Salvador - A greve dos
professores estaduais na Bahia chega quarta-feira a 57 dias de duração, batendo
o recorde anterior de tempo de paralisação da categoria, de 56 dias, registrado
em 2007 - o primeiro ano de governo do atual chefe do executivo baiano, Jaques
Wagner (PT). Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, os docentes
decidiram pela manutenção do movimento. A próxima assembleia está marcada para o
dia 12. Cerca de 1,1 milhão de alunos estão sem aulas no Estado por causa da
greve.
Os professores reivindicam reajuste linear imediato de 22,22% nos salários da categoria. O governo, que afirma não ter condições orçamentárias de atender ao pleito, concedeu o índice apenas aos docentes que não têm curso superior, para que o salário deles atingisse o piso nacional da categoria. Para os que têm curso superior - e que já ganhavam mais que o piso -, o reajuste aprovado foi o mesmo que abrangeu todo o funcionalismo estadual, 6,5%.
Para evitar que a paralisação batesse o recorde de dias, o governo abriu mão de uma de suas condições, a de não negociar durante a greve - que já foi considerada ilegal pela Justiça -, e apresentou segunda-feira nova proposta para os professores: a antecipação das progressões de carreira para a categoria, inicialmente previstas para novembro de 2013 e de 2014, para novembro deste ano e abril do ano que vem. Somadas aos 6,5% já aprovados, as progressões resultariam, segundo o governo, em reajustes de 22% a 26% nos vencimentos dos professores até abril.
A proposta foi rejeitada na assembleia desta terça-feira, que reuniu cerca de 1,5 mil professores, apesar de o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, ter considerado "um avanço" o governo ter feito uma proposta durante a greve. "Apesar disso, a proposta não atende às nossas reivindicações", justificou.
Para o governador, a manutenção da greve "é inexplicável" e causa "tristeza e indignação". "O que mais me assombra é eles decidirem que a próxima assembleia será somente daqui a uma semana", diz. "Os alunos que eles estão prejudicando são os mais carentes da sociedade, que vão prestar vestibular, e eles tiram uma semana de aula assim, de graça?". De acordo com Wagner, os professores estão agindo com "descaso" com os estudantes. "Quando fui sindicalista, a gente tinha assembleias permanentes, de manhã, de tarde e de noite, buscando saber se tinha novidades, se tinha avanços", afirma. "Não há direito a salário maior que o direito às aulas, que os alunos precisam".
Os professores reivindicam reajuste linear imediato de 22,22% nos salários da categoria. O governo, que afirma não ter condições orçamentárias de atender ao pleito, concedeu o índice apenas aos docentes que não têm curso superior, para que o salário deles atingisse o piso nacional da categoria. Para os que têm curso superior - e que já ganhavam mais que o piso -, o reajuste aprovado foi o mesmo que abrangeu todo o funcionalismo estadual, 6,5%.
Para evitar que a paralisação batesse o recorde de dias, o governo abriu mão de uma de suas condições, a de não negociar durante a greve - que já foi considerada ilegal pela Justiça -, e apresentou segunda-feira nova proposta para os professores: a antecipação das progressões de carreira para a categoria, inicialmente previstas para novembro de 2013 e de 2014, para novembro deste ano e abril do ano que vem. Somadas aos 6,5% já aprovados, as progressões resultariam, segundo o governo, em reajustes de 22% a 26% nos vencimentos dos professores até abril.
A proposta foi rejeitada na assembleia desta terça-feira, que reuniu cerca de 1,5 mil professores, apesar de o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, ter considerado "um avanço" o governo ter feito uma proposta durante a greve. "Apesar disso, a proposta não atende às nossas reivindicações", justificou.
Para o governador, a manutenção da greve "é inexplicável" e causa "tristeza e indignação". "O que mais me assombra é eles decidirem que a próxima assembleia será somente daqui a uma semana", diz. "Os alunos que eles estão prejudicando são os mais carentes da sociedade, que vão prestar vestibular, e eles tiram uma semana de aula assim, de graça?". De acordo com Wagner, os professores estão agindo com "descaso" com os estudantes. "Quando fui sindicalista, a gente tinha assembleias permanentes, de manhã, de tarde e de noite, buscando saber se tinha novidades, se tinha avanços", afirma. "Não há direito a salário maior que o direito às aulas, que os alunos precisam".