domingo, 17 de abril de 2016

PSD engrossa encaminhamentos favoráveis ao impeachment

Encaminhando a votação do PSD a favor da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso (DF), usou os 10 minutos reservados à legenda para rebater críticas à condução do processo na comissão especial que analisou o tema antes que o relatório fosse encaminhado para o plenário. Rosso foi o presidente do colegiado que, em 25 dias, fez 11 reuniões tomando mais de 50 horas de trabalho. Todas as bancadas têm 10 minutos na tribuna, antes do início da votação.
“Nos últimos dias, escutei calado e com respeito o pronunciamento de colegas que falaram de parcialidade dos nossos trabalhos. Mas não fui eu quem ratificou os trabalhos da comissão e sim o Supremo Tribunal Federal [STF] que, ao analisar diversos mandados de segurança, decididram que não tiveram provimento”, afirmou, ao citar o julgamento em sessão extraordinária da Corte, na última quinta-feira (14), que negou pedidos apresentados pela base governista e pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, sobre o andamento dos trabalhos.
Uma das questões apresentadas por parlamentares aliados de Dilma foi a data dos depoimentos dos advogados autores do pedido de impeachment – Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal -, e de Cardozo e do professor adjunto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (RJ), Ricardo Lotti, pela defesa de Dilma. “Me disseram para acompanhar o mesmo rito do impeachment de 1992, mas não poderia dada a complexidade deste tema fazer apenas três reuniões que somaram sete horas, fizemos 11 com mais de 50 horas de debate onde o povo brasileiro pôde acompanhar.  Jamais ficaria de bem com a minha consciência se não tivesse feito desta forma”, afirmou.