O Movimento Não ao BRT realizou no sábado, 7, no canteiro central da Avenida Juracy Magalhães Júnior, em Salvador, um ato inter-religioso para defender a natureza e protestar contra o projeto da prefeitura. O fim das obras na região foi defendido com orações e canções entoadas por adeptos de religiões como o cristianismo, judaísmo, candomblé, budismo.
A reunião de diferentes credos contra o BRT acontece em meio à espera de um pedido de liminar para a suspensão das obras, estruturado e levado pelo movimento aos ministérios públicos Federal e da Bahia
O vereador de Salvador Hilton Coelho, do PSOL, participou da manifestação religiosa para levantar a bandeira da maior transparência nos processos que envolvem o projeto do BRT.
“Legalmente falando, o projeto tinha que ser acompanhado por um conjunto de estudos e planos com informações concretas sobre a iniciativa, seguindo a legislação”, afima um dos membros da Câmara.
Dentro da legalidade
A Prefeitura projeta remover 163 árvores até a conclusão da obra, que vai custar mais de R$ 800 milhões, com prazo de dois anos para ser concluído.
O titular da Secretaria de Mobilidade, Fábio Mota, sustenta que o projeto do BRT da cidade seguiu todos os processos legais. Ele destaca que as questões ambientais foram consideradas no planejamento. “Como tudo foi feito dentro da legalidade, tenho confiança que as obras não serão interrompidas”, acredita o gesto