quinta-feira, 4 de maio de 2017

A mulher sente dores na hora do sexo? A causa pode ser vaginismo; entenda e saiba como tratar


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    A mulher que detecta problemas na vida sexual não deve ter medo de procurar ajuda A mulher que detecta problemas na vida sexual não deve ter medo de procurar ajuda
Uma em cada dez mulheres sente dores durante a relação sexual, segundo pesquisa divulgada pela London School of Hygiene and Tropical Medicine e pela University of Glasgow em janeiro de 2017. Grande parte destas mulheres pode estar sofrendo de um problema pouco conhecido, mas que prejudica a saúde íntima da mulher: o vaginismo.
Segundo a ginecologista Mariana Maldonado, membro da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), da SGORJ (Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro) e da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana), é importante que a mulher que sente dores durante o sexo busque ajuda de um especialista para fazer o diagnóstico correto.
 
"O primeiro profissional a ser consultado deve ser o ginecologista. Ele verá se há alguma coisa que explique o desconforto, como uma irritação local por produtos inadequados, inflamações vaginais, ou alterações anatômicas", diz Mariana. 
 
De acordo com o ginecologista Eliano Pelini, membro da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo), o próximo passo é entender as queixas da paciente: "É preciso levar em consideração a história clínica e a dificuldade que a mulher tem em realizar o exame físico e ginecológico".
 
Os dois especialistas, porém, alertam que a classe médica nem sempre identifica a disfunção sexual. "Por incrível que pareça, o médico, que está mais do que habituado a cuidar da parte íntima da mulher, nem sempre está preparado para identificar esse tipo de situação e encaminhar ao profissional correto para tratar. Muitas mulheres que sofrem com o problema acabam fazendo uma verdadeira peregrinação até encontrar a ajuda necessária", revela Mariana. 
 
"Falta conhecimento do problema em sua plenitude, faltam ambientes adequados para discutir esse assunto, o atendimento é feito de forma inadequada por ginecologistas não preparados para atendimento dessas disfunções", completa Eliano