terça-feira, 23 de outubro de 2012

IBGE aponta que cerca de 1,7 milhão de baianos vivem no estado de São Paulo

 

 

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image Maioria dos baianos estão em São Paulo em busca de trabalho
Cerca de 1,7 milhão de baianos deixaram seus municípios de origem para viver no estado de São Paulo. Esse dado foi divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através do Censo 2010.
Segundo essa pesquisa, a Bahia se destaca por ter o maior número de residentes não naturais no estado paulista. Em número absolutos, a quantidade de pessoas do estado que vivem em São Paulo corresponde aproximadamente à população das cidades de Feira de Santana (672 mil), Vitória da Conquista (310 mil), Lauro de Freitas (163 mil), Camaçari (242 mil), Candeias (83 mil), Dias D'Ávila (66 mil), São Sebastião do Passé (42 mil), Itaparica (58 mil) e Mata de São (40 mil) juntas.

Depois da Bahia, aparece o estado de Minas Gerais, com 1,6 milhão de mineiros vivendo em São Paulo, e Paraná com 1 milhão. Minas Gerais também tem destaque no Rio de Janeiro, como o estado de maior parcela de residentes não naturais. Junto com a Paraíba e o Ceará, eles alcançam 45,9% do total de migrantes. Historicamente, a região Sudeste foi o principal destino dos nordestinos - 66,6% das pessoas do Nordeste que vivem fora da região migraram para lá.

O Censo 2010 mostra que 35,4% da população brasileira não reside no município onde nasceu, sendo que 14,5% (26,3 milhões de pessoas) moram em outro estado. A Bahia aparece em 2º lugar nas lista dos estados com o maior volume de população natural residindo em outras unidades da federação. Mais de 3 milhões de pessoas que nasceram na Bahia não moram mais aqui. Em 1º lugar aparece Minas Gerais, com 3,6 milhões de pessoas fora do estado, em 3º fica São Paulo, com 2,4 milhões e em 4º o Paraná, com 2,2 milhões.

Segundo o IBGE, a comparação entre os valores de residentes não naturais com o de naturais não residentes mostra que, historicamente, 15 estados vêm apresentando resultados positivos no processo de migração. Ou seja, chegam mais pessoas do que saem. Esse é o caso de São Paulo, que tem apresentado o maior ganho populacional resultante desse processo histórico de migração interestadual, com 5,6 milhões de pessoas.

Já os outros 12 estados tiveram resultados negativos. O número de saídas é maior do que o de chegadas, como é o caso de Minas Gerais e Bahia - estados com histórico de emigração com maior diferença negativa entre naturais não-residentes e não-naturais residentes (ambos com 2,2 milhões de pessoas).

Nordeste
Segundo o Censo 2010, a região Nordeste apresentou o maior número de estados com altos percentuais de imigrantes vindos de outras grandes regiões. Dos seus nove estados, seis apresentaram, em 2010, mais de 50,0% do total de imigrantes de última etapa vindos de outras regiões, destacando-se a Bahia, onde 73,5% de seus imigrantes eram oriundos de outras grandes regiões.

Em relação à chamada migração de data-fixa, que investiga o local de residência do indivíduo cinco anos antes do Censo, observou-se que a região Nordeste foi a única que perdeu população.

Em 2005 e 2010, 1,3 milhão de pessoas deixaram a região, sendo que 828 mil dirigindo-se para o Sudeste e 386 mil fizeram o caminho inverso. Os estados que tiveram as maiores perdas de população no período foram Maranhão e Bahia.

Entre os 4,6 milhões de indivíduos que migraram entre as unidades da federação nos cinco anos antes do Censo, 2,4 milhões eram homens e 2,3 milhões, mulheres. A maior parte era formada por adultos entre 20 e 29 anos (31,5%). Em seguida, vieram os migrantes que tinham entre 30 e 39 anos (19,8%). Em termos gerais, 89% dos migrantes tinham menos de 50 anos e 5% eram idosos, com 60 anos ou mais. (Informações do Correio).