A presidente Dilma Rousseff recebeu jornalistas em seu gabinete na manhã desta quarta-feira (13) para dizer que vai lutar "até o último minuto do segundo tempo" para preservar o seu mandato. Mas não foi clara se essa reação inclui também recorrer à Justiça. 

Ela chamou de "golpistas" todos aqueles que defendem o  impeachment. "Não importa se é um pedreiro, engenheiro, professor ou empresário. É golpista", frisou, repetindo a estratégia de se colocar como vítima de um processo no Congresso.

Pacto
Durante uma conversa de pouco mais de duas horas, a presidente disse que, se vencer, vai propor um pacto político nacional, envolvendo todos os atores, inclusive a oposição. "A crise no país é tão grave que não há solução que não seja por meio de um pacto", disse.  Se perder, se considera "uma carta fora do baralho".

Na hipótese de permanecer, o pacto que pretende propor deve envolver, afirmou, todos os setores da sociedade  governo, oposição, empresários e trabalhadores. "Sem vencidos nem vencedores", disse. Para ela, o pacto deve prever compromisso com reformas  entre as quais a reforma política

Cunha e Temer
Ela afirmou que o processo de impeachment decorre da vontade "do senhor presidente da Câmara", que, em caso de impeachment, será o vice-presidente da República. E apontou a existência de uma "sociedade" entre Cunha e o vice-presidente Michel Temer.