A Polícia Civil do Amazonas prendeu, na
quinta-feira (11/12), na Região Metropolitana de Manaus, um auxiliar de
obras acusado de estuprar cerca de 68 meninas adolescentes em uma seita
que pratica atos de satanismo. Renato Fragata, 30 anos, confessou os
crimes e ainda afirmou, em depoimento, ter praticado aborto em uma das
jovens que teria engravidado nos atos.
“Ele usava de todos esses artifícios fantasiosos sobre magia negra
para persuadir as adolescentes e fazê-las acreditarem que poderiam
conseguir o que quisessem através desses rituais demoníacos", apontou o
delegado Mavignier, da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP),
localizada no Município de Iranduba, na Grande Manaus. As vítimas,
mulheres, tinham sempre entre 13 e 16 anos de idade.
A prisão ocorreu graças às denúncias de uma professora que afirmou
ter notado a presença diária de Fragata no portão de uma escola pública
da cidade conversando com meninas para ganhar delas sua confiança.
Segundo a polícia, ele então as convidava para sua seita, na qual
rituais de satanismo, como beber sangue de animais como gatos e cabras,
eram praticados.
Neles, o acusado também mantinha relações sexuais com as jovens em
cemitérios, atos que, afirmava às vítimas, eram estágios necessários
para que ficassem mais próximas dos espíritos que cultuavam.
A investigação afirma que ao menos 18 meninas foram estupradas por
Fragata em Iranduba e outras 50, em Parintins, município do qual o
acusado é natural. As práticas de satanismo vinham sendo realizadas por
ele ao menos há três meses e as imagens de suas vítimas eram postadas em
sua página pessoal no Facebook.
Fragata já respondia a cinco inquéritos por estupro em sua cidade
natal. Ele está encarcerado em uma cela da DIP para aguardar julgamento.
O acusado responderá por estupros de vulnerável, corrupção de menores e
divulgação de pornografia infantil