Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte
Ele disse ter recebido neste mês a citação da Justiça, com prazo de
entrega da defesa encerrando-se nesta semana. Na ação, o coronel Dilmar
Crovato, comandante da 9ª Região da Polícia Militar, cujo raio de ação
engloba a responsabilidade pela segurança pública da cidade mineira,
estaria processando Neto por calúnia e difamação e cobra uma indenização
de R$ 12 mil. Ainda de acordo com ele, o oficial também acionou
judicialmente a rádio onde foi veiculada a reclamação.
Neto nega ter feito as reclamações com intenção de ataques pessoais ao
coronel, mas confirmou ter criticado o trabalho desenvolvido pelo
oficial, que é comandante da 9ª “Eu falei que ele não estava fazendo
nada, que ele estava sendo incompetente pelo cargo (que ocupa). Ele
achou ruim e está me processando. Eu não tenho nada contra a pessoa
dele, eu tenho contra ele enquanto (ocupa o cargo de) comandante.”
Neto demonstrou revolta com a atitude do comandante classificando-a de
“absurda”. “Ele está querendo violar o direito da cobrança de segurança
pública”, afirmou. Ainda conforme Neto, a violência na cidade vem
crescendo e o aparato policial não é condizente com essa realidade.
“Em Uberlândia, chegam motos e carros de polícia novos. Para cá, ele
manda viaturas arrebentadas, com defeito. Eu reclamei disso. Nossa
cidade tem cem mil habitantes, é um absurdo o que ele está fazendo com a
gente. Eu só falei a verdade”, disse.
Citando outro exemplo do que considera ser uma negligência do
policiamento na cidade, Neto afirmou que o tráfico de drogas é notório
na localidade. “Aqui é rota internacional do tráfico de drogas. Em
segundo lugar, existem os roubos que acontecem no dia a dia. O meu
setor, que é o oeste, tem trinta bairros. Sabe quantas viaturas (da PM)
rodam nesses trinta bairros? Apenas uma