Pamela Canzonieri,
a italiana de 39 anos assassinada em Morro de São Paulo, na Bahia,
teria sido morta após ter se recusado a dar um beijo em seu algoz, Antônio Patrício dos Santos, mais conhecido como Fabrício.
A
informação foi divulgada pela imprensa de Ragusa, cidade natal da
vítima e cuja promotoria também apura o caso na Itália. Aos
investigadores brasileiros, Antônio teria dito que se encontrou com
Pamela na rua e a acompanhou até em casa - os dois moravam perto um do
outro. Dentro da residência, teria ficado furioso ao não conseguir
beijá-la e a esganou.
Procurada
pela agência de notícias Ansa, a Secretaria de Segurança Pública da
Bahia afirmou que não há, até o momento, nenhuma informação sobre isso.
Segundo a autópsia, a causa da morte foi asfixia causada no pescoço com
as mãos. Patrício dos Santos foi preso na última quarta-feira (23) e
confessou o crime um dia depois. No entanto, ele alega não se lembrar de
detalhes do episódio pois estava sob efeito de cocaína.
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Pamela foi encontrada morta na residência em que morava em Morro de São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook)
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Fabrício
tem passagens pela polícia por associação ao tráfico de drogas e já foi
visto vendendo entorpecentes. A notícia de que o assassinato de Pamela
teria ocorrido por causa de um beijo chega na mesma data em que se
celebra o Dia de Combate à Violência contra a Mulher, um problema em
comum entre Brasil e Itália.
Segundo
o Instituto Nacional de Estatística (Istat), cerca de 7 milhões de
italianas dizem já ter sofrido alguma forma de abuso verbal ou físico.
Além disso, de acordo com a Polícia, 100 feminicídios já foram
registrados na Itália em 2016.
No
Brasil, a situação não é diferente. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) aponta que uma mulher é abusada sexualmente no país a cada 11
minutos. O caso de Pamela, uma italiana que trabalhava como garçonete em
Morro de São Paulo, uniu essas duas realidades.
No
momento, seu corpo está em Salvador, onde ainda aguarda a repatriação. A
viagem para a Itália devia ter ocorrido nesta sexta-feira, mas acabou
adiada, assim como seu funeral, que será em Ragusa, na Itália.