terça-feira, 25 de abril de 2017

Livro "Diário da Cadeia" é (muito) mais inocente que o Cunha real

 

 


 
Quando o editor Carlos Andreazza disse que o peemedebista Eduardo Cunha deveria ler o livro do autor que tomou seu nome emprestado como pseudônimo antes de ir à Justiça para barrá-lo, tinha toda a razão. Diário da Cadeia (Record), romance que fantasia o que seriam os apontamentos de Cunha na prisão e que, agora se sabe, foi escrito pelo paulista Ricardo Lísias, é mais inocente que o verdadeiro Cunha. Aliás, muito mais inocente – e a palavra aqui pode ser entendida também no sentido de ingênuo. O Eduardo Cunha ficcional que salta da leitura do livro é um homem descolado da realidade que provoca não apenas sorrisos no leitor, mas até uma certa simpatia. Tudo com que o verdadeiro Cunha poderia sonhar hoje. (Foto ilustração)
Diário da Cadeia pode ser definido como uma sátira política. Mas seu humor, de tão leve, é quase pueril. Quem já leu o Diário da Dilma, publicado pelo jornalista Renato Terra na revista Piauí entre 2011 e 2016 e editado em livro pela Companhia das Letras há três anos, pode ter uma ideia aproximada. As piadas têm o mesmo tom. Os personagens são caricatos, um tanto amalucados e cheios de idiossincrasias. Enquanto a Dilma de mentirinha adorava tomar nota dos bofes bonit&...