O
adolescente Bruno dos Santos Sena passou 10 horas detido na Depol de
Santo Estevão até esclarecer uma sucessão de contradições. Tudo começou
por volta das 8h da manhã desta quinta-feira (22), quando Policiais
Militares prenderam o adolescente após ser acusado de seguir de moto uma
funcionária de um posto de combustíveis da cidade.
Na
delegacia, policiais verificaram que Bruno não portava nenhum tipo de
documento pessoal e chegou a dar dois nomes da própria mãe. “Acho que o
nome de minha mãe é Domingas, mas eu a chamo de Débora”. Intrigados com a
declaração de Bruno, os investigadores começaram a interroga-lo e
começaram a aparecer mais contradições.
Bruno
disse que é morador do bairro Aviário em Feira de Santana e disse estar a
passeio na cidade e apresentou pelo menos três endereços diferentes. No
primeiro momento ele afirmava categoricamente que estava hospedado em
uma residência de um amigo na fazenda Lagoinha, zona rural de Santo
Estevão. Esse amigo seria o proprietário da moto que Bruno tomou
emprestado e acabou se envolvendo na confusão com a funcionária do
posto.
No
momento que Bruno concluía a informação, o dono do veículo foi chegando
na Depol e assustado, Bruno passou a negar que estava na casa do jovem e
deu mais dois endereços diferentes. Um deles seria a casa de um
operário da fábrica de calçados. A polícia chegou a ouvir o dono da
casa, que afirmou conhecer Bruno.
Quando
confessou que morava em Feira de Santana, Bruno também não sabia ao
certo o endereço correto. Ele informou apenas em qual bairro residia.
Um
irmão de criação de Bruno veio até a Depol para trazer uma guia de
inscrição do CPF de Bruno, mas também chegou sem documentos pessoais.
De
acordo com o banco de dados da Polícia Civil, Bruno, quando menor, teve
diversas passagens pela polícia por uso de drogas e até porte ilegal de
arma. No momento da detenção pela manhã, ele chegou a dizer que era
menor de idade.
Segundo
afirmou para nossa reportagem, Bruno disse que vem para a cidade
namorar e garante que não retorna mais à Santo Estevão. O dono da
motocicleta revelou que emprestou pois como via o acusado sempre por
perto dos seus amigos nos últimos dias, achou que ele apenas daria uma
volta no bairro e não fosse se envolver com a polícia. O proprietário da
motocicleta pecisou prestar esclarecimentos até às 16h e foi liberado.