terça-feira, 4 de setembro de 2012

Universidade ilegal pode levar baiana a ser deportada de Londres


 

 

Mais de um ano e meio de preparação e um investimento de mais de R$60 mil podem ter ido por água abaixo para a baiana Camila Alvarez. A relações internacionais estava no segundo mês no curso de mestrado em Marketing que fazia em Londres quando soube que poderia correr o risco de ser deportada, após a London Metropolitan University (LMU), universidade conveniada com a London School of Business & Finance - onde a jovem estuda-, ser descoberta por irregularidades pela UK Border Agency (Agencia de Imigração Britânica).

A faculdade estava sendo investigada há mais de seis meses e aceitava alunos sem visto, estudantes que não falavam inglês e o sistema de controle de presença nas aulas era bastante falho. Um prazo foi concedido à LMU para se regularizar e nada foi feito. Como punição, a universidade perdeu a licença para recrutar alunos estrangeiros e os mais de 2 mil alunos, sendo 35 brasileiros que já estão no país legalmente, terão prazo de 60 dias para serem aceitos por outra instituição, que possa bancar seus vistos, ou deixar o país.
Entre os gastos de Camila com a viagem, estão os R$ 38 mil reais, pagos à vista para a universidade que também podem não ser devolvidos. "A faculdade está evitando falar sobre como o reembolso dos cursos pagos será realizado. No domingo (2), saiu uma matéria no Sunday Times falando que eles estão consultando advogados para determinar quanto eles efetivamente são  obrigados a reembolsar aos alunos, já que eles não se consideram culpados por todo problema que foi causado", contou a baiana.

Apesar de todo o transtorno e o medo de ser mandada de volta para o Brasil, a estudante está tentando conseguir ser aceita em outras universidades. "Como o ano letivo no hemisfério norte começa em Setembro, os períodos de recrutamento de alunos nas universidades já estão fechados, mas com a situação, algumas universidades, por instrução da UKBA, estão sendo flexíveis com os alunos 'desemparados' da LMU. É a única esperança que encontrei. Estou indo visitar as universidades pessoalmente e conversar sobre a minha situação. O grande problema é que não sei quando terei meu dinheiro reembolsado para conseguir pagar a um novo curso e conseguir outro visto", explica.

Matéria original: iBahia