Representantes da comunidade quilombola Rio dos Macacos, no
município de Simões Filho (Grande Salvador), estão ocupando a sede do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro
Administrativo da Bahia (CAB), desde o início da tarde desta
quinta-feira, 26.
Eles insistem que só sairão quando receberem do Incra cópia do
relatório técnico de identificação e delimitação, documento que
classifica a área que a comunidade Rio dos Macacos habita como
remanescente de quilombo.
Os moradores travam uma disputa judicial pela posse da terra com a
Marinha do Brasil. Nesta quinta, o superintendente regional do Incra na
Bahia, Marcos Nery, confirmou que
os estudos desenvolvidos sobre aquela área concluíram que se trata de um território quilombola.
os estudos desenvolvidos sobre aquela área concluíram que se trata de um território quilombola.
Entretanto, o relatório só será publicado nos diários oficiais da
União e do Estado após ser apreciado pelo presidente nacional do Incra,
Carlos Guedes e Guedes – o documento já está protocolado em Brasília. “A
cópia que eles querem não pode ser entregue, antes de passar por esse
trâmite interno”, explicou Marcos Nery.
Urgência - “Os servidores do Incra estão em greve,
mas um grupo de funcionários mobilizou-se para concluir o relatório, por
conta do caráter de urgência da questão”, completou.
Apesar da colocação do superintendente, Joice Bonfim, da Associação
de Advogados dos Trabalhadores Rurais, que acompanha os moradores da
comunidade, confirmou que informes da situação já foram encaminhados a
alguns organismos internacionais.