SANTO ESTEVÃO 100
Hoje é 21 de setembro, estamos a exatos 6 anos do aniversário de 100 anos da emancipação política de nossa cidade. Hora de lembrar da boa união dos coronéis João de Deus Pires de Cerqueira e Manoel Alves de Souza (Manoelzinho do Jacaré), com Mudesto Gusmão, Isauro Borges Cabral e outros, que depuseram o tirano coronel Plinio da Silva Gomes e seus seguidores, e apoiados por Cézar Borges Cabral e Joaquim Artur Pedreira Franco, o primeiro advogado e o segundo engenheiro civil, ambos radicados na Capital, e que tinham relação com o governo estadual, construíram e materializaram a independência de nossa terra, o que se consumou a 12 de julho e se consagrou a 12 de dezembro de 1921. O dia 21 de setembro foi a data em que ocorreu a instalação por documento estadual, mas não ocorreu a instalação de fato, tendo a 3 de fevereiro de 1922 sido definida como data da emancipação. Acreditarmos que tenha sido o amor primaveril dos cachoeiranos, adiante santoestevenses, que influenciou na escolha, o que virou lei. Do que nos esquecemos e o que deixamos de fazer nesses tantos anos, e o que é possível recuperar para virarmos uma cidade desenvolvida e boa para viver como quiseram nossos fundadores?
Marcaram seu tempo na história quase centenária Temistocles Pires de Cerqueira, que deu os primeiros passos administrativos, adiante marcaram seu tempo na história Dr. João Borges de Cerqueira , Lineu Cerqueira da Silva (Nôia), Ismael Ferreira dos Santos, Edvaldo Freitas da Silva e Orlando Santiago, sem desmerecer muitos aliados e correligionários comuns a cada um deles que tiveram menor destaque em seu tempo. E quantos mais dará atenção real a essa caminhada contígua distante, descompassada para dar oportunidade a esse povo que reclama desenvolvimento de modo intempestivo? Que terra, que norte, que rumo tomaremos amanhã? Que novo tempo teremos? Que novo ambiente construiremos?
E o povo de nossa terra, que participação anônima teve neste cenário de lutas e desenvolvimento? Que fizemos? (fizeram?)
Porque nossa comunidade se afastou de Cachoeira, nossa mãe? Que houve para esquecermos das relações comerciais, de famílias e a saúde pública cachoeirana de que tanto nos servirmos? Cachoeira, nosso referencial legal é a terra matriz do nosso povo. As ligações econômicas, sua feira livre, o comércio em geral e seu referencial histórico nas matrizes africana e portuguesa, nos afastamos de tudo.
Éramos vila de Cachoeira quando o governo imperial concedeu o título de "Heróica Cidade", a 13/3/1837, pelas lutas da Independência, e nem dessa honraria desfrutamos. E as lutas pela independência da Bahia que tão presente esteve nosso povo representado pelo padre Francisco dos Santos Gomes e Almeida.
Que fizeram os poderes executivo e legislativo na integração tão necessária entre nós mesmos nesse período, hoje Cachoeira e Santo Estevão são duas terras distintas e distantes, estranhas. Que lembranças oficiais são manifestadas no dia de hoje? É preciso lembrar e relembrar os momentos de nosso povo.
O que seremos em 21 de setembro de 2021?
Quem estará à frente do executivo municipal, e que valoração dará à terra filha da Heróica Cidade da Cachoeira, fundada pelo padre português Antonio da Costa e Almeida em 1739, instalada como paróquia em 1751, tendo sido organizada sua comunidade pelo padre Antônio Rodrigues Nogueira? Onde estaremos