terça-feira, 10 de novembro de 2015

Protesto de caminhoneiros entra no 2º dia; Fernão Dias tem bloqueios

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Do UOL, em São Paulo
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Caminhoneiros fazem protesto e bloqueiam rodovias16 fotos

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Caminhoneiros bloqueiam, nesta segunda-feira (9), a BR-101 em Parnamirim, na região metropolitana de Natal, e a BR-304, entre os municípios de Assú e Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. O protesto foi organizado pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), que diz ser apartidário e sem cunho político. O CNT é crítico ao governo e pede a saída da presidente Dilma Rousseff. Outras reivindicações são a redução do preço do óleo diesel, o salário unificado em todo o país e ajuda federal para financiar dívidas Leia mais Divulgação
O protesto de caminhoneiros continua nesta terça-feira (10) em ao menos sete Estados, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal e das concessionárias de rodovias. Os Estados são Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
A rodovia Fernão Dias está temporariamente interditada em ambos os sentidos (São Paulo e Belo Horizonte) no km 513, na região de Igarapé (MG), devido à paralisação dos caminhoneiros, informou a concessionária Arteris, responsável pela estrada, em boletim das 10h15. 
De acordo com a empresa, o tráfego está parado do km 511 ao km 513, na pista Sul (sentido São Paulo), e do km 514 ao km 513, na pista Norte (sentido Belo Horizonte). Também na pista Sul (sentido São Paulo), há retenção do km 508,5 ao km 510.
Não há registro de bloqueios nas rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Imigrantes, Anchieta e Presidente Dutra, segundo informações divulgadas nos sites das concessionárias responsáveis.

Situação nas rodovias federais

Em rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal registra 32 pontos de protesto na manhã desta terça-feira, com 21 bloqueios parciais --apenas caminhões são parados, mas ônibus, carros e ambulâncias podem passar. 
As rodovias federais com bloqueio parcial são:
  • BR222, km 316, em Tianguá (CE);
  • BR381, km 359, em João Monlevade (MG); km 513, em Igarapé (MG); km 678, em Perdões;
  • BR40, km 479, em Esmeraldas (MG); km 558, em Nova Lima (MG);
  • BR262, km 369, em Juataba (MG); km 412, em Igaratinga (MG);
  • BR376, km 133, em Nova Esperança (PR); km 111, em Paranavaí (PR);
  • BR476, km 358, em União da Vitória (PR); 
  • BR373, km 479, em Coronel Vivida (PR);
  • BR369, km 157, em Cambé (PR); km 178,7, em Arapongas (PR);
  • BR153, km 111, em Ibaiti (PR);
  • BR277, km 667, em Medianeira (PR);
  • BR376, km 245, em Apucarana (RS);
  • BR116, km 54, em Papanduva (SC); km 138, em Santa Cecília (SC);
  • BR280, km 12, em São Francisco do Sul (SC);
  • BR153, km 240, em Colinas do Tocantins (TO).

Protesto pede saída de Dilma 

Os protestos foram liderados pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), que diz ser um movimento independente e apartidário e que pede a saída da presidente Dilma Rousseff.
Sindicatos que representam os caminhoneiros, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, se posicionaram contra os protestos.
Na noite de ontem, o governo autorizou a Polícia Rodoviária Federal a atuar para desbloquear estradas e disse que os caminhoneiros que fecharem rodovias estarão sujeitos a multa de R$ 1.915, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A multa já é prevista na legislação brasileira, e o governo apenas determinou à PRF que seja estritamente cumprida. A punição será aplicada uma vez e, se o caminhoneiro não retirar o veículo que bloqueia a rodovia, será rebocado. A cada vez que voltar a bloquear a estrada, será multado mais uma vez.

Governo monitora

Ontem, o ministro da Justiça classificou o movimento como político e afirmou que não há como negociar com os líderes, que pedem a renúncia ou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Mais cedo, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, já havia afirmado que o objetivo da greve era apenas gerar desgaste para o governo.
No Palácio do Planalto, a ordem é para acompanhar o movimento, que não pode ser desprezado pelo potencial de confusão que pode causar no país, mas a avaliação inicial é de que a adesão foi muito aquém do que se prometia.
Ainda assim, há temor de que, se o movimento chegar até o próximo fim de semana, possa crescer ao se unir a manifestações pelo impeachment de Dilma marcadas para o próximo domingo. O governo mantém o monitoramento pelas redes sociai
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