sexta-feira, 2 de junho de 2017

Preso por morte de engenheiro conhecia vítima há 5 anos e tentou roubar R$ 1,5 mil

Preso pela morte do engenheiro eletricista Nivaldo Castor de Cerqueira, 63 anos, Deijailton Soares dos Santos, conhecido como Bruno Ilha, confessou ter planejado e sequestrado a vítima. Ele nega, no entanto, que tenha matado o engenheiro, que estava desaparecido desde o último dia 23 e cujo corpo foi encontrado na noite desta quinta-feira (1º), enterrado numa cova rasa em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

À polícia, Bruno Ilha disse que encontrou com Nivaldo no dia 23, logo depois de ele ter deixado um funcionário no supermercado Hiper Bompreço, na Avenida ACM, e saíram para tomar cerveja. Em seguida, Nivaldo foi até Ipitanga, em Lauro de Freitas, também na RMS, dar uma carona para Bruno. Foi quando o plano do sequestro relâmpago começou a ser colocado em ação.
Bruno confirmou que, logo depois ele descer do carro do engenheiro, dois comparsas abordaram Nivaldo e anunciaram um assalto. O engenheiro foi colocado no porta-malas do próprio carro e Bruno, então, entrou novamente do veículo, com os dois comparsas. O objetivo, segundo informou à polícia, era obrigar Nivaldo a sacar R$ 1,5 mil, que Bruno disse precisar para ajudar um irmão que está preso.
De Ipitanga, o trio seguiu com a vítima no porta-malas até o município de Simões Filho, onde ele deveria fazer os saques. Mas, segundo Bruno Ilha, quando o porta-malas foi aberto, o engenheiro já estava morto.

Fratura
De acordo com informações da polícia, o corpo não foi encontrado com sinais aparentes de violência. No entanto, o médico legista responsável pela necropsia localizou uma pequena fratura na região do pescoço que não parece ter sido provocado por um objeto, mas que pode ter sido resultado de um enforcamento, um ‘mata-leão’.

Exames serão feitos para apontar se Nivaldo morreu em decorrência dessa fratura ou por um possível sufocamento dentro do porta-malas do veículo.
Em depoimento, Bruno Ilha afirmou que, quando constataram a morte do engenheiro, ele e os dois comparsas decidiram abandonar o carro com o corpo dentro. No dia seguinte, eles retornaram ao local, conhecido como Góes Calmon, uma área erma de Simões Filho, onde cavaram uma cova rasa e enterraram o corpo do engenheiro.