Para que fosse possível traçar uma análise ampla, foram entrevistados 750 pais, sendo metade deles pais de alunos que estudam em escolas que adotam educação financeira e a outra metade, pais de alunos que estudam em escolas que não adotam a educação financeira. As cidades contempladas pela pesquisa são Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Vitória.
Um dos dados mais impactantes diz respeito à resposta dos pais à seguinte pergunta: “se partir de hoje você não recebesse mais o seu ganho mensal, por quanto tempo manteria seu padrão de vida atual?” Entre os pais dos alunos que não tiveram educação financeira, só 3% conseguiriam manter seu padrão de vida por até um ano ou mais, enquanto 53% manteriam por até seis meses e 44% por apenas um mês. Já entre os pais com filhos que tiveram educação financeira, 25% conseguiriam manter seu padrão de vida por mais de um ano, 73% por até seis meses e apenas 2% por apenas um mês. O resultado impressiona por evidenciar o quanto o tema consegue fazer a diferença na vida da família dos alunos, possibilitando a conscientização sobre a importância de se ter reservas financeiras.
Da mesma forma, quando o questionamento é sobre o quanto as crianças têm consciência sobre as limitações financeiras da família, fica claro que os alunos educadas financeiramente tem maior conhecimento. Em 33% dos casos, essas crianças conhecem parcialmente a situação da família, enquanto 67% conhecem totalmente as limitações. Por outro lado, entre as crianças não educadas, 43% não conhecem nada da situação, 51% conhecem parcialmente e apenas 6% conhecem totalmente. "Tais dados evidenciam o quanto o contato com o tema melhora a situação financeira das famílias e gera maior diálogo em casa, resultando em maior compreensão dos filhos sobre a situação que a família atravessa", afirma Reinaldo Domingos, presidente da Abefin.
A pesquisa é abrangente e também destaca que a maioria dos pais/responsáveis acreditam que a educação financeira é um grande diferencial na formação de seu(s) filho(s). Dentre os que os filhos não recebem educação financeira, 88% afirmam isso e dentre os que os filhos têm educação financeira nas escolas, 95% afirmam. O reconhecimento é inquestionável.