Composta por três hospitais, a rede de saúde privada em Feira de Santana tem sido motivo de críticas e contestações por muitos usuários. Na manhã de ontem (22), a nossa reportagem recebeu a denúncia de uma professora, informando sobre o atraso no atendimento de alguns hospitais da cidade.
Das reclamações mais presentes, a educadora citou a demora no atendimento das emergências e ambulatórios. “É uma vergonha, eu precisei ir à emergência há poucos dias e demorei horas, cheguei às sete e meia da manhã e fiquei até as dez para o médico avaliar e ser medicada, se fosse uma coisa mais grave, teria morrido”, desabafou.
Além da educadora, a dona de casa Júlia Pinheiro também lamenta o tipo de atendimento ambulatorial dos hospitais. “Não dá para aceitar o que fazem com os pacientes dos hospitais particulares em Feira, saúde é uma coisa séria, não devem brincar, pois a maioria das vezes que preciso ser atendida, se a consulta está marcada para ás 8h, nós só conseguimos sair ás 12h do consultório e existem algumas vezes que entra pela tarde e nós ainda aguardando ser chamada, isso é uma falta de respeito como ser humano”, contou a dona de casa.
Demora na marcação
Para ter mais conhecimento das reclamações recebidas, a nossa reportagem foi a um dos hospitais da rede privada e observou a presença de várias pessoas desejando marcar consulta. “Mandaram eu vim que a marcação seria hoje, mas ao chegar fui informada que não tinha mais vaga, já tinha encerrado”, contou a professora Sandra Freitas.
Segundo a dona de casa Júlia, o atendimento nos hospitais particulares em Feira está semelhante ao SUS. “Nós pagamos caro por um plano de saúde para ter um atendimento melhor, outras pessoas pagam um valor altíssimo por uma consulta e não nos atendem bem, demoramos um século na fila”, comentou, acrescentando, “além da demora na fila, existe também a demora estúpida para se conseguir uma vaga para o médico que procuramos,digo no caso de neuro que levam até dois meses para marcar uma consulta”, acrescentou Júlia.
Concordando com a dona de casa, a estudante Gisele Farias, também avalia de forma negativa dos hospitais particulares de Feira, ela acredita que para melhorar, é necessário que os usuários do serviço adotem uma atitude. “Às vezes precisamos do atendimento, mas não sabemos impor, somos destratados, pessoas conhecidas deles passam a nossa frente, vaga nós nunca encontramos e ficamos calados”, observa a estudante, completando, “o povo só sabe falar do mau atendimento, na demora do hospital público de Feira,mas o particular não deve muito não”, disse Gisele.
Clécia Rocha
Jornalista em Formação
