quinta-feira, 28 de maio de 2015

Bebês prematuros correm risco de vida por falta de vaga em UTI na BA

Taísa MouraPorto Seguro, BA
Dezessete bebês prematuros, internados em um hospital público, aguardam vagas em UTIs  infantis. Angustiadas, algumas mães dizem que os filhos podem morrer se a transferência não for feita.

Depois de quatro abortos espontâneos, Juliana Neres teve o primeiro filho. Tiago nasceu prematuro com menos de sete meses, já teve duas paradas cardíacas e precisa com urgência de uma UTI neonatal, mas segundo a Secretaria Estadual da Saúde, não há vagas na rede pública.
O terceiro filho de Mônica Silva, Patrício, de apenas 13 dias, também nasceu prematuro. O caso dele é o mais grave do hospital e segundo os médicos, só uma transferência imediata pode salvar a vida da criança.
Já Larissa Araújo conta que aguarda uma vaga para a filha Maria Clara há três meses. “Eu não vejo a hora de tê-la em casa. Está todo mundo à espera”, desabafa.
Os relatórios diários feitos pelo hospital indicam que 17 prematuros estão no berçário de alto risco do hospital Luís Eduardo Magalhães à espera de uma vaga em UTIs neonatais.
Em Itabuna, outra mãe, Rosimare Oliveira, também está aflita. O único filho dela, Daniel, de 1 ano e nove meses, está internado no Centro Médico Pediátrico com suspeita de derrame cerebral, mas um diagnóstico preciso só pode ser feito em um hospital especializado.
O diretor do hospital em Porto Seguro disse que está enviando os pedidos de transferência dos casos mais graves.
A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou que recebeu sete pedidos de transferência e que dois foram autorizados. Segundo o assessor de Regulação, a prioridade nas transferências depende da gravidade de cada caso. Ele reconheceu a dificuldade em atender a todos os pedid