- P13.fev.2015 - Petroleiros fazem corte de rendição e realizaram um "trancaço" em frente à sede da Petrobras no aeroporto de Vitória. Trabalhadores de pelo menos oito Estado realizam, nesta sexta-feira, protestos pela falta de segurança e em luto pela explosão da plataforma da Petrobras em Araracruz (ES), na última quarta-feira (11), que matou cinco pessoas, deixou quatro desaparecidas e 25 feridas
Desiludidos com repetidos recursos judiciais e ainda sem perspectiva de
receber três meses de salários atrasados e verbas rescisórias, um grupo
de cerca de 40 trabalhadores do complexo petroquímico do Comperj,
polêmica obra da Petrobras no leste do Estado do Rio de Janeiro,
embarcará às 16h deste domingo num ônibus rumo à Brasília. O objetivo é
acampar em frente ao Planalto e "só sair de lá com uma solução".
Os cerca de 40 operários representam os 469 funcionários da Alumini Engenharia que foram demitidos e os 2.500 que deixaram de receber salários desde dezembro. Ambos os grupos, no entanto, não receberam verbas rescisórias e aguardam o resultado de ações do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ). Somados, os dividendos chegam a R$ 14 milhões.
Tanto a Alumini quanto a Petrobras recorreram da última sentença do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) e argumentam que nenhuma das partes pode arcar com a dívida.
O grupo de trabalhadores vem protestando em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio, e paralisou o trânsito nos dois sentidos da ponte Rio-Niterói no último dia 10.
De acordo com Ronaldo Moreno, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro), que vem apoiando o movimento, o objetivo é obter uma audiência com o ministro da Secretaria-Geral da República, Miguel Rosseto, ou com o ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante.
A ideia é que, após o apelo aos ministros, a presidente Dilma Rousseff interceda diretamente para que a Petrobras arque com os R$ 14 milhões.
Para Paulo Fernando Queiroz, uma das lideranças dos trabalhadores, esta é a última cartada. "É o nosso apelo. Desta vez diretamente à presidente. Fomos abandonados. Na Justiça só entram com recursos, um após o outro, e ainda não temos o que é nosso de direito. Só queremos o que a gente trabalhou para merecer, o que é nosso", afirma Queiroz.
Segundo Queiroz, o grupo está ciente das dificuldades.
"Poderemos ter que pedir cestas básicas, comida, poderemos ter que pedir ajuda em igrejas ou dormir no gramado do Planalto. Não importa. Só vamos sair de lá com uma solução", diz.
Os cerca de 40 operários representam os 469 funcionários da Alumini Engenharia que foram demitidos e os 2.500 que deixaram de receber salários desde dezembro. Ambos os grupos, no entanto, não receberam verbas rescisórias e aguardam o resultado de ações do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ). Somados, os dividendos chegam a R$ 14 milhões.
Tanto a Alumini quanto a Petrobras recorreram da última sentença do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) e argumentam que nenhuma das partes pode arcar com a dívida.
O grupo de trabalhadores vem protestando em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio, e paralisou o trânsito nos dois sentidos da ponte Rio-Niterói no último dia 10.
De acordo com Ronaldo Moreno, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro), que vem apoiando o movimento, o objetivo é obter uma audiência com o ministro da Secretaria-Geral da República, Miguel Rosseto, ou com o ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante.
A ideia é que, após o apelo aos ministros, a presidente Dilma Rousseff interceda diretamente para que a Petrobras arque com os R$ 14 milhões.
Para Paulo Fernando Queiroz, uma das lideranças dos trabalhadores, esta é a última cartada. "É o nosso apelo. Desta vez diretamente à presidente. Fomos abandonados. Na Justiça só entram com recursos, um após o outro, e ainda não temos o que é nosso de direito. Só queremos o que a gente trabalhou para merecer, o que é nosso", afirma Queiroz.
Segundo Queiroz, o grupo está ciente das dificuldades.
"Poderemos ter que pedir cestas básicas, comida, poderemos ter que pedir ajuda em igrejas ou dormir no gramado do Planalto. Não importa. Só vamos sair de lá com uma solução", diz.
Articulação política
Em entrevista à BBC Brasil, a deputada federal Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), que se dispôs a fazer a articulação entre o grupo e os dois
ministros mais próximos à Dilma, disse que os trabalhadores buscam uma
"solução política".
"Eles têm dois caminhos. A Justiça do Trabalho, onde já há ações em curso, e a solução pode ser demorada, e a política. O problema deles é a emergência, o sufoco. Então eles decidiram ir até o Planalto. Eu me estou tentando o contato com a Secretaria-Geral da Presidência e a Casa Civil, para ver quem pode recebê-los", disse.
Feghali confirmou ter ajudado a articular a reunião entre as lideranças do grupo e a Petrobras, na semana passada, de onde os trabalhadores mais uma vez saíram com a resposta de que a petroleira seguirá recorrendo de todas as decisões judiciais, pois não reconhece a dívida como sua, e sim da Alumini Engenharia.
"Eles têm dois caminhos. A Justiça do Trabalho, onde já há ações em curso, e a solução pode ser demorada, e a política. O problema deles é a emergência, o sufoco. Então eles decidiram ir até o Planalto. Eu me estou tentando o contato com a Secretaria-Geral da Presidência e a Casa Civil, para ver quem pode recebê-los", disse.
Feghali confirmou ter ajudado a articular a reunião entre as lideranças do grupo e a Petrobras, na semana passada, de onde os trabalhadores mais uma vez saíram com a resposta de que a petroleira seguirá recorrendo de todas as decisões judiciais, pois não reconhece a dívida como sua, e sim da Alumini Engenharia.