sábado, 19 de maio de 2012

PROFESSORES AOS PÉS DO SENHOR DO BOMFIM


'Nós queremos apoio dos orixás', afirma coordenador geral do movimento. Categoria está em greve há 38 dias. Eles pedem reajuste geral de 22,22%.

Reprodução/TV Bahia

Foto: Reprodução/TV Bahia


Acorda Cidade
 
Os professores estaduais, em greve mais de um mês, realizaram caminhada nas ruas da Cidade Baixa, em Salvador, durante a manhã desta sexta-feira (18). Eles se reuniram no Largo dos Mares e, com faixas e jarros de água de cheiro, puxadas por uma ala das alas das baianas, seguiram pelas avenidas da Cidade Baixa em direção à Igreja do Senhor do Bonfim.
 
"Nós queremos apoio dos orixás, queremos apoio dos protestantes, da igreja adventista de todos que queiram lutar por educação pública de qualidade e que se preocupem com as crianças que estão sem aula", afirma o coordenador-geral Rui Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), que mobiliza o movimento. No fim da manhã, o cortejo chegou ao templo mais famoso de Salvador, onde cantaram o hino do Senhor do Bonfim. A chuva acompanhou o cortejo durante todo o percurso.
 
A categoria está em greve 38 dias.  Os profissionais da educação da Bahia pedem reajuste de 22,22% para todos os níveis da categoria. O governo, no entanto, afirma que irá seguir o projeto que enviou e foi aprovado pela Assembleia Legislativa: reajuste de 6,5% para todos os professores (assim como para os servidores estaduais) e 22% apenas para aqueles que dão aulas no ensino médio. A greve foi considerada ilegal pela Justiça, quando o ponto dos grevistas foi cortado.
 
Na quinta-feira (17), a Secretaria de Educação da Bahia comunicou que o Governo pagaria os salários cortados aos professores em greve caso os professores se comprometam a retornar imediatamente às atividades. Rui Oliveira, por outro lado, diz que a categoria não irá aceitar acordo que não contemple a negociação dos 22,22% de reajuste salarial. "A greve continua. Nós não iniciamos para devolver salário. É uma forma de intimidação. O governo confiscou o salário indevidamente", afirma Rui Oliveira. As informações são do G1.