terça-feira, 18 de setembro de 2012

CASAR, PARA QUÊ?

casamento um grande momento
A minha geração aprendeu a ter muito respeito e a entender o casamento como uma instituição que nasceu para desafiar o tempo. Indissolúvel!

Desde a época dos escravocratas, dos senhores de engenho de cana-de-açúcar ou das fazendas do café, o matrimônio era para sempre.

Apesar do dote ser uma prática antiga, herdada dos portugueses, os pais poderosos combinavam o casamento dos seus filhos. As mocinhas infelizes com aquela imposição de amor escravo levavam um belo dote em bens ou dinheiro. Na maioria dos países europeus, esse costume resistiu até o século 19 e em algumas regiões foi ao final da Primeira Guerra Mundial.

O valor sagrado da junção de homens e mulheres ainda durou muito tempo e construiu famílias eternamente felizes, filhos que cresceram na vida sob a proteção e o amor indispensável de pai e mãe. Agora, nos tempos modernos, a união duradoura pelo ato conjugal perdeu a sua sustentabilidade. O fogo da paixão tem dias, horas contadas, fragilizou-se. A atração romântica evapora-se, o amor se derrete instantaneamente na elevada temperatura de desencontros de egos entre parceiros. Na nova sociedade, cerca da metade dos casamentos são desfeitos, segundo dados estatísticos, enquanto as varas de família lotam de casais se conflituam por pensões e guarda dos filhos. E eles, como ficam? Em geral, viram joguetes do ódio e de ressentimentos numa troca interminável de acusações entre os dois outrora enlouquecidos pela fúria do desejo.

uma assainatura que vale uma vida
Aguçou-me a curiosidade para essa escrita uma pesquisa realizada pelo site Separados de Chile, especializado em rompimentos matrimoniais que aponta as profissões mais propensas a levar casais ao divórcio.

Foram analisados para a elaboração desse ranking cerca de 1.150 casos de casais que tiveram problemas de relacionamento, destacando-se a área de saúde como a que registrou o maior número de separações.

Na sequência, surgem os profissionais de comunicação, incluindo jornalistas, publicitários, diretores e produtores de TV.

Para os autores do estudo, essas profissões estão mais vulneráveis pelo contato permanente e direto com o público, além de exigirem longa jornada de trabalho, mais expostos à tentação.


Respeitando a pesquisa, prefiro acreditar que surgiu um novo perfil de família: a famílias dos descasados