segunda-feira, 22 de outubro de 2012

TOMBINI NA FAZENDA?

 

 



Com as eleições municipais na reta final, a partir da próxima semana, as atenções deverão se voltar para a reforma ministerial que tende a ser feita pela presidente Dilma Rousseff. A expectativa é de que o Palácio do Planalto aproveite a dança das cadeiras para dar maior agilidade a projetos de investimentos, de forma a romper a onda de desconfiança que tomou conta do empresariado e está custando caro ao país.

Ainda que a presidente Dilma já tenha demonstrado, reiteradas vezes, o seu apreço pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, começam a surgir, dentro do governo, defensores de uma mudança no comando da chefia da equipe econômica. E o nome mais citado para o cargo é o do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que seria substituído por Luiz Awazu Pereira, hoje diretor de Assuntos Internacionais da instituição.

A justificativa para a troca na Fazenda seria a necessidade de o governo assumir uma postura mais amigável com o capital. Mantega, no entender de alguns colegas, realmente fez um trabalho importantíssimo nos últimos anos. Demonstrou grande competência em momentos críticos para o país, como no fim de 2008, quando houve o estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos e o Brasil mergulhou na recessão. Nos últimos meses, porém, ele passou a ser visto como símbolo do que os empresários classificam de “bravatas do governo”.

Toda a política de enfrentamento aos bancos, às concessionárias de energia, às empresas de telefonia, na avaliação de técnicos do governo, está associada ao ministro da Fazenda, que não se faz de rogado. Ele não só defende publicamente a intervenção do Estado em setores considerados estratégicos para o controle da inflação, como faz ameaças claras, inclusive contra o capital estrangeiro todas as vezes em que o dólar ameaça cair para abaixo de R$ 2.