depressão, um grande mal |
Sem que seja percebida claramente, a depressão vai se instalando
gradativamente. Torna-se forte e predominante, fazendo com que a pessoa
não perceba seu próprio valor e importância, levando-a cada vez mais a
excluir-se da própria vida e das relações interpessoais.
Há uma incapacidade de sentir prazer e instala-se uma indiferença em
relação a outras pessoas, perdendo a esperança que algo possa melhorar; é
como se não houvesse mais um sentido pela vida.
Por exemplo: as atividades normais do dia-a-dia
passam a não ter importância e o indivíduo passa a encarar até as
tarefas mais simples como se fossem um grande esforço.
Podemos perceber a presença da depressão se prestarmos atenção em
alguns sintomas tanto psíquicos quanto físicos. Sintomas psíquicos:
sentimento de tristeza profunda, desesperança, sentimento de culpa,
dificuldade de tomada de decisão e de concentração, perda do interesse
ou prazer. Sintomas físicos: alterações do apetite ou peso, alterações
do sono, náuseas, sensação de opressão no peito, sensação de nó na
garganta, dor no peito, entre outros.
É válido ressaltar que a pessoa pode ter reações ou crises
depressivas em determinados momentos circunstanciais. Mas isso não quer
dizer que esteja doente. Por exemplo, no caso da morte de um ente
querido: é natural uma crise que dure até 20 dias. Se passar disso, é
importante procurar ajuda especializada.
Com minha experiência no tratamento de dependência química, posso
afirmar que muitos dos pacientes deram início ao uso de álcool e outras
drogas devido à depressão. Na maioria dos casos usam substâncias
químicas para aliviar ou fazer desaparecer os sintomas da depressão.
Portanto, afirmamos que a depressão pode ser uma comorbidade associada à
dependência química.
O tratamento para a depressão inclui principalmente a psicoterapia,
com o uso de medicamentos específicos e prescritos por profissionais.