30/04/2012 às 23:31
Henrique Mendes
A aposentada Maria José Mira, 66 anos, moradora do município de
Lauro de Freitas (Grande Salvador), destinou durante anos cerca de
R$150 do seu salário para comprar medicamentos que tratam a hipertensão e
a diabetes. Há pouco mais de um ano, entretanto, após uma recomendação
do seu médico, descobriu que poderia obter 100% de economia nestes
gastos indo à uma Farmácia Popular.
Além de constatar a gratuidade dos remédios que combatem os altos
níveis de pressão e glicemia, a aposentada também descobriu que poderia
obter uma lista de outros medicamentos com descontos de até 90%. Mesmo
mantendo gastos representativos com outros remédios que não estão
inclusos na relação de produtos vendidos nesta rede de farmácias, Maria
José Mira afirma que agora fecha as contas do mês sem grandes apertos.
"Se é nosso direito, vamos desfrutá-lo da melhor forma possível",
aconselha.Em funcionamento desde 2004, as Farmácia Populares foram criadas pelo Governo Federal para ampliar o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais no tratamento das doenças mais prevalentes no país.
De acordo com a farmacêutica Leila Sampaio Andrade, que atua em uma unidade da rede na Universidade Federal da Bahia (Ufba), campus Canela, a relação de medicamentos vendidos atende a um perfil epidemiológico da população brasileira, traçado pelo Ministério da Saúde.
"Com o auxílio de pesquisadores de universidades de todo o país e com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o órgão federal indentificou as doenças de maior prevalência de norte a sul do Brasil e destacou os medicamentos de necessidade mais frequente", explicou Leila Sampaio.
Como exemplos de remédios de necessidade assídua, a farmacêutica cita aqueles que tratam doenças de origem infecciosa, controlam o colesterol, protegem o estômago e o instestino, combatem a asma, tratam inflamações e hidratam as vias orais.