O vice-presidente Michel Temer (PMDB) pode assumir o comando do país,
caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) seja confirmado no
Senado. Aliados dizem que ele é uma opção de mudança para o país e
fortalecimento do combate à corrupção. Contudo, o nome peemedebista
aparece na investigação da Operação Lava Jato, que apura esquema de
corrupção envolvendo a Petrobras.
Ele foi citado por dois delatores. O empresário Julio Camargo, que
confessou ter pago propina a integrantes do PMDB, disse que soube que
Temer era um dos beneficiados do suborno, o que é negado pelo
vice-presidente. Policiais federais também acharam uma mensagem no
celular de um dos sócios da OAS, Léo Pinheiro, que cita um pagamento de
R$ 5 milhões ao peemedebista. Temer alega que o valor foi repassado por
meio de doação legal.
Já o senador Delcídio do Amaral diz que Temer indicou o diretor da BR
Distribuidora, João Augusto Henriques, que ocupou o cargo entre 1997 e
2000 no governo de Fernando Henrique Cardoso. Henriques é apontado como
responsável por realizar negócios ilícitos com etanol. Ele está preso
sob a acusação de intermediar propina em contratos da Petrobras