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  • Marcos Oliveira/Agência Senado
    Senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi um dos que declararam voto pró-impeachment
    Senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi um dos que declararam voto pró-impeachment
Após mais de 16 horas de sessão no penúltimo dia do julgamento do impeachment, no Senado, da presidente afastada, Dilma Rousseff, 43 senadores anunciaram que vão votar a favor da saída dela do cargo. Outros 18 afirmaram que devem votar pela permanência da presidente - outros dois senadores não anunciaram seus votos, em um total de 63 discursos, que começaram às 14h32 de terça-feira (30) - a sessão começou às 10h26.
Quinze dos 18 senadores que não discursaram no plenário antes da votação do impeachment já se posicionaram, em algum momento, pelo afastamento da presidente. Entre eles, estão ex-ministros do governo Dilma, a exemplo de Eduardo Braga (PMDB-AM) e Edison Lobão, que votaram para transformá-la em ré no processo, no dia 10 de agosto.
Outros três senadores não inscritos são defensores da permanência de Dilma: Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-ministra da Agricultura, Telmário Mota (PDT-RR) e Paulo Rocha (PT-PA). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda não manifestou seu voto.
A sessão desta quarta-feira (31) será destinada à votação final do processo do impeachment. É nessa etapa que os senadores de fato julgam a presidente. Se o impeachment tiver o apoio de pelo menos dois terços (54) dos 81 senadores, Dilma será condenada por ter cometido crime de responsabilidade, perde definitivamente o cargo e fica proibida por oito anos de ocupar cargos públicos.
A sessão está prevista para começar às 11h, mas eventuais recursos da defesa ou questionamentos dos senadores podem alongar o debate sobre o trâmite do processo e atrasar o início dos trabalhos.
Antes da votação, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, apresentará um relatório com o resumo dos argumentos da acusação e da defesa, com as respectivas provas apresentadas.
Em seguida, até dois senadores favoráveis ao impeachment e também dois contrários poderão falar por cinco minutos.
Encerrado o debate, o presidente do STF enuncia a pergunta que será respondida pelos senadores na votação: