quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mesmo com greve, alunos do 3º ano da rede estadual terão aula, diz Secretaria

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Aulas de reforço com foco no Enem e nos vestibulares estão previstas




Da Redação

Os estudantes do 3º ano do ensino médio terão aula mesmo com a greve dos professores da rede estadual. A Secretaria de Educação do Estado da Bahia informou na tarde desta quarta-feira (13) que um pacote de medidas está sendo preparado para evitar que os alunos não sejam ainda mais prejudicados.

Aulas de reforço com foco no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos vestibulares estão previstas. O cronograma de aulas ainda não foi divulgado. A paralisação dos professores completou 64 dias nesta quarta.

Ao todo, 732 mil estudantes continuam sem aula, o que corresponde a 66% de todos os alunos da rede. A greve começou no dia 11 de abril e 45 dias letivos foram perdidos. A legislação obriga o estado a cumprir, no mínimo, 800 horas de aula distribuídas em 200 dias.

Em assembleia realizada na manhã de hoje, os docentes decidiram manter a greve. Depois da reunião, eles saíram em passeata da Assembleia Legislativa, no CAB, até a sede da Secretaria de Educação. Os professores entraram na sede da secretaria e cantaram músicas de protesto pelos corredores durante cerca de 20 minutos.

A categoria reivindica o pagamento do aumento pleiteado de 22% ao longo de 2012, desde que este valor seja válido para todos os professores - de todos os níveis, incluindo aposentados e probatórios. Uma nova assembleia para avaliar os rumos da greve está marcada para a próxima terça-feira (19).


Docentes realizaram assembleia na terça-feira (Foto: Patrick Silva/Revista Lupa)


Salários cortados

Ainda ontem, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, suspendeu a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) que orientava o pagamento dos salários dos professores grevistas.

Na sexta-feira passada (8), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou seguimento à suspensão da liminar da Procuradoria Geral do Estação (PGE) e, com isso, manteve a decisão da desembargadora Lícia Laranjeira que determina o pagamento dos salários cortados.

A PGE entendeu que a liminar deferida pelo TJ tinha conteúdo contraditório em relação à decisão anterior, também do TJ, que manteve os efeitos da declaração de ilegalidade da greve na rede pública de ensino do Estado, decidida pela 5ª Vara da Fazenda Pública da Bahia