Por Hélio Rios
A política tem o dom, dentre outras coisas, de provocar um leque de sentimentos nas pessoas. Um deles é o de perplexidade diante de quadros que vez por outra são pintados por quem milita na política pelo lado de dentro, ou seja, os que ocupam, ocuparam ou pretendem ocupar um cargo eletivo.
Foi assim que ficaram, perplexos, os santoestevensses, principalmente os correligionários de dois decanos da política local, os ex-prefeitos Edvaldo Freitas e o professor Orlando Santiago.
O espanto foi provocado pelo anúncio recente de que os dois estarão marchando juntos, na mesma tropa, para enfrentarem a batalha política de 2012, ano de eleições municipais para prefeitos e vereadores. No anúncio da ‘parceria’ não ficou tipificado qual será a posição de cada um na montagem de uma provável chapa majoritária para o próximo pleito.
A simples união de dois lideres políticos antagonistas não foge a regra, mas nesse caso o combustível para a estranheza de todos é principalmente o fato de que ambos eram inimigos políticos ferrenhos há cerca de vinte anos, chegando ao ponto de sequer se cumprimentarem, quanto o acaso juntava os dois em algum evento no município.
Não menos estranho foi um fato constatado no último dia 18 de dezembro. Nesse dia o professor Orlando Santiago reuniu dezenas de amigos e correligionários numa chácara pertencente a uma de suas irmãs, para uma confraternização de final de ano, seguida de debates políticos, só que um dos pivôs da tal perplexidade, Edvaldo Freitas, não esteve presente. Os motivos da ausência ainda não são de domínio público.
Porém cabe ao povo ter sapiência para administrar situações como esta e outras, tipo uma liderança política da cidade ter sido procurada dias atrás em Salvador, mais precisamente em um hotel da capital, por alguém que lhe propôs ações, visando a reparação de ‘equívocos’ supostamente cometidos num passado não muito distante. Os detalhes o Folha do Paraguassu está apurando.
