terça-feira, 8 de setembro de 2015

Mulher demitida se entrega após manter reféns em escritório de SP


 

Ela entrou no prédio no Centro com um revólver e disparou duas vezes.
Segundo a PM, ela não havia tomado seus remédios controlados.

P

Mulheres se abraçam após o desfecho do caso em que uma mulher invadiu um escritório de advocacia com um revólver e fez uma refém no Centro de São Paulo (Foto: Newton Meneses/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Mulheres se abraçam após o desfecho do caso em que uma mulher invadiu um escritório de advocacia com um revólver e fez reféns no Centro (Foto: Newton Meneses/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Uma mulher de 56 anos se entregou no início da tarde desta terça-feira (8), cerca de cinco horas após invadir um escritório de advocacia e manter dois reféns no Centro de São Paulo. Segundo a Polícia Militar (PM), ela foi demitida na semana passada e entrou no local com um revólver calibre 38.
Por volta das 8h, a mulher chegou na sala, que fica no 6º andar do número 255 da Rua Barão de Itapetininga, e rendeu duas advogadas – uma delas sua ex-chefe.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado por volta das 9h30 e, às 11h, as duas reféns foram liberadas pela janela. Segundo a polícia, a mulher chegou a dar dois tiros enquanto mantinha as mulheres reféns. Depois de liberar as advogadas, a mulher tentou se matar.
.

"Era funcionária, ela tinha sido despedida, ela veio, nervosa, armada, teve uma discussão, efetuou dois disparos, não atingiu ninguém e tomou como refém as pessoas que estavam lá, que são duas senhoras", afirmou o tenente-coronel Francisco Cangerana, do 7º Batalhão.
"Ela queria resolver um problema com a empregadora, que estava como refém com ela lá. E depois falou que ia se matar", disse.
A mulher vai responder por cárcere privado, porte ilegal de arma, ameaça e disparo de arma de fogo, segundo a polícia.
Diego Correia Monteiro, de 19 anos, que fazia um curso no 5º andar do prédio, contou ao G1 que recebeu avisos de que uma pessoa estranha havia entrado no edifício. "Ficamos sentados no chão do banheiro com a luz desligada por pelo menos uma hora", disse.
Segundo a recepcionista do prédio Maria das Graças Issi, a mulher se chamava Alda e ia prestar serviços para a responsável pelo escritório de 2 a 3 vezes por semana. "As duas tinham uma parceria havia mais de 20 anos", afirmou.