Rio de Janeiro- O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse
hoje (16) que situações de ilegalidade foram identificadas durante a
greve de policiais federais no país. Os casos serão analisados e os
envolvidos podem ser punidos com medidas disciplinares e judiciais.
Segundo Cardozo, os abusos foram identificados em aeroportos e estradas,
onde os grevistas fazem as chamadas operações-padrão.
“Temos situações que ultrapassaram o limite da legalidade em alguns
casos, na semana passada, quando, por exemplo, pessoa aposentada foi a
uma unidade de polícia para exercer uma função que não lhe cabe. Isso é,
obviamente, uma ilegalidade”, disse.
Para o ministro, o direito de greve deve ser preservado, desde que
não “crie obstáculos à população” e não extrapole os limites legais.
“Uma coisa é o exercício de um direito, o livre reivindicar, outro coisa
é o abuso do direito”, reforçou.
Sobre as negociações para pôr fim à greve,
Cardozo informou que a pasta colabora com o Ministério do Planejamento,
responsável por apresentar propostas às categorias. “Sem sombra de
dúvida, isso tem que fluir para que cheguemos a bons termos”.
O ministro da Justiça fez as declarações durante o 1º Congresso
Internacional do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério
Público de estados e da União.
A Federação Nacional dos Policiais Federais pede a reestruturação da
carreira e equiparação salarial com os delegados. Com isso, os salários
da categoria, que variam entre R$ 7 mil e R$ 11 mil podem chegar a