Dezessete bebês prematuros, internados em um hospital público, aguardam vagas em UTIs infantis. Angustiadas, algumas mães dizem que os filhos podem morrer se a transferência não for feita.
Depois de quatro abortos espontâneos, Juliana Neres teve o primeiro filho. Tiago nasceu prematuro com menos de sete meses, já teve duas paradas cardíacas e precisa com urgência de uma UTI neonatal, mas segundo a Secretaria Estadual da Saúde, não há vagas na rede pública.
O terceiro filho de Mônica Silva, Patrício, de apenas 13 dias, também nasceu prematuro. O caso dele é o mais grave do hospital e segundo os médicos, só uma transferência imediata pode salvar a vida da criança.
Já Larissa Araújo conta que aguarda uma vaga para a filha Maria Clara há três meses. “Eu não vejo a hora de tê-la em casa. Está todo mundo à espera”, desabafa.
Os relatórios diários feitos pelo hospital indicam que 17 prematuros estão no berçário de alto risco do hospital Luís Eduardo Magalhães à espera de uma vaga em UTIs neonatais.
Em Itabuna, outra mãe, Rosimare Oliveira, também está aflita. O único filho dela, Daniel, de 1 ano e nove meses, está internado no Centro Médico Pediátrico com suspeita de derrame cerebral, mas um diagnóstico preciso só pode ser feito em um hospital especializado.
O diretor do hospital em Porto Seguro disse que está enviando os pedidos de transferência dos casos mais graves.
A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou que recebeu sete pedidos de transferência e que dois foram autorizados. Segundo o assessor de Regulação, a prioridade nas transferências depende da gravidade de cada caso. Ele reconheceu a dificuldade em atender a todos os pedid