Brasileiro,
ídolo no México, principal jogador do Querétaro e protagonista na
conquista do primeiro título da equipe em sua história. O goleiro Tiago
Volpi deu ao time mexicano o que Ronaldinho Gaúcho não conseguiu em
2014/15: a glória. Foram duas defesas e um gol marcado pelo defensor na
decisão por pênaltis, contra o Guadalajara, na final da Copa do México,
semana passada.
Ele, entretanto, ainda não se vê como
ídolo. Em contato com a reportagem do LANCE!, o ex-goleiro do
Figueirense acha que o status virá com o tempo de México.
-
Não sei, [ídolo] me parece uma palavra muito forte. Tem que ganhar
coisas, vem com o tempo... Acho que se seguir com esse bom trabalho, dá
para assumir esse papel. Tenho um carinho enorme pela torcida, pelo
clube - justifica-se.
Justamente Ronaldinho Gaúcho, por
Twitter, foi quem parabenizou Tiago Volpi pela atuação na final da Copa
do México. Orgulhoso, o goleiro brasileiro reconhece a importância de
suas defesas e os comentários dos amigos pela lembrança do ex-camisa 10
do Brasil.
- Pô, todo mundo me ligou, falou que o
Ronaldinho tinha me citado no Twitter dele, eu nem cheguei a ver na
hora, mas foi bastante comentado. Jogamos juntos em 2015, fomos
vice-campões nacionais.
Mesmo satisfeito com a vida no
México e a ascensão na carreira, uma coisa ainda preocupa Volpi, que
teve destaque atuando pelo Figueirense em 37 das 38 partidas do
Campeonato Brasileiro de 2014: a falta de visibilidade do futebol
mexicano no Brasil, algo que afasta suas chances servir à Seleção
Brasileira.
- Sonho de ser convocado todo jogador tem. O
único empecilho que eu vejo é que no Brasil não se olha muito para cá.
Isso me afasta - diz.
E justifica: para Volpi, o futebol mexicano em nada deve ao nosso. Muito pelo contrário!
-
Posso afirmar que o México está uns cinco passos à frente do Brasil.
Aqui, não se atrasa salário, se joga uma vez por semana, tem
organização, logística. O presidente é o direto responsável pelas
finanças do clube. Muito mais evoluído do que nós.
BATE-BOLA: TIAGO VOLPI, GOLEIRO DO QUERÉTARO, AO L!
'Já cheguei como titular e acabei de renovar por mais três anos'
Você sempre treinou cobranças de pênalti na carreira?
Desde
a época do Figueirense eu treino. Sempre gostei de fazer isso no final
do dia, brincar com os outros goleiros. Quando pintou a chance, meu
treinador lembrou disso e me escalou para bater. Eu estava pronto.
E desde que chegou ao clube sempre foi o goleiro titular?
Já
cheguei de titular, sim. Posso dizer que estou muito feliz. Minha
família adaptada. Cidade tranquila, minha filha acabou de nascer...
E pretende voltar ao Brasil?
Eu tinha contrato aqui até o fim de 2017, agora renovamos por mais três anos. Estou bem aqui, jogando.
Mantém contato com o Alex Muralha, ex-Figueirense e hoje goleiro de Flamengo e Seleção?
A
gente chegou a jogar junto um ano, tenho acompanhado, sim. Acabamos
seguindo caminhos diferentes. Tenho visto os jogos do Campeonato
Brasileiro, sei que ele foi convocado e também tem ido muito bem no
clube. Tento ver o máximo de jogos daí