Ao contrário da colega Lídice da Mata (PSB), que sobrou na chapa governamental e vai para deputada federal, ao lado de quem se elegeu senador em 2010, Walter Pinheiro, hoje na Secretaria de Educação do Estado, preferiu seguir outro rumo:
— Desisti do parlamento.
Interpretando: do parlamento sim, da política, não. Se pintar a chance num cargo executivo, tudo bem. Se não, volta ao ofício original, o de técnico em telecomunicações (ele era da Telebahia).
A aposta — Pinheiro vislumbrou o exemplo do Ceará. Dos 100 melhores classificados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 33 estão lá, tendo à frente Sobral. Quer fazer a mesma coisa aqui.
A chave do enigma é uma interconexão entre as universidades públicas e escolas idem, com professores dando aula nas duas bandas. Botar pelo menos uma escola de ensino médio em todas as 417 cidades baianas. Oferecer a todos pelo menos um curso profissionalizante e incluir o máximo de 100 mil baianos em idade escolar que estão fora da escola.
Dizem que a excelência das governanças é baixar as más estatísticas e elevar as boas. Pinheiro está atrás desse bonde. Vai dar?
Eis a questão: os autores de empreitadas bem sucedidas nesse campo ganharam amplo, geral e irrestrito reconhecimento, mas depois de mortos, com estátuas e nomes de ruas. Voto não dá. Se para Pinheiro não der, pijama.
PF tem nome no jogo 2018
A decisão do pessoal da PF de lançar candidatos a deputado federal no país afora para tentar tirar proveito da Lava Jato tem nome na Bahia.
Anderson Muniz, agente da PF, é candidato a deputado federal pelo PTC, tendo algumas parcerias como Beto Simões, estadual ex-secretário em São Francisco do Conde.
Anderson diz que 90% da população brasileira apoia a Lava Jato. E na Bahia recebe queixas todo dia:
— A Lava Jato deve ficar.
Medo chega em Armação
Moradores do Jardim Armação, na orla oceânica de Salvador, queixam-se que a incidência de assaltos no bairro, especialmente nas áreas mais próximas da praia, está virando terror.
Semana passada um policial a paisana matou um assaltante num bar e o alarido foi geral. Como disse um dos moradores:
— Isso de matar bandido em bar pode ser algo comum por aí, mas aqui é coisa que nunca se viu.
A vacina de João Gualberto
Em campanha atrás da reeleição, o deputado federal João Gualberto (PSDB) diz que nada perdeu quando se lançou candidato ao governo logo após a desistência de ACM Neto, em abril.
— Eu deixei meu pessoal todo de sobreaviso. Não liberei ninguém.
Gualberto diz que os seus eleitores continuam quase os mesmos de sempre.
Em política chamam isso de vacina. Tenta-se algo, sem vacilar no de sempre.
Alerta a tesoureiros: está na praça o golpe do zap