 23, e Jéssica Vilas Boas, 25. O que elas tinham em comum? O mesmo namorado. Isso mesmo! Só que uma não sabia da outra. As quatro eram enganadas pelo senhor Balela Fast, como chamam o ex. O "balela" é por causa das mentiras e o "fast" (rápido, em inglês) fica por conta do desempenho sexual do rapaz.

"Ao abordar as outras, fiz com cuidado, porque percebia que éramos enganadas por um psicopata. De imediato, rolou uma empatia entre a gente", explica Silvana, a responsável por desvendar o 'segredo'.

Ao descobrirem que eram traídas - as quatro eram namoradas de fato, com direito aos mesmos privilégios (presentes iguais, viagens, e declarações de amor) e os mesmos problemas -, de 'enganadas' passaram a ser amigas e viraram o 'Quarteto Fantástico'.

O primeiro encontro aconteceu no fim de janeiro deste ano, quando planejaram a vingança contra Balela. Postaram juntas nas redes sociais e marcaram o safado.

"A gente sempre se apoia uma na outra. Vivemos juntas essa história apenas nos fortalece", diz Jéssica, a baiana do grupo. Já Marjory acredita que o Sr. Balela teve apenas a missão de unir as quatro. "Hoje me preocupo muito com elas. Somos inseparáveis. Ele serviu apenas para nos unir".

Roberta, a menos falante do grupo, é categórica: "Tem coisas que a gente não perde, se livra. Não é porque passamos por uma situação dessas que vamos nos abater".
A lição que elas tiraram da história? "É preciso dar um basta a uma situação quando causa sofrimento", finaliza Marjory.