Marco Prisco (PSDB), preso desde o último 18 de abril, está "depressivo
e se recusa a comer e a beber", segundo informações da assessoria do
vereador (PSDB). Ele segue internado no Hospital de Base, em Brasília,
após passar mal no Complexo Penitenciário da Papuda, em 3 de maio.
A assessoria informou, também, que Prisco continua debilitado na UTI e
que teria perdido 15 quilos. O vereador é acusado de ter liderado a
greve da PM, em 2012.
Ainda de acordo com nota divulgada pela assessoria de comunicação de
Prisco, a diretora do Sistema Penitenciário Federal, em Brasília, Diana
Calazans Mann, teria destacado em ofício que o vereador Marco Prisco
(PSDB) "não preenche requisitos legais para custódia em prisão federal".
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A diretora, ainda segundo a assessoria, comunicou o parecer ao juiz federal Antônio Oswaldo Scarpa, da 17ª Vara Federal.
"O preso em questão não é membro de organização criminosa, não está
submetido à Regime Disciplinar Diferenciado, não praticou crimes
violentos ou mediante grave ameaça, nem tampouco foi incluído no sistema
prisional do Estado da Bahia", ressaltou a diretora no documento.
A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação do
Ministério da Justiça - órgão ao qual o Sistema Penitenciário Federal é
vinculado -, mas não conseguiu realizar o contato.
O atual coordenador da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus
Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Fábio Brito, disse que o ofício
da diretora, sobre a inclusão no sistema penitenciário federal,
invalidaria transferência de Prisco para uma unidade de segurança máxima
em Porto Velho (RO).
"Querem levá-lo para Porto Velho. Não há precedente de se pôr réu
primário diretamente no sistema penitenciário federal. Teria que passar
pelo estadual". Brito disse que a Aspra impetrou novo pedido de habeas
corpus no Supremo Tribunal Federal.