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Rafael e Jefferson, suspeitos de matar três, foram tirados da delegacia para morte
Da Redação
Dois
brasileiros, que teriam matado a tiros três bolivianos na segunda,
foram retirados ontem da delegacia de San Matías, na fronteira da
Bolívia com o Brasil, e queimados vivos após serem espancados por cerca
de 400 pessoas.
Os brasileiros brutalmente mortos foram
Rafael Max Dias, de 27 anos, acusado de ter feito os disparos, e o
cúmplice Jefferson Castro Lima, 22. “Eles dispararam contra um grupo de
cinco pessoas, das quais três morreram e uma ficou ferida”, contou
Matias Gil, vice-governador de San Matías. Ele também disse que o crime
foi motivado por um acerto de contas de venda de motos roubadas, e que
os brasileiros eram fugitivos.
A galera invadiu a delegacia armada com
facões, paus, pedras e coquetéis Molotov. “Foi incontrolável, a polícia
não pôde opor nenhuma resistência, mas vamos identificar os
responsáveis e processá-los”, disse o coronel Lily Cortez.
Brasil está ligado no caso
O Consulado do Brasil em Santa Cruz de
La Sierra informou que uma comissão irá recolher informações sobre o
crime. Sergio Ramos, sobrevivente do tiroteio da segunda, disse que
Rafael Max Dias sacou o revólver e começou a atirar nos outros, e que se
salvou porque fingiu estar morto.