Conhecidos com bebidas de calorias vazias, os refrigerantes não
oferecem nenhum benefício ao nosso organismo além do prazer de
ingeri-lo. "Além do açúcar em grande quantidade, os refrigerantes contém
sódio e diversas substâncias artificiais que não fazem bem à nossa
saúde", explica a endopediatra Denise Ludovico, da ADJ Diabetes Brasil.
Como se o fato de não acrescentar nenhum valor nutricional à
Evita a obesidade e ajuda a emagrecer
"Sabe-se que, hoje em dia, o consumo de refrigerantes é um dos principais contribuintes para a epidemia de obesidade", ressalta a endocrinologista Andressa Heimbecher, de São Paulo. O refrigerante está relacionado à obesidade uma vez que é uma bebida extremamente calórica e geralmente consumida em grande quantidade, levando ao ganho de peso principalmente por excesso de calorias. "Além disso, os refrigerantes têm um alto teor de açúcar, que está diretamente ligado ao aumento de peso", explica a endocrinopediatra Denise Ludovico, da ADJOutro ponto a se considerar é que o consumo de refrigerantes pode fazer com que você sinta fome antes da hora. Quando absorvidos no intestino, os refrigerantes liberam grande quantidade de açúcar na corrente sanguínea de uma só vez, o que faz com que o pâncreas libere mais insulina. "Essa insulina excessiva leva à fome, a fim de nos fazer consumir mais açúcar para manter o equilíbrio metabólico", explica Denise. No caso dos refrigerantes sem diet ou zero, esse mecanismo pode ser explicado da seguinte forma: apesar de não conterem açúcar, eles possuem sabor doce conferido pelos adoçantes. Segundo a especialista, isso pode fazer com que nosso cérebro registre a mensagem de que estamos consumindo doces, e isso provocar uma maior liberação de insulina para metabolizar esse açúcar, surgindo fome. "O consumo constante de bebidas artificialmente adoçadas confunde a habilidade natural do organismo de controlar o consumo de calorias, pois o corpo identifica que está com fome reunindo informações sobre o sabor doce do alimento e seu
Protege do cálculo renal
Um estudo publicado do periódico Clinical Journal of the American
Society of Nephrology afirma que consumir refrigerantes e outras
bebidas adocicadas pode aumentar de 23% a 33% os riscos de formação de
pedras no rim. O trabalho analisou 194.095 voluntários em um período de
mais de oito anos. "Isso acontece porque os refrigerantes possuem em
sua composição fosfatos, substância que se consumidas diariamente
favorecem a formação de cálculos renais", afirma a endocrinopediatra
Denise. O fosfato é uma substância que interfere na absorção do cálcio,
e quando ela está em nosso organismo em grandes quantidades favorece a
excreção de cálcio para urina - fator esse de risco para cálculo renal.
Previne diabetes
Por seu alto teor de açúcar e consumo de excessivo de calorias vazias,
os refrigerantes levam ao aumento de peso, e consequentemente aumentam
o risco de diabetes.
Segundo um amplo estudo europeu, desenvolvido pelo Imperial College
London, o consumo diário de 340 ml refrigerante por dia, o equivalente a
uma lata, aumenta em 22% o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Os pesquisadores contaram com dados de 350 mil pessoas de oito países
europeus diferentes. "Abolir o refrigerante da alimentação é a primeira
e mais eficiente medida para reduzir o consumo de açúcar", afirma a
nutricionista Amanda Epifânio, do Centro Integrado de Terapia
Nutricional (Citen), em São Paulo. Segundo a profissional, beber uma
latinha de refrigerante todos os dias resulta na ingestão de um quilo de
açúcar no fim do mês.
Controla a pressão arterial
Reduzir o consumo de refrigerantes e outras bebidas ricas em açúcar pode ajudar a reduzir a pressão sanguínea, segundo pesquisa realizada pela Universidade do Estado da Louisiana (EUA). O estudo, publicado na revista Circulation, avaliou dados de 810 pessoas com idades entre 25 e 79 anos que eram hipertensas ou estavam com a pressão no limite. Reduzindo o consumo dessas bebidas pela metade, após 18 meses, tanto a pressão sistólica quanto a diastólica reduziram consideravelmente. "Os refrigerantes podem favorecer a hipertensão devido principalmente ao seu alto teor de sódio", explica a nutricionista Amanda. Cortando essa bebida, diminuímos a ingestão de sódio, o que diminuirá o risco de hipertensão e também ajudará a controlar um quadro já instalado.Afasta doenças cardíacas
Com o aumento da pressão arterial consequente, dentre outras coisas,
do excesso de sódio ingerido, temos também um risco aumentado para doenças cardiovasculares.
"A retenção de sódio também causa um aumento do volume corporal,
levando a uma sobrecarga cardíaca", explica a endocrinopediatra Denise. E
dois estudos recentes, um feito com homens e outro com mulheres, só
comprovam essa relação. O primeiro foi desenvolvido na Harvard School of Public Health
(EUA), acompanhou durante 22 anos 43 mil homens e concluiu que os
homens que bebiam um copo de refrigerante por dia tinham um risco 20%
maior de sofrer uma doença cardíaca do que os demais. A segunda pesquisa
é do Centro de Saúde da Universidade de Oklahoma (EUA), foi feito com
quatro mil pessoas, incluindo homens e mulheres. Ao final da análise,
constatou-se que as mulheres que bebiam pelo menos duas bebidas adoçadas
com açúcar por dia ? como refrigerantes - tinham quatro vezes mais
chances de desenvolver níveis de gorduras no sangue acima do normal,
fator de risco conhecido para doenças cardiovasculares
Combate o inchaço e retenção de líquidos
"Os
refrigerantes possuem grande quantidade de sódio, principalmente os
zero e light, e por isso aumentam a retenção de líquidos", explica a
endocrinopediatra Denise. Isso acontece porque nosso organismo precisa
manter um equilíbrio entre sódio e água - por isso, quanto mais sódio
no corpo, mais água ele retém. A sensação de barriga inchada também
ocorre pela presença de gás nessas bebidas e também pelo excesso de
açúcar. "O açúcar causa uma fermentação no intestino, aumentando a
produção de gases e consequentemente, o inchaço", completa a
nutricionista Amanda.
Melhora o trânsito intestinal
"Refrigerantes são ricos em açúcar e diversas substâncias químicas que prejudicam a atuação das bactérias benéficas do intestino, e favorecem a proliferação de bactérias perigosas", alerta a nutricionista Gabriela Calsing, da clínica Salus Nutrição, em Brasília. Sucos naturais, por outro lado, podem ter efeito laxante, estimulando o funcionamento desse órgão. "Invista em opções com grande porcentagem de água, como o melão, a melancia e o mamão", recomenda.Protege o fígado
Os refrigerantes, quando absorvidos no intestino, liberam uma grande quantidade de açúcar, ácido fosfórico e substancias tóxicas que sobrecarregam o fígado, transformando o açúcar em gordura. "Esse processo, em longo prazo, até poderia levar a esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado)", explica a endocrinopediatra Denise.Preserva o esmalte dos dentes
Os refrigerantes - principalmente aqueles à base de cola - possuem fosfato em sua composição, o que pode levar a desmineralização óssea, gerando desgaste dos dentes. "Aqueles que contêm açúcar aumentam a chance de ter cáries, e as versões diet ou light possuem ácidos que podem estragar o esmalte dos dentes", ressalta Denise Ludovico. Um estudo da Temple University School os Dentistry, na Filadélfia (EUA), descobriu que os refrigerantes podem danificar os dentes tanto quanto o uso de crack e da metanfetamina.Passa longe da depressão
Uma
pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde da Carolina do
Norte (EUA) verificou uma possível ligação entre o consumo de bebidas
diet e um maior risco de depressão.
Os autores analisaram os dados de 264 mil pessoas com mais de 50 anos
de idade durante dez anos. A análise revelou que pessoas que bebiam
mais de quatro latas ou copos de refrigerante diet por dia tinham um
risco cerca de 30% maior de desenvolver depressão do que aqueles que
não ingeriam esse tipo de bebida. Quem bebia refrigerante tradicional
apresentou um risco 22% maior. Os especialistas afirmam que os
refrigerantes são ricos em substâncias que podem interferir nas
atividades do nosso organismo de forma negativa, favorecendo o
aparecimento de doenças como depressão.