Uma reunião com todos os sindicatos de policiais federais do país decidiu nesta quinta-feira que a greve da categoria continua pelo menos até quarta-feira que vem (15), quando está agendada uma reunião com o Ministério do Planejamento. A decisão ainda precisa ser ratificada em assembleias estaduais.
De acordo com a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), o governo já acenou que vai negociar com a categoria, mas não fez nenhuma proposta concreta.
A PF entrou em greve na última terça-feira, e desde então fez operações-padrão em aeroportos, portos e pontes nas fronteiras do país. A emissão de passaportes também está prejudicada. Além dos agentes, estão parados os escrivães e papiloscopistas.
Joel Silva/Folhapress | ||
Passageiros fazem fila na entrada do embarque internacional do aeroporto de Guarulhos (Grande São Paulo) |
Em São Paulo, o sindicato estima que no Estado todo haja uma queda de 30% na emissão de passaportes, cuja média diária é de 2.000.
Apesar disso, a Superintendência da PF em São Paulo disse que haverá pelo menos o "efetivo mínimo" trabalhando no setor de passaportes e que estão sendo remanejadas pessoas para atender o público. Só em junho, a PF em São Paulo emitiu 14.356 passaportes.
Quem já pagou as taxas para a retirada do documento e não for atendido terá de remarcar data para pegar o passaporte, o que pode ser feito pelo site da PF. Apenas passaportes de urgência estão sendo emitidos e só os que já estão prontos serão entregues.