Quando os eleitores dos 417 municípios baianos forem às urnas neste domingo, 7, estará em jogo não somente os gestores que serão responsáveis pelos destinos de cada uma destas cidades. Estará em jogo a hegemonia política na Bahia nos próximos anos, com os olhos voltados para as eleições de 2014, quando serão eleitos governador, senador, deputados federais e estaduais.
Neste contexto, os maiores municípios são tidos como cruciais na redistribuição das forças políticas do Estado que será desenhada após a abertura das urnas a partir das 17h deste domingo. Nas 30 maiores cidades da Bahia, o PT disputa com chance de vitória em pelo menos 19 - é disparado o partido com mais chances de prevalecer nas urnas.
Na oposição, o PMDB demonstra força, disputando em dez municípios - oito deles com boas chances de vitória nas urnas. O Democratas desponta em três grandes centros: Salvador, Feira de Santana e Itabuna. E o PTN desponta como uma das forças de oposição na Bahia, com candidatos competitivos em Irecê, Valença e Senhor do Bonfim.
As linhas entre governo e oposição, no entanto, não são tão rígidas. E apresentam as suas contradições. Em Bom Jesus da Lapa, o PV, que em Salvador apoia ACM Neto e em Juazeiro é cabeça da chapa oposicionista, traz como candidato o governista Eures Ribeiro, responsável pela campanha de Wagner no município em 2010, agora conta com a recíproca do governador, mesmo estando num partido de oposição.
Do extremo oposto está a situação da disputa em Dias D'Ávila. Apesar de ir para as urnas filiado ao PP - um dos principais partidos do bloco governista - o empresário Alberto Castro é tratado como candidato de oposição. O motivo é simples: ele representa na cidade o grupo político liderado pelo deputado federal Cláudio Cajado, uma das últimas lideranças que resistiram no Democratas. A candidata oficial do bloco governista é tão-somente a petista Jussara Márcia.
Entre as incoerências e imprecisões, os eleitores vão às urnas com a cabeça no cenário local da sua cidade. Eles só querem aquele que é seu conhecido, é do seu grupo político ou possa vir a ser um bom administrador. Mas serão atores fundamentais na definição dos rumos da política baiana em 2012, 201, 2014. E assim por diante.