Após a aprovação do projeto de
lei que reajusta as remunerações dos profissionais do magistério, o
secretário de Educação do Estado, Osvaldo Barreto, voltou a fazer um apelo aos
professores da rede estadual para que a “normalidade seja retomada” e lembrou
que os grevistas terão o ponto cortado. O pedido para que os docentes voltem às
aulas, feito durante o programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM 102.5,
nesta quarta-feira (25), ocorre pouco menos de duas horas antes da reunião entre lideranças
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) que deve
decidir os rumos da greve no estado. No 16ª dia de paralisação na Bahia, Barreto
admitiu que o movimento já provoca “prejuízos imensos” ao estudantes da rede
estadual de ensino, mesmo com a organização de um novo calendário para reposição
das aulas. O secretário tentou sensibilizar a categoria quanto à
“impossibilidade” de concessão do reajuste linear. “O motivo maior da greve,
creio eu, não são os cinco mil professores de nível médio, mas a linearização
dos 22%. [...] Mas isso não tem o menor cabimento, esse reajuste linear custaria
R$ 812 milhões aos cofres públicos e não cabe no orçamento do governo”,
reiterou. Para os docentes, insatisfeitos com o
resultado da votação desta terça (24), o titular da Educação assegurou
“progressão para a carreira de professor licenciado, sem concurso, na medida em
que eles concluam o curso superior”.