terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Crise do sistema de aposentadorias já preocupava dom Pedro II


Ricardo Westin | 06/02/2017, 09h58
Sem dinheiro em caixa, o sistema de aposentadorias e pensões está perto de quebrar. Idosos, viúvas e órfãos correm o risco de ficar na mão. O chefe do governo convoca um seleto grupo de políticos para discutir um plano contra a falência. A proposta sobre a mesa é impopular: eleva-se o valor das contribuições desembolsadas pelos trabalhadores e, ao mesmo tempo, corta-se à metade o valor dos benefícios pagos aos aposentados e pensionistas.
Apesar de esse ser um tema atual, a discussão não envolve o presidente Michel Temer, que em dezembro apresentou ao Congresso uma proposta que endurece as regras da Previdência Social, para tirar as contas do vermelho. A crise previdenciária no Brasil é muito mais antiga. O debate em questão se dá no Império, em 1883, numa reunião entre dom Pedro II e os integrantes do Conselho de Estado.
De acordo com a ata da reunião, o senador visconde de Muritiba (BA) diz que “é de toda evidência” que o encolhimento de aposentadorias e pensões “não tira direitos adquiridos”. O conde d’Eu, marido da princesa Isabel, segue a linha “dos males, o menor”:
— Uma liquidação imediata traria para muitas pessoas prejuízos mais consideráveis do que a projetada redução de pensões.
O senador Dantas (BA), por sua vez, reclama que, apesar de a falência se prenunciar há anos, ninguém jamais foi corajoso o suficiente para arcar com o ônus de reformar o sistema.
O Brasil imperial, na realidade, nunca chegou a ter um sistema público de aposentadorias e pensões. O que os conselheiros discutiram com dom Pedro II foi a agonia financeira do Montepio Geral, uma instituição privada semelhante às atuais entidades de previdência complementar (ou fundos de pensão).

Cocheiros e alfaiates

O Império estava repleto de montepios. Havia o dos sapateiros, o dos alfaiates, o dos ourives, o dos cocheiros, o dos maquinistas, o dos tipógrafos de jornal e o dos músicos, entre muitos outros. Em geral, tinham alcance local, restritos às maiores cidades. À diferença dos fundos de pensão contemporâneos, os montepios não tinham fins lucrativos.
O Montepio Geral tornou-se assunto de Estado por causa do tamanho e da qualidade da carteira de clientes. Diferente das demais entidades de socorro mútuo, o combalido montepio tinha sob seu guarda-chuva contribuintes de todas as províncias e das mais diversas profissões, tanto do serviço público quanto da iniciativa privada.
— A liquidação do Montepio Geral seria uma verdadeira calamidade — adverte o ex-ministro e ex-deputado Martim Francisco na reunião do Conselho de Estado.
Para fazer parte de um montepio, o interessado primeiro pagava uma taxa de adesão (conhecida como joia) e passava a arcar com as anuidades. Ao assinar o contrato, ele escolhia se o dinheiro despendido ao longo da vida se reverteria em aposentadoria ou em pensão.
Para a aposentadoria, o segurado fixava o momento em que pararia de trabalhar e começaria a receber o benefício, cujo valor variava conforme a idade e o tempo de contribuição. Para a pensão, estabelecia quais pessoas fariam jus ao pagamento mensal assim que ele morresse e quais seriam as porcentagens — 60% para a viúva (até o fim da vida) e 40% para os filhos (até determinada idade), por exemplo.
Para fazer o dinheiro das joias e das anuidades render, os montepios compravam apólices da dívida pública, adquiriam imóveis de aluguel e concediam empréstimos a juros.

Velhice na miséria

A popularidade dos montepios se explica pela inexistência de um sistema previdenciário no Brasil até as primeiras décadas do século 20. Não dispondo de aposentadoria, a penúria era o destino de muitos dos brasileiros que chegavam a uma idade avançada sem forças para trabalhar.
A literatura nacional é farta de personagens assim. No romance Clara dos Anjos, Lima Barreto apresenta o velho dentista Meneses, que bebia para “afugentar o terror que a vida lhe inspirava, na miséria, quase indigência em que se achava, naquela idade avançada de mais de 70 anos, alquebrado, doente” e “sem uma pensão qualquer”.
No Brasil pré-Previdência Social, havia escassas maneiras de se evitar esse fim. Uma era amealhar patrimônio ao longo da vida, como escravos e casas de aluguel. Outra era criar filhos bem-sucedidos, capazes de amparar o chefe da casa na velhice. E outra era aderir a um montepio.
Não se pode, no entanto, acusar o Império de omissão. Nenhum lugar do mundo tinha Previdência Social naquele momento. O primeiro país a oferecer aposentadorias e pensões ao povo foi a Prússia (parte da atual Alemanha), em 1889, por iniciativa do chanceler Bismarck.
A palavra “montepio” deriva do italiano monte di pietà, que em tradução livre significa “crédito de piedade”. Os montepios surgiram no século 15, pelas mãos dos frades franciscanos da Itália, originalmente para conceder empréstimos baratos aos pobres, que deixavam algum bem penhorado como garantia.
O Império tinha uma casta de privilegiados que conseguiram ter a aposentadoria (mas não a pensão) assegurada em lei: os servidores públicos das categorias mais poderosas. É o caso dos professores da Academia Militar e de Marinha da Corte. Eles se aposentavam com o “ordenado por inteiro” após 20 anos de trabalho. Antes desse tempo, a aposentadoria equivaleria à metade do salário da ativa.

Baixo clero

As leis eram específicas para cada classe de servidor. No caso dos funcionários do Tesouro Nacional, o mínimo para ganhar vencimentos integrais eram 25 anos de serviços prestados. Com menos tempo de trabalho, a aposentadoria era proporcional.
Os mesmos 25 anos valiam para os empregados das alfândegas, com a ressalva de que perdiam sumariamente o direito à remuneração na velhice os que tivessem “erro de ofício” anotado no histórico profissional.
Os empregados dos Correios passaram a ter a aposentadoria garantida em lei apenas em 1888, às vésperas da Proclamação da República, mas com exigências duras. Além do mínimo de 30 anos de trabalho, precisavam ter 60 anos de idade. No final do Império, poucos viviam tanto. O IBGE estima que a expectativa de vida dos brasileiros era de 33 anos — hoje é de 75.
O baixo clero do funcionalismo não tinha aposentadoria regulada por lei. As categorias menos influentes dependiam da “mercê” (ou “graça”) concedida pelo monarca e pelos parlamentares em retribuição pelos “bons serviços” prestados ao país. Para conseguir uma velhice tranquila, o servidor precisava ter bons contatos nos palácios imperiais e na Assembleia Geral (atual Congresso Nacional).
Foi o caso do padre Miguel Lopes Gama, que ensinava retórica na Academia Jurídica de Olinda (PE). De acordo com documentos sob a guarda do Arquivo do Senado, em Brasília, o padre professor teve sucesso no pedido feito à Assembleia. Em 1840, os senadores e os deputados autorizaram a aposentadoria “com o mesmo ordenado de 600 mil-réis anuais que percebia durante o magistério”. O decreto personalizado foi logo em seguida sancionado por dom Pedro II.
O professor de história Luiz Fernando Saraiva, da Universidade Federal Fluminense (UFF), estudou as 4,5 mil leis aprovadas pela Assembleia Geral nas sete décadas do Império e constatou que nada menos do que 1,5 mil tinham cunho estritamente pessoal — empossando alguém numa repartição do governo, elevando o salário de um funcionário público, concedendo aposentadoria a outro ou prevendo pensão para uma viúva.
— As aposentadorias e pensões eram concedidas de forma caótica, negociadas uma a uma, sem critérios claros. Isso abria espaço para arbitrariedades e favorecimentos — afirma Saraiva.

Debate no Senado

Sem a sorte do padre professor, o contador Joaquim Ignácio Lopes de Andrade viu seu ordenado ser reduzido à metade ao se aposentar do serviço público, em 1830. Uma década mais tarde, ele recorreu à Assembleia Geral pedindo que a aposentadoria fosse reajustada à integralidade.
O Arquivo do Senado guarda as falas da sessão em que os senadores discutiram o caso, em 1841. O senador José de Alencar (CE), pai do escritor de mesmo nome, discursa a favor do contador:
— Como pode um pobre empregado público viver com 600 mil-réis anuais? Pelo menos metade dessa soma é absorvida pelo aluguel de casa. E quanto lhe fica para alimentar-se a sua família? É no último quartel de vida, quando precisa ter pão para alimentar-se, é que se lhe diminuem os recursos!
O senador Vergueiro (MG) vota contra o pedido. Segundo ele, reajustes indiscriminados prejudicam o planejamento financeiro do Império:
— Se vamos aumentar as aposentadorias por tal modo, parece-me que não teremos dinheiro para isso. O que se observa é que a renda do Tesouro já não chega para tantas despesas a que ele tem de satisfazer.
Exaltado, o senador Alves Branco (BA), que já foi ministro da Fazenda, reage:
— Agora apareceu o argumento de economia! E economia para tirar o pão! A um homem que fez 38 anos de bons serviços dão-se somente 600 mil-réis. Eu não concebo tal economia.
Após o bate-boca, os senadores vitalícios se deixam convencer pelos argumentos favoráveis ao velho contador, o imperador assina o decreto e o aposentado passa a fazer jus a 1 conto e 200 mil-réis anuais até o fim da vida.
Em todos os casos, os funcionários públicos não tinham que pagar nenhum tipo de contribuição. As aposentadorias e pensões eram integralmente bancadas pelos cofres imperiais.
— Isso é algo impensável hoje em dia — diz o jornalista JB Serra e Gurgel, autor do livro Evolução da Previdência Social. — O requisito número um do sistema previdenciário universal é a contribuição. Sem contribuição, não pode haver benefício.
Em 1835, o governo apoiou a criação de um montepio de adesão voluntária específico para amparar os familiares dos funcionários públicos que falecessem: o Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado — que não deve ser confundido com o Montepio Geral que motivou a reunião de dom Pedro II com o Conselho de Estado em 1883.

Anistia Internacional denuncia "abatedouro humano" em prisão na Síria


Em relatório publicado nesta terça-feira (7), a organização não governamental (ONG) Anistia Internacional acusa o governo da Síria de ter enforcado 13 mil pessoas entre 2011 e 2015, em uma prisão perto de Damasco. O documento denuncia uma "política de extermínio" do regime de Bashar Al Assad. A informação é da Radio France Internationale (RFI).
Chamado Abatedouro humano: enforcamentos e extermínio em massa na prisão de Saydnaya, o relatório se baseia em entrevistas com 84 testemunhas dos violentos incidentes no local, entre guardas, ex-detentos e juízes. A ONG de direitos humanos não foi autorizada pelo governo sírio a entrar no país para investigar as denúncias.
Segundo o documento, pelo menos uma vez por semana, entre 2011 e 2015, grupos de até 50 pessoas eram retirados de suas celas para processos arbitrários, "em plena noite, em segredo absoluto". Depois de espancados, eram enforcados. O texto relata que ao longo de todo o processo, os detentos "têm os olhos vendados, não sabem nem quando, nem como vão morrer, até que amarram uma corda no pescoço deles".
Um antigo juiz, que assistiu às execuções, conta que as pessoas ficavam enforcadas "de 10 a 15 minutos". A maioria das vítimas era de civis, opositores ao regime do presidente Bashar Al Assad, ressalta a Anistia Internacional. Os corpos teriam sido jogados em valas comuns, em terrenos militares, perto de Damasco.
Crimes contra a humanidade
No relatório, a organização faz um apelo para que a Organização das Nações Unidas (ONU) faça uma investigação para punir o que classifica como "crimes de guerra e contra a humanidade". A Anistia Internacional considera que esses abusos ocorrem até os dias de hoje.
Milhares de prisioneiros continuam detidos no presídio militar de Saydnaya, um dos centros de detenção mais importantes do país, que fica a 30 quilômetros ao norte de Damasco. Além de uma "política de extermínio", a ONG acusa o governo sírio de torturar os presos regularmente, privando-os de água, de alimentos e de cuidados médicos
Entrevistada pela RFI, Nina Walsh, responsável pelo setor de conflitos armados da Anistia Internacional na França, informou que as sessões de tortura e as execuções ocorrem "às segundas e quartas-feiras,  duas vezes por semana, em celas do subsolo de Saydnaya".
Desde o início da guerra na Síria em 2011, mais de 310 mil pessoas morreram e milhões tiveram de deixar suas casas.
Edição: Graça Adjuto
 


 

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Projeto de redução dos salários do prefeito, vice e secretários aguarda aprovação da Câmara



 
Enviado por Jair Onofre - 07.02.2017 09:08h
 
 

Foi enviado à Câmara de Vereadores de Serra Preta em 13 de janeiro de 2017, projeto de autoria da Prefeitura de Serra Preta que tem como objetivo reduzir o salário do prefeito, Rogério Serafim de Souza (PTN), conhecido como Aldinho, do vice-prefeito e secretários municipais. (foto ilustração prédio da Câmara Municipal Serra Preta)
O prefeito aguarda que a decisão da Câmara seja pela aprovação do projeto. Com a redução dos salários, a sobra do recurso já tem destino certo. Será reinvestida em ações para as diversas áreas do município, que foi declarado em estado de emergência no mês de janeiro.
Os vereadores estão em recesso, mas a casa se reúne extraordinariamente, nesta quarta-feira (07).
Os salários atuais foram aprovados em outubro de 2016, pela Lei Municipal Nº 462, durante a gestão anterior. Com a redução dos salários, o prefeito Aldinho pretende economizar cerca de R$ 100 mil por ano. (Ascom)

Oito são mortos e um fica ferido em chacina em Porto Seguro

Nove homens fortemente armados participaram do crime, diz PM. Polícia faz rondas, mas até a manhã desta segunda (6) ninguém foi preso.

 
 

Uma chacina deixou oito homens mortos e um ferido no bairro de Porto Alegre I, em Porto Seguro, município no extremo sul da Bahia, na noite de domingo (5). Segundo informações da Polícia Militar (PM), nove homens fortemente armados cometeram o crime e fugiram em seguida. Até a manhã desta segunda-feira (6), ninguém foi preso.
Ainda de acordo com PM, o grupo chegou a bordo de uma caminhonete Ranger de cor vermelha, e efetuou vários disparos. Três corpos foram encontrados do lado de fora da casa, e outros cinco dentro do imóvel.
O homem que foi baleado e sobreviveu ao ataque foi socorrido para o Hospital Regional Luiz Eduardo Magalhães. O estado de saúde do paciente não foi informado
No local do crime foram encontradas capsulas de fuzil calibre 556, segundo a polícia. Por volta das 7h50, as vítimas ainda não haviam sido identificadas. A PM informou que faz rondas na região na tentativa de localizar os suspeitos do crime. Ainda não há informações sobre o que pode ter motivado a chacina. A Polícia Civil vai investigar o caso.
O veículo usado no crime foi abandonado pelos banididos e encontrado pela polícia. A caminhonete foi levada para o pátio da delegacia de Porto Seguro. Segundo informações da polícia o automóvel havia sido roubado horas antes.
 


 

Aluno corta redes sociais e passa em nove universidades de medicina

 

 

Ângelo Cavalcante, de Suzano, gabaritou em química e biologia na Fuvest.
Aluno vai estudar na USP, mas passou em instituições públicas e particulares.

Jamile SantanaDo G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Angelo Cavalcanti, de Suzano, foi aprovado em nove universidades de medicina. Ele também gabaritou em Química e Biologia na Fuvest (Foto: Angelo Cavalcanti/ Arquivo Pessoal)Ângelo Cavalcanti, de Suzano, foi aprovado em nove universidades de medicina. Ele também gabaritou em Química e Biologia na Fuvest (Foto: Angelo Cavalcanti/ Arquivo Pessoal)
Ângelo Thomaz Duarte Cavalcante, de 20 anos ficou ‘desaparecido’ do ambiente digital no último ano. Desativou suas contas nas redes sociais e restringiu as saídas de fim de semana com os amigos. Cortou até o celular. Tudo isso por um objetivo: ser aprovado em medicina na Universidade de São Paulo (USP). E o esforço valeu à pena.  Além da USP, Angelo foi aprovado em outras oito universidades de medicina, sendo quatro públicas e gabaritou nas disciplinas de biologia e química na Fuvest. O morador de Suzano é o primeiro da família a estudar numa universidade pública e a cursar medicina.

O segredo, segundo ele foi tomar uma atitude dolorida, mas bem simples: sair das redes sociais e cortar o celular. “Eu resolvi ficar bem focado nos estudos. Não foi fácil, porque eu só estudava. Cortei celular, desativei minhas contas nas redes sociais e quase parei de sair de casa. A rotina era de 14 horas de estudo ou mais, mas valeu à pena”, contou.

O morador de Suzano fez o ensino médio na Etec Presidente Vargas, em Mogi das Cruzes, que apesar de pública, seleciona seus alunos por meio de um exame. Quando terminou, há dois anos,s já engatou no cursinho. “Eu já sabia que queria fazer medicina desde os 16. Eu tinha outras opções, mas conforme fui crescendo, fui tendo certeza de que não me vejo fazendo outra coisa. Meus pais me deram condições para que eu só estudasse, em casa tem um ambiente legal pro estudo, então tudo favorecei”, detalhou.

A rotina era pesada: cursinho a partir das 7h20 até as 13h30, pausa para voltar pra casa, almoçar e descansar, e cara nos livros a partir das 15h30 até 23h30 em alguns dias. “Peguei um ritmo legal de estudos, então fazia essa rotina de segunda à sábado e descansava aos domingos. Nos domingos que eu precisava estudar, fazia isso em um horário reduzido”, disse. A lista de aprovação contempla nove universidades, sendo: USP, Unifesp, Unicamp, Federal de Goiânia, Unicid, PUC Sorocaba, PUC Campinas, Anhembi Morumbi e Santa Casa.

Na PUC Sorocaba, foi aprovado em 1° lugar e ganhou uma bolsa de 50%. Na unidade, o aluno também gabaritou em matemática. Na Fuvest, prova que lhe deu acesso à USP, Ângelo gabaritou em Biologia e Química na 2° fase. Na Unicamp, gabaritou em Física. “Estudei com mais afinco essas matérias porque são as três disciplinas obrigatórias e mais exigidas no currículo pra medicina: biologia, química e física. Dei atenção para as demais matérias também, mas foi bom acertar todas as questões nessas com mais peso pra carreira” disse. Na Unicid, além de ter ficado em 3° lugar, tirou 9,2 em redação.
Angelo ainda aguarda detalhes sobre alguns vestibulares, mas já escolheu onde vai estudar e, por enquanto, qual carreira dentro da medicina seguir. “Vou pra USP que é o meu sonho. O resultado saiu dia 2 (de fevereiro), mas a ficha nem caiu ainda. Penso em ser cirurgião, mas pode ser que a convivência na área me faça mudar de ideia”, disse.
Angelo Cavalcanti, de Suzano, listando as universidades em que foi aprovado. (Foto: Angelo Cavalcanti/ Arquivo Pessoal)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Uma bicicleta é roubada a cada meia hora em São Paulo


  • Um total de 46 desses veículos foram roubados por dia no Estado Um total de 46 desses veículos foram roubados por dia no Estado
A cada meia hora, um boletim de ocorrência é registrado por furto ou roubo de bicicleta no Estado de São Paulo. Dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) mostram que entre janeiro e setembro de 2016 foram levadas, em média, 46 desses veículos por dia. Nos nove meses, foram 12.710 ocorrências, ante 11.954 do mesmo período do ano anterior - um aumento de 6,3%.
Pela primeira vez, o Estado fez um levantamento para mapear os crimes relativos ao modal. Só na capital - primeiro lugar no ranking das cidades -, houve 1.351 furtos e roubos de bicicletas entre janeiro e setembro. A maioria dos casos se concentra nas áreas central e oeste. Mas o total ainda pode ser maior, pela subnotificação.
A designer gráfica Maria Julia Brito, de 26 anos, por exemplo, foi roubada no Minhocão e não registrou boletim de ocorrência. Eram 22 horas de domingo e a via estava fechada para carros, quando a jovem e um amigo sentaram no Elevado, perto da estação de metrô Marechal Deodoro. As bicicletas dos dois ficaram encostadas na mureta.
Um grupo de pessoas caminhava na direção da dupla. Segundo ela, uma criança pegou a bicicleta do amigo dela e levou embora. O jovem correu e conseguiu reaver a bike de volta. Nesse meio tempo, os outros do grupo a abordaram e, com uma garrafa de cerveja na mão, pegaram a bicicleta dela. "Nos dias seguintes, alguns colegas ciclistas viram uns meninos rodando com a minha bicicleta, que era bem chamativa: roxa com aro azul", conta.
Maria até tentou fazer boletim de ocorrência eletronicamente, mas diz que não conseguiu. Foi a uma delegacia no dia seguinte e relata ter sido informada que era para voltar em horário comercial. Acabou desistindo: "Não conseguiria recuperar a bicicleta. Pensei: 'nem vale a pena fazer boletim'." Ela usava o modal para trabalhar e passear. Desde o roubo, não comprou uma bike nova e parou de usar por um tempo. "Não tenho mais vontade de sair para pedalar à noite, que é horário em que tenho disponibilidade",diz.
O vereador Police Neto (PSD), que no fim de novembro teve a terceira bicicleta furtada em quatro anos, dá a dica: não demore mais do que 20 dias para voltar a andar de bike, nem que seja emprestada. "Continuar pedalando para não perder o entusiasmo", afirma.
Police Neto teve bicicletas furtadas no Largo São Bento em 2012, na avenida Paulista em 2014 e na Praça da Sé. Ele defende a criação de um cadastro municipal de bicicletas roubadas - que depois pode ser ampliado para o País - nos moldes de um site feito por ciclistas, em 2001.

"Precisamos de um sistema eletrônico com todas as informações possíveis da bicicleta. Esse cadastro poderia contribuir com a inteligência policial para desbaratar quadrilhas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo



Lula é intimado a depor sobre acusação de obstruir Lava Jato

 

 

05/02/2017 15h05
Depoimento está marcado para 17 de fevereiro em Brasília; petista deve pedir para falar por videoconferência em SP
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Lula é intimado a depor sobre acusação de obstruir Lava Jato
Foto: Reprodução
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intimado a depor em Brasília, no dia 17 de fevereiro, no processo em que é investigado por supostamente tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, e obstruir a Justiça no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. O processo é parte da delação do ex-senador Delcídio do Amaral. A denúncia, porém, não foi confirmada por Cerveró. Lula, que é réu no processo, deve depor, mas pedirá para ser ouvido por videoconferência, em São Paulo. A intimação foi feita antes da ex-primeira-dama Marisa Letícia ter o AVC (Acidente Vascular Cerebral) que levou a sua morte. A delação de Delcídio foi vazada em março do ano passado. Além de acusar o ex-presidente, o ex-parlamentar alvo da Lava Jato delatou que Dilma Rousseff também teria tentado interferir nas investigações, com a ajuda do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os investigadores não conseguiram ainda comprovar o depoimento do ex-senador, que menciona apenas “Lula me disse” ou “Lula me pediu”. Na delação à Procuradoria-Geral da República, Delcídio baseia toda a denúncia contra o ex-presidente Lula acusando-o de se reunir com o chefe de gabinete Diogo Ferreira, José Carlos Bumlai e o filho Maurício Bumlai para comprar o silêncio de Cerveró por R$ 250 mil. De acordo com a defesa do ex-presidente, o Ministério Público se baseia apenas na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, “que é falsa e sem nenhuma comprovação, feita apenas para negociar sua saída da cadeia”. “Não há uma única conduta do ex-presidente na denúncia que possa configurar embaraço ou impedimento às investigações criminais”, dizem os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins. Fonte: Correio 24h

domingo, 5 de fevereiro de 2017

umado: Bebê que tinha transferência determinada por liminar não resiste e morre





O bebê que estava internado em um hospital de Brumado, no Sertão Produtivo, sudoeste baiano, veio a falecer neste sábado (4). O recém-nascido aguardava a 14 dias ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. O pequeno Pedro teve várias complicações após nascer e sofria de edema generalizado e acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, como apontou um relatório médico. Uma liminar deferida pela Justiça tinha determinado a transferência da criança, com multa de R$ 20 mil por hora ao Estado em caso de desobediência, mas, nenhuma vaga ficou disponível. De acordo com a TV Sudoeste, o velório da criança está sendo realizado na casa da família, em Brumado. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que vai apurar a situação e deve se posicionar sobre o caso nesta segunda-feira

Velório de Marisa Letícia termina com discurso de Lula e crítica a Temer

     

  • Lula se emociona durante o velório de sua mulher Marisa Letícia, em São Bernardo Lula se emociona durante o velório de sua mulher Marisa Letícia, em São Bernardo
Era perto das 16h deste sábado (4) quando o corpo da ex-primeira-dama Marisa Letícia deixou a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde foi velado. O corpo seguiu em direção ao crematório do cemitério Jardim da Colina, também em São Bernardo. A cerimônia de cremação foi reservada a familiares e pessoas próximas.
Marisa Letícia morreu ontem às 18h57 por complicações decorrentes de um AVC (acidente vascular cerebral) do tipo hemorrágico e depois de ficar dez dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês.

Reprodução/ Facebook
Coroa de flores com mensagem assinada por Lula. Mais de cem coroas de flores foram enviadas para o velório de Marisa Letícia
velório começou às 9h e foi inicialmente fechado para a família. Por volta das 10h, foi aberto ao público e prosseguiu até cerca de 15h30. O final do velório foi marcado por um ato ecumênico, aberto pelo bispo emérito de Blumenau (SC), Dom Angélico Bernardino, que fez críticas às reformas propostas pelo governo de Michel Temer. Em seguida, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso emocionado.
O petista relembrou momentos de seu casamento de mais de 40 anos, com Marisa Letícia, citou o momento em que se conheceram, na sede do sindicato onde hoje acontece o velório, e definiu: "Marisa foi mãe, foi pai, foi tia, foi tudo; eu e ela nunca brigamos."
De acordo com Lula, nos tempos em que foi presidente da República (2003-2010), "Marisa nunca pediu um vestido, um anel". "Desde 1975 minha conta bancária é da Marisa. Nunca admiti que ela mendigasse nada para o marido." O ex-presidente relembrou ainda os nascimentos de seus filhos e se emocionou.

Bispo critica reformas trabalhista e da Previdência

A fala de Dom Angélico Bernardino teve um tom político. Ele enalteceu a militância da ex-primeira-dama e defendeu a necessidade de a militância atual não esmorecer diante de reformas que sejam prejudiciais ao trabalhador.
"A Marisa Letícia foi uma guerreira na luta a favor da classe trabalhadora. Atentem para as reformas trabalhistas que sejam contra os trabalhadores; a reforma da Previdência, contra pobres e assalariados. É preciso que estejamos atentos", pediu o religioso.
O bispo lembrou, ainda, que Marisa Letícia começou a trabalhar aos 13 anos em uma fábrica e destacou que a crise atual pela qual o país passa "é falsamente atribuída à administração dos dois últimos governos".
Dom Angélico Bernardino é ligado à teologia da libertação, corrente da Igreja Católica que tem entre seus ícones, no Brasil, Frei Betto, que atuou no primeiro governo de Lula.

'Marisa morreu triste', diz Lula

Emocionado, Lula chamou de "facínoras" aqueles que "levantaram leviandades" contra a mulher --ré, ao lado dele, em processos da operação Lava Jato. Ele interrompeu a fala mais de uma vez para chora


NOVO PÀROCO DE SANTO ESTEVÃO

Padre Paulo Tarso

Campeonato Baiano: Em Pituaçu, Fluminense de Feira goleia o Galícia

04/02/2017 22h45
Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Arnaldo Lira chegou aos três pontos e ocupa a terceira posição
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 Campeonato Baiano: Em Pituaçu, Fluminense de Feira goleia o Galícia
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias


O Fluminense de Feira goleou o Galícia por 4 a 1, neste sábado (4), em Pituaçu, pelo Campeonato Baiano. Os gols do Touro do foram marcados por Jorge Wagner, Janeudo, Fernando Sobral e Luís Paulo, enquanto Alemão anotou para o Azulino.
Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Arnaldo Lira chegou aos três pontos e ocupa a terceira posição, enquanto o time Granadeiro caiu para a penúltima colocação com apenas um ponto.
O próximo compromisso do Flu de Feira é diante do Jacuipense, no dia 12 de fevereiro, no Joia da Princesa, enquanto o Galícia enfrenta o Conquista um dia antes, em Pituaçu.

Fonte: Bahia Notícia


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Vereador do Psol critica "toque de recolher" na festa de Iemanjá

Publicada em 02/02/2017 13:38:03
Para o vereador Hilton Coelho (PSOL), a decisão da Prefeitura de Salvador de limitar o funcionamento de barracas na Festa de Iemanjá nesta quinta-feira, 2, até as 22 horas “mostra o caráter elitista" da administração de ACM Neto (DEM) que discrimina a população trabalhadora de Salvador que chega mais tarde por estar em sua atividade laboral e será obrigada a respeitar o toque de recolher. Terão seu direito ao lazer limitado, impedido mesmo, enquanto os que possuem dinheiro estarão em festas privadas em espaço antes públicos sem nenhum impedimento. Uma vergonha que precisamos combater”..
Ele critica o que considera uso de recursos públicos em benefício do setor privado. “O antigo Mercado do Peixe, hoje o Vila Caramuru, feito com dinheiro público entregue para empresários terá festas até a hora que desejar. Festa privada. Carlinhos Brown realizará um show pago a partir das 16h nesse espaço”.
Hilton Coelho afirma que “a cidade está sendo administrada para aumentar a exclusão social". E pergunta: "Onde estão os antigos proprietários do Mercado do Peixe, os garçons, garçonetes, ambulantes que retiravam do local seu sustento? Temos no local estabelecimentos que vendem comidas caras em espaço elitizado”.

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FBF exclui Valfredão, muda jogos do Jacuipense para Pituaçu e time fala em sair do estadual

 

 

O estádio Eliel Martins, o Valfredão, está interditado em consequência das ocorrências na noite de quarta-feira, quando foi palco do empate em 0x0 entre Jacuipense e Bahia, pela segunda rodada do Campeonato Baiano. A Federação Bahiana de Futebol (FBF) decidiu ainda que os jogos do Jacuipense serão todos transferidos para o estádio de Pituaçu, em Salvador. A decisão foi divulgada através de nota oficial.
“O Coronel José Inácio Diniz, assessor da entidade para vistorias e segurança em estádios, durante a última visita ao local, havia solicitado ao secretário de Esportes de Riachão do Jacuípe que o estádio fosse preservado e só utilizado para os jogos oficiais. Porém, os responsáveis não seguiram a recomendação de conservação e utilizaram o local para treinamentos, o que prejudicou e castigou o gramado”, diz o documento da entidade.
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Gramado do Valfredão chamou atenção em jogo contra o Bahia (Foto: EC Bahia)
Ao saber da informação, o presidente do Jacuipense, Felipe Sales, disse que há grande possibilidade do time abandonar a competição. “Vou tentar marcar uma conversa com Ednaldo Rodrigues (presidente da FBF) amanhã (hoje) para tomar uma decisão definitiva. Se ele determinar que seremos obrigados a jogar em Salvador e que não podemos voltar para Riachão mesmo com o campo em bom estado, estamos fora da competição”, disse o dirigente ao CORREIO.
“Não entendi essa informação de que não vai ter mais jogo no Valfredão porque o Jacuipense estava treinando no estádio. Posso te garantir que o Jacobina treina no estádio onde joga, a Juazeirense treina no estádio onde joga, e isso acontece com outros tantos clubes do interior. Não é todo clube que tem estrutura de centro de treinamento. Caso a gente seja impedido de jogar lá, a gente pode até sair da competição, porque não temos condição de jogar fora de Riachão para ter despesa. Essa seria uma penalidade muito grande, a maior que podemos sofrer. Aí teremos que pedir licença e não continuar. É uma possibilidade”, completou Felipe Sales.
Presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues falou sobre as condições do gramado (Foto: Arquivo CORREIO)
Em nota, a FBF disse ainda que “não tem como estar diariamente nos municípios do interior fiscalizando a utilização dos campos de jogos dos estádios e confia nas informações dos seus filiados”, e que o Valfredão é um estádio “sem nenhuma condição de abrigar partidas oficiais de futebol” e que, por isso, “teve determinada sua retirada da competição, sob alegação de preservar o bem público e em especial a integridade física dos atletas e árbitros, além da qualidade técnica das partidas”.
De acordo com Ednaldo Rodrigues, o gramado do Valfredão estava em perfeito estado, mas foi danificado pelo próprio Jacuipense. “O Jacuipense descumpriu determinações da vistoria técnica que foram pontuadas para o clube sobre não treinar no gramado do estádio. A gente verificou o gramado uns 20 dias atrás e estava tudo legal, sendo recuperado, porque estava sem ter jogos e treinos. De repente, a Secretaria de Esportes do município liberou o estádio para o time treinar. Nós não temos poder em vetar um treino, porque não somos proprietários do estádio. As determinações não foram acatadas e só tomamos conhecimento de que eles estavam treinando lá depois que vimos o gramado”, explicou.
Sobre o gramado, Felipe Sales dá a sua versão. “Muito pelo contrário. O gramado estava muito pior antes. Há 20 dias, a situação estava muito pior. Alguém falou para ele (Ednaldo Rodrigues) de forma errada que o gramado piorou com a gente. Pode ter sido a prefeitura, talvez. Não sei. O fato é que o gramado de 20 dias para cá só vem melhorando”, rebateu. 
Mais problemasO presidente do Jacuipense admitiu os erros antes do jogo contra o Bahia, mas chamou atenção para a má qualidade de outros gramados no estadual. “Isso tudo está acontecendo por causa da falta de energia. O gramado não reunia boas condições, mas o de Juazeiro, no jogo do Vitória, na estreia, também foi objeto de muita crítica e não vi ameaça parecida”, criticou Sales.

Insolação pode provocar alucinação, desmaio e levar à morte

 

 

Casos graves podem matar até 50% das vítimas, alerta especialista
Do R7*
Insolação é mais frequente em clima quente e úmido GettyImages
Clima quente e úmido é natural que os casos de insolação aumentem muito. Embora o mal-estar na maioria das vezes seja leve, os casos graves podem matar até 50% das vítimas. A insolação é um tipo de colapso térmico no qual a temperatura do organismo ultrapassa os 37,5 graus normais, conforme explicou o clínico-geral do Hospital das Clínicas da USP (Univerisade de São Paulo) Francisco Torggler Filho.
De acordo com o médico, a insolação ocorre quando o corpo não consegue diminuir a temperatura interna do organismo. Isso acontece porque a transpiração, que é o principal mecanismo de regulagem térmica do corpo, se torna comprometida.
— A insolação é bastante associada ao tempo quente e seco, mas na verdade ela ocorre mais quando o clima está úmido. Quando a umidade relativa do ar fica em torno de 70% ou 75%, por exemplo, a troca de calor com o meio externo fica muito reduzida, o suor não consegue evaporar e por isso os riscos se tornam maiores.
Nos casos mais leves de insolação, os sintomas são náuseas, fraqueza, tontura, dor de cabeça, exatamente as mesmas coisas que a estudante Carolina Nicacio Penteado, 21, sentiu nas duas vezes que foi para o Rio de Janeiro.
Da última vez que ela sofreu insolação, há pouco mais de um mês, a jovem conta que nem ficou exposta ao sol por muito tempo, mas como estava em uma barraca, o calor acabou fazendo com que ela apresentasse os sintomas.
— Eu vomitei horrores na praia e aí minha tia me levou para a casa dela porque ela é médica e mora na frente da praia e me deu soro, que foi uma coisa que me hidratou muito.
Até que os sintomas passassem, Carolina disse que não conseguia comer nada pesado e, em alguns momentos, chegou a ter febre de até 40 graus. “Meu nariz até sangrava e eu fiquei muito fraca. É uma sensação horrível que não desejo para ninguém”, afirmou.
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Como aliviar o mal-estar?
Para aliviar o mal-estar, a orientação do clínico-geral é que a vítima fique em ambientes mais frescos com ar condicionado ligado em torno de 22ºC, molhe o corpo com toalhas molhadas e se posicione à frente de um ventilador ou mergulhe em uma banheira de água fria.
Já nos casos mais graves, quando o paciente apresenta temperatura interna de 40ºC e começa a ter desmaios, convulsões, alucinações, confusão mental ou pele avermelhada, ele deve ser encaminhado rapidamente ao hospital e ser internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
— Quando se chega nesse estágio o índice de mortes é de 50%. Se não for feito o tratamento adequado, o paciente pode até entrar coma ou ter falência múltipla dos órgãos internos.
Aprenda a evitar!
Entre as medidas mais recomendadas para evitar a insolação estão precauções simples como ficar em lugares ventilados ou na sombra e não permanecer muito tempo exposto ao calor, especificamente das 10h às 15h, período em que o sol está mais a pino.
Essas regras valem principalmente para idosos crianças, grupos etários mais propensos a sofrer insolação. Enquanto os mecanismos de regulação de temperatura dos mais jovens ainda não são desenvolvidos completamente, as pessoas com idades mais avançadas apresentam esse sistema um pouco mais debilitado.
Mas e o bloqueador solar, não funciona? Essa é uma dúvida comum, se eles também não fazem a função de evitar a insolação. De acordo com Torggler, o produto protege apenas contra raios UV (ultravioleta). “Quando a gente fala em calor é onda térmica mesmo e o bloqueador não tem papel nesse caso”, explica.
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O uso de drogas também é outro fator que não deve ser deixado de lado. O consumo de substâncias como álcool, cocaína e até alguns tipos de remédios diuréticos, que são usados para diminuir a retenção de líquido e causam desidratação, pode tornar o organismo ainda mais vulnerável à insolação.
*Caíque Alencar, do R7

Plenário do STF decide pela constitucionalidade de pagamento de 13º e férias a prefeitos e vices




férias a prefeitos e vices
Plenário do STF decide pela constitucionalidade de pagamento de 13º e férias a prefeitos e vices
O Plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu nesta quarta-feira (01/02/2017) o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 650898, com repercussão geral reconhecida, no sentido de que o pagamento de abono de férias e 13º salário a prefeitos e vice-prefeitos não é incompatível com o artigo 39, parágrafo 4º, da Constituição da República. Por maioria, venceu o voto proposto pelo ministro Luís Roberto Barroso, que divergiu parcialmente do relator, ministro Marco Aurélio.
O RE 65098 foi interposto pelo Município de Alecrim (RS) contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) que julgou inconstitucional a lei municipal (Lei 1.929/2008) que previa o pagamento de verba de representação, terço de férias e 13º aos ocupantes do Executivo local. Para o TJ, a norma feriria aquele dispositivo constitucional, que veda o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de remuneração ou outra parcela remuneratória aos subsídios dos detentores de mandatos eletivos.
O julgamento foi retomado com o voto-vista do ministro Luiz Fux, que seguiu a divergência aberta, em fevereiro de 2016, pelo ministro Barroso. De acordo com a corrente divergente – seguida também pelos ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes –, o terço de férias e o 13º são direitos de todos os trabalhadores, inclusive dos agentes políticos.
A posição do relator quanto a este tema foi seguida pelos ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. Para eles, prefeitos e vice-prefeitos, ministros e secretários, deputados, senadores e vereadores são agentes políticos, diferentes dos servidores públicos em geral.
Competência
A decisão foi unânime no outro tema discutido no RE 650898. O município alegava que o TJ, no julgamento de ação direta de inconstitucionalidade contra lei municipal, não poderia verificar a existência de ofensa à Constituição Federal. Nesse ponto, todos os ministros votaram pelo desprovimento do recurso, firmando a tese de que os Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro a Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados, como no caso.
Também por unanimidade, foi mantida a decisão do TJ-RS no sentido da inconstitucionalidade do artigo da lei municipal que trata da verba de representação.