Mais
de um ano e meio de preparação e um investimento de mais de R$60 mil
podem ter ido por água abaixo para a baiana Camila Alvarez. A relações
internacionais estava no segundo mês no curso de mestrado em Marketing
que fazia em Londres quando soube que poderia correr o risco de ser
deportada, após a London Metropolitan University (LMU), universidade
conveniada com a London School of Business & Finance - onde a jovem
estuda-, ser descoberta por irregularidades pela UK Border Agency
(Agencia de Imigração Britânica).
A faculdade estava sendo investigada há mais de seis meses e aceitava alunos sem visto, estudantes que não falavam inglês e o sistema de controle de presença nas aulas era bastante falho. Um prazo foi concedido à LMU para se regularizar e nada foi feito. Como punição, a universidade perdeu a licença para recrutar alunos estrangeiros e os mais de 2 mil alunos, sendo 35 brasileiros que já estão no país legalmente, terão prazo de 60 dias para serem aceitos por outra instituição, que possa bancar seus vistos, ou deixar o país. Apesar de todo o transtorno e o medo de ser mandada de volta para o Brasil, a estudante está tentando conseguir ser aceita em outras universidades. "Como o ano letivo no hemisfério norte começa em Setembro, os períodos de recrutamento de alunos nas universidades já estão fechados, mas com a situação, algumas universidades, por instrução da UKBA, estão sendo flexíveis com os alunos 'desemparados' da LMU. É a única esperança que encontrei. Estou indo visitar as universidades pessoalmente e conversar sobre a minha situação. O grande problema é que não sei quando terei meu dinheiro reembolsado para conseguir pagar a um novo curso e conseguir outro visto", explica. Matéria original: iBahia |