quinta-feira, 26 de maio de 2016

Sem ministras, Brasil perde 22 posições em ranking de igualdade de gênero

  • 25 maio 2016
Temer e ministrosImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionTemer escolheu apenas homens para os ministérios
A ausência de mulheres no comando de ministérios do governo do presidente interino Michel Temer pode levar o Brasil a despencar 22 posições no ranking de igualdade de gênero do Forum Econômico Mundial.
O ranking, conhecido como Índice Global de Desigualdade de Gênero, é publicado anualmente - a próxima edição deve ser divulgada no segundo semestre deste ano.
A pedido da BBC Brasil, a organização calculou o impacto imediato de um gabinete composto somente por homens na posição do Brasil na lista, e constatou que este cairia da 85ª posição para a 107ª no cômputo geral.
Se todos os outros parâmetros se mantivessem estáveis, "somente a mudança no gabinete faria a posição do Brasil despencar de 85 para 107 dentre os 145 países, e no nosso sub-índice de Empoderamento Político de 89 para 139" afirmou Saadia Zahidi, chefe para Iniciativas de Gênero e Emprego do Fórum.
A queda relativamente brusca se deve ao fato de ser raro, atualmente, um país não possuir pelo menos uma mulher dirigindo um ministério. "Observamos todos os países do nosso estudo e há apenas quatro onde existem mais mulheres do que homens em posições ministeriais, por outro lado, há também apenas cinco onde o número de mulheres ministras é zero".
Tomando-se por base os dados citados por Zahidi, o Brasil entraria para o seleto clube dos países sem ministras ao lado de Brunei, Hungria, Arábia Saudita, Paquistão e Eslováquia.

Estudo

O Índice Global de Desigualdade utiliza dados de pesquisas de percepção e de análises cedidos por várias organizações internacionais (como a Organização Internacional do Trabalho, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial da Saúde) para avaliar a situação das mulheres na sociedade, subdividindo-se em categorias como Participação Econômica e Oportunidade; Conquista Educacional; Saúde e Sobrevivência; e Empoderamento Político.
É nesse último quesito em que a ausência de mulheres no gabinete de governo tem maior impacto - fazendo o Brasil cair 50 posições. O cálculo leva em conta números atualizados e fornecidos pela União Interparlamentar, organização que agrega dados de governos do mundo todo.
ProtestoImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionProtesto de mulheres contra o governo Michel Temer
A fórmula que avalia o nível de Empoderamento Político baseia-se na quantidade de mulheres para homens em posições ministeriais e no Parlamento. Também é levado em consideração o tempo que o cargo mais alto do país (presidência ou primeiro ministro) permaneceu ocupado por mulheres nos últimos 50 anos.
No relatório do ano passado - em que aparece na 85ª colocação geral - o Brasil teve bom desempenho nos quesitos Conquista Educacional e Saúde e Sobrevivência atingindo a pontuação máxima de igualdade. Decepcionou, porém, nos outros dois quesitos, Participação Econômica e Oportunidades e Empoderamento Político.
"O Brasil regrediu levemente, caindo 14 posições desde 2014. Isso se dá possivelmente porque houve queda no número de mulheres em posições de ministérios (de 26% para 15%)", afirma o documento.
Entre 1990 e 2015, o Brasil teve 34 ministras. Dessas, 18 estiveram à frente de pastas durante o período em que Dilma Rousseff foi presidente (2011-2016), de acordo com dados publicados pela estatal de comunicações EBC.

Mulheres no poder

Para Zahidi, a ausência de mulheres no poder é sintoma da falta de políticas que estimulem oportunidades iguais - e não da falta de capital humano.
"Já faz muito tempo que a América Latina superou a discrepância educacional entre homens e mulheres. Há 20, 30 anos, em alguns países elas já eram a maioria a se formar em universidades (…) Essa força de trabalho extremamente hábil são mulheres de 40 e 50 anos, que não ocupam posições de liderança."
"Então, alguma coisa deu errado no meio do caminho. Elas não foram integradas em posições de liderança como deveriam ter sido, considerando o potencial que representam".
"As mudanças que precisavam acontecer nas estruturas institucionais simplesmente não aconteceram. O ambiente de políticas necessárias não aconteceu", lamenta.

Dividendos da diversidade

Zahidi aponta para pesquisas que revelaram que "a desigualdade (entre gêneros) é menor em países onde mais mulheres estão engajadas em tomadas de decisões políticas".
"Além disso, estudos mostraram que mulheres tendem a defender investimentos em áreas diferentes do que homens, produzindo resultados mais democráticos na distribuição de recursos", afirma.
"Isso é semelhante ao chamado 'dividendo da diversidade' em negócios, quando equipes tomam decisões melhores por meio de uma variedade de perspectivas", explica Zahidi.
Um estudo da empresa de consultoria McKinsey divulgado em janeiro de 2015 revelou que empresas com uma força de trabalho mista, composta de homens e mulheres de diferentes raças, registram lucros 35% superiores às empresas onde não há o "dividendo da diversidade".
"Nas nossas pesquisas notamos a correlação entre a representação política de mulheres fortes e o aumento na participação de mulheres na força de trabalho, por vezes devido a um efeito de 'modelo', que inspira meninas e mulheres a se tornarem engajadas em ambas atividades políticas e econômicas", concluiu Zahidi.
Foto: EnamatImage copyrightFOTO: ENAMAT
Image captionFlavia Piovesan assumirá secretaria que ficará sob guarda-chuva do Ministério da Justiça

Polêmica

Assim que anunciou seu gabinete, Temer foi criticado pela ausência de mulheres.
Diversas personalidades do mundo artístico foram sondadas para a pasta da Cultura - "rebaixada" para Secretaria - e teriam se recusado a ocupar a posição.
Ela acabou sendo assumida por Marcelo Calero, depois de recuperar o status de Ministério.
Entre as poucas mulheres que acabaram com cargos importantes no governo estão a executiva Maria Silvia Bastos, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, designada para a chefia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES; a Chefe do Gabinete Presidencial, Nara de Deus, e Secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan.
Em entrevista à BBC Brasil Piovesan ressaltou que "nunca houve antes uma mulher no BNDES", e que isso seria um meio "muito importante para o exercício do poder". Mas reconheceu que era pouco apenas a presença de ambas no governo. "Claro. Tem que avançar e espero que avancemos".

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Campeonato Brasileiro – Série A – 3ª Rodada


25/05/2016 19:30 (Qua) Botafogo-RJ x Atlético-PR Mário Helênio
25/05/2016 19:30 (Qua) Figueirense-SC x Santos-SP Orlando Scarpelli
25/05/2016 21:00 (Qua) América-MG x Vitória-BA Independência
25/05/2016 21:00 (Qua) Flamengo-RJ x Chapecoense-SC Raulino de Oliveira
25/05/2016 21:45 (Qua) Palmeiras-SP x Fluminense-BA Allianz Parque
25/05/2016 21:45 (Qua) Santa Cruz-PE x Cruzeiro-MG Arruda
25/05/2016 21:45 (Qua) Coritiba-PR x São Paulo-SP Couto Pereira

O dia do Corpo de Deus

Amanhã será  o dia do Corpo de Deus . O  dia dedicado a Deus. Um dia muito importante.
Em muitas  Paróquias, os fieis vao as ruas confeccionam tapetes, deixando o lugar que passará o corpo de Deus muito bonita.
Em Santo Estevão, pastorais e movimentos, estarão nas  ruas por volta das 04 horas da manhã, fazendo uma grande festa.
O pessoal do TLC também estarão por lá, fazendo o seu tapete, e ajudanto a todos

Ato de Temer fere Lei de Responsabilidade, diz Câmara

    Um parecer técnico da Câmara de Deputados defende que a primeira medida provisória de Michel Temer apresenta "incompatibilidades" com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a Constituição. De acordo com a coluna Painel da Folha de S. Paulo, o estudo aponta que a criação dos ministérios da Transparência e do Gabinete de Segurança exigiria "prévia dotação" e "autorização específica" da lei de diretrizes orçamentárias.
    Além disse, o parecer técnico indica que não há estimativa do impacto financeiro, nem demonstração de recursos para custeio.
    O governo contesta essa avaliação. Contudo, o documento servirá de subsídio para a tramitação da medida na Câmara.

    terça-feira, 24 de maio de 2016

    Sancionada lei que obriga farol baixo na estrada durante o dia

    24/05/2016 12h44 - Atualizado em 24/05/2016 17h06

     

    Multa de R$ 85 e 4 pontos começa a ser aplicada em 45 dias, diz governo.
    Regra vale para todos os veículos; antes, luz só era exigida de dia em túnel.

    Do G1, em São Paulo
    Rodovia Ayrton Senna tem tráfego lento do km 21 ao km 11, sentido São Paulo, devido ao excesso de veículos. (Foto: Reprodução/Ecopistas)Lei torna obrigatório trafegar com farol aceso em estradas durante o dia (Foto: Reprodução/Ecopistas)
    O presidente em exercício Michel Temer sancionou a lei que torna obrigatório rodar em estradas com o farol baixo aceso durante o dia. A mudança no Código Brasileiro de Trânsito (CTB) foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24) e, segundo o Ministério das Cidades, começa a valer em 45 dias, que é o prazo para os cidadãos se adaptarem às novas regras.
    Temer vetou o artigo que dizia que a medida entrava em vigor na data da publicação por considerar que "sempre que a norma possua grande repercussão, deverá ter sua vigência iniciada em prazo que permita sua divulgação e conhecimento". O veto será submetido ao Congresso.
    Até então, o uso de farol só era exigido para todos os veículos durante a noite e em túneis, independentemente do horário do dia. Para as motos, o uso das luzes já era obrigatório durante o dia e a noite.
    Multa e 4 pontos na CNH
    O descumprimento será considerado infração média, com multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação. O valor subirá em novembro deste ano, assim como o de outras multas.

    O projeto de lei foi proposto pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), e relatado por José Medeiros (PSD-MT) no Senado. O parlamentar considerou que a imposição pode “aumentar” a segurança nas estradas.
    “Trata-se da imposição de um procedimento bastante simples e de baixo custo que poderá aumentar a segurança nas estradas e assim contribuir para a redução da ocorrência de acidentes frontais nas rodovias e, consequentemente, salvar inúmeras vidas”, defendeu Medeiros.
    Valor das multas subirá
    Antes de ser afastada para o julgamento do impeachment, Dilma Rousseff sancionou, em abril, medidas que endurecem as punições para infrações de trânsito. O valor das multas subirá entre 52% e 66% em novembro deste ano.

    Além disso, a punição para o motorista que for flagrado falando ou "manuseando" o telefone passará de média para gravíssima.

    Enem 2016 tem 9,2 milhões de inscritos; boleto vence dia 25

    O Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) 2016 teve 9.276.328 de participantes inscritos. O prazo se encerrou na sexta-feira (20). Agora, quem se inscreveu tem até quarta-feira (25) para pagar o boleto com a taxa de R$ 68 e ter sua participação confirmada. Na história do exame, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número alcançado neste ano é o segundo maior, ficando atrás apenas de 2014, quando 9,4 milhões se inscreveram. Em 2015 foram 8,4 milhões de inscritos, dos quais 7,7 milhões confirmaram as inscrições (com o pagamento do boleto ou obtenção da isenção da taxa). Ao fim daquele ano, 5,7 milhões fizeram as provas do exame. O ministro Mendonça Filho disse, em entrevista coletiva, que as restrições orçamentárias não afetarão a realização do Enem. Ele afirmou ainda que prevê a abertura de novas vagas do Pronatec e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ainda no segundo semestre. Segundo Mendonça, a equipe técnica do ministério ainda realiza levantamento para avaliar o recurso disponível para os programas.

    Marinha abre novo concurso com 96 vagas; salário é de R$ 8.800

    A Marinha do Brasil está com as inscrições abertas para um concurso público para a admissão de 94 médicos, em diversas especialidades, no Corpo de Saúde da Marinha. além de duas vagas para a área de jurisdição do Comando do 2º Distrito Naval, no Comércio. Os cadastros podem ser feito pelosite da Marinha até o dia 30 de junho. A taxa de inscrição é de R$80. Os interessados devem ser brasileiros nato, de ambos os sexos e ter menos de 36 anos de idade, dentre outros requisitos previstos em Edital. Após a aprovação em todas as etapas do Concurso, os alunos realizarão o Curso de Formação de Oficiais (CFO) na cidade do Rio de Janeiro. A remuneração é de cerca de R$ 8.800,00 (soldo mais gratificações), além de benefícios como alimentação, alojamento, auxílio-fardamento e assistência médica-odontológica, psicológica, social e religiosa. As áreas para este ano são: Alergologia(1), Anestesiologia(2), Cancerologia(1), Cardiologia(8), Cirurgia Cardíaca(1), Cirurgia Geral(6), Cirurgia Plástica(3), Clínica Médica(7), Cirurgia Torácica(1), Cirurgia Vascular(1), Endocrinologia(2),Fisiatria(1),Gastroenterologia(1),Geriatria(2), Ginecologia e Obstetrícia(3), Hematologia(2),  Infectologia(1), Medicina Intensiva(2), Medicina Nuclear(1), Nefrologia(2) Neurocirurgia(1), Neurologia(3), Oftalmologia(2), Ortopedia e Traumatologia(8), Otorrinolaringologia(4), Patologia(2), Pediatria(6), Pneumologia(3), Psiquiatria(6), Radiologia(7), Radioterapia(1), Reumatologia(1) e Urologia(2). Além destas vagas, foram disponibilizadas 02 vagas com âmbito regional deste Distrito: Ginecologia e obstetrícia(1) e Ortopedia e Traumatologia(1).

    Polícia Federal cumpre a 30ª fase da Operação Lava Jato

    A Polícia Federal (PF) cumpre, desde a madrugada desta terça-feira (24), a 30ª fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e em São Paulo. Serão cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 28 de busca e apreensão e 9 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. A ação foi batizada de "Operação Vício". De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), esta fase investiga a possibilidade de pagamentos de R$ 40 milhões em propina a partir de contratos fraudulentos da Petrobras com fornecedoras de tubo, que chegam a R$ 5 bilhões. As fraudes ocorreram entre 2009 e 2013, conforme o MPF. Os procuradores afirmam que há indicativos da participação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-diretor de Serviço e Engenharia da estatal Renato Duque. Ambos estão presos e têm condenação em decorrência da Lava Jato.

    Em Santo Estevão: Feliz Aniversário, Joice Gomes!!!

    Muitas felicidades, paz, saúde e sucesso!!!
    Te desejamos nesta data especial, que as maravilhas de Deus seja uma constante na sua vida.

    UFRB abre concurso com mais de 35 vagas; salários chegam a R$ 8.639,50


    Redação iBahia
      
    A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) abre nesta segunda-feira (16) as inscrições para um concurso com 35 vagas para profissionais que vão atuar nos Centros de Ciências da Saúde (CCS), no município Santo Antônio de Jesus. Os cadastro podem ser feitos pelo site da UFRB até o dia 17 de junho de 2016.
    Os salários dos professores variam de R$ 2.018,77 a R$ 8.639,50. Este concurso é composto de Provas Escrita ou Escrita/Prática, Didática (aula pública), de Títulos e Defesa de Memorial. A previsão é de que as avaliações iniciem em 29 de julho de 2016. 
    (Foto: Divulgação)
    As oportunidades estão distribuídas entre as áreas de Enfermagem na atenção a saúde do adulto e do idoso. Confira a lista:
    Abordagem clínica e cirúrgica/ Práticas do Cuidado em Saúde (2 vagas), Enfermagem na atenção a saúde mental/Práticas do Cuidado em Saúde (1 vaga), Fundamentos teórico e técnicos para o cuidar em enfermagem II/ Práticas do Cuidado em Saúde (2 vagas), Fundamentos teórico e técnicos para o cuidar em enfermagem I/ Práticas do Cuidado em Saúde (1 vaga), Vivência Multiprofissional: práticas em Saúde da Família/ Saúde Coletiva (1 vaga), Atenção Básica à Saúde/ Saúde Coletiva (1 vaga), Problemas de Saúde na Mulher e na Gestação/ Práticas do Cuidado em Saúde (1 vaga), Problemas de Saúde na Mulher e na Gestação/ Práticas do Cuidado em Saúde (1 vaga), Atividade Prática em Saúde da Família/ Práticas do Cuidado em Saúde (6 vagas), Problemas de Saúde na Infância e na Adolescência/ Práticas do Cuidado em Saúde (2 vagas), Práticas em Média Complexidade/ Práticas do Cuidado em Saúde (2 vagas), Saúde Mental/ Práticas do Cuidado em Saúde (1 vaga), Saúde Mental/ Práticas do Cuidado em Saúde (1 vaga), Estudo, pesquisa e extensão no campo da Saúde Coletiva em contextos comunitários, Educação em Saúde/ Saúde Coletiva (1 vaga), Cultura e Sociedade; Processo de Apropriação da Realidade II/ Saúde Coletiva (1 vaga), Saúde, cuidado e qualidade de vida; Processo de Apropriação da Realidade IV/ Saúde Coletiva (2 vagas), Estado e Política de Saúde; Processo de Apropriação da Realidade V/ Saúde Coletiva (2 vagas), Comunicação e Educação em Saúde; Processo de Apropriação da Realidade V/ Saúde Coletiva (1 vaga).

    Perda de Cunha e Jucá enfraquece governo Temer no Congresso Nacional


    A perda de dois 'generais' no Congresso Nacional em menos de 18 dias representa uma maré não muito boa para o governo interino do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Antes, Eduardo Cunha foi afastado do mandato de deputado federal e consequentemente do comando da Câmara Federal e agora, Romero Jucá, senador e presidente do PMDB, cai após divulgação de conversa em que fala em pacto para conter avanço da Operação Lava Jato.
    Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, a agenda Temer perderá velocidade no Congresso com o enfraquecimento dos dois peemedebistas e ficará mais difícil aprovar uma pauta econômica ambiciosa. Em conversas reservadas com aliados de sua confiança, o próprio ex-ministro do Planejamento reconheceu que, uma vez fora da Esplanada, terá menos poder para influenciar votações polêmicas.
    Amigos não gostaram de ver Jucá rifado pelo Planalto logo na primeira tempestade. E alertam: deixar o aliado no sereno não parece uma boa estratégia para quem quer ver o impeachment definido no Senado. Enquanto Jucá ardia na fogueira da crise, um importante banqueiro vaticinava: “A lua de mel acabou”. O mercado financeiro, fã de previsibilidade, está roendo as unhas. Vê Sérgio Machado como o homem-bomba do PMDB. Teme que ele implique Renan Calheiros e elimine mais um alto oficial do QG peemedebist

    segunda-feira, 23 de maio de 2016

    Menos de duas semanas depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o governo interino de Michel Temer foi atingido por sua primeira bomba relacionada à operação Lava Jato.




    • Há 6 horas
    Romero JucáImage copyrightAGENCIA BRASIL
    Menos de duas semanas depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o governo interino de Michel Temer foi atingido por sua primeira bomba relacionada à operação Lava Jato.
    O jornal Folha de S. Paulo divulgou nesta segunda-feira trechos de conversas entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, que sugerem o uso do impeachment como forma de trocar o comando do país para conter as investigações de corrupção.
    O trecho mais grave das conversas relevadas pelo jornal é o momento em que Jucá diz que "tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria". Segundo a reportagem, a fala se refere à Lava Jato, que investiga os dois interlocutores da conversa, Jucá e Machado.
    Jucá negou as acusações, dizendo que falava não de uma interferência na Lava Jato, mas sim em estancar "a paralisia do Brasil, estancar a sangria do desemprego, separar (os políticos) que têm culpa dos que não têm culpa".
    No entanto, a Folha de S. Paulo divulgou os áudios apontando que Jucá não falava sobre economia na conversa.
    Além disso, a conversa sugeriria a necessidade de realizar um "pacto", inclusive com o Supremo Tribunal Federal, para delimitar o alcance da operação. Sob pressão, Jucá anunciou no fim da tarde que se licenciará do Ministério do Planejamento a partir desta terça para que o caso seja esclarecido, e que retornará caso seja "reconvidado" por Temer.
    Segundo a Folha, os diálogos foram gravados de forma oculta, em março, portanto antes de a abertura de processo de impeachment contra Dilma ter sido autorizada pela Câmara, em 17 de abril, e confirmada pelo Senado, em 12 de maio. A reportagem diz que os áudios estão em posse da Procuradoria-Geral da República (PGR) - a assessoria da instituição informou que não comentaria o assunto.
    Entenda abaixo os trechos mais importantes da conversa entre Jucá e Machado e quais seu significados e possíveis consequências políticas.

    Impeachment como pacto para conter Lava Jato

    Em determinado trecho da conversa revelada pela Folha, Jucá diz que "tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria", em aparente referência à operação Lava Jato. Os trechos transcritos pela reportagem indicam que essa fala foi dita quando ambos discutiam o risco de novas delações premiadas que poderiam comprometer o PMDB.
    Em outro trecho, Jucá acrescenta que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional "com o Supremo, com tudo". Machado então responde: "aí parava tudo". "É. Delimitava onde está, pronto", resume o ministro, a respeito das investigações.
    Para Renato Perissinoto, professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a revelação desses diálogos pode aumentar a pressão para que o STF julgue o mérito do processo de impeachment, ou seja, se manifeste sobre se há fundamento jurídico para a cassação de Dilma. Até o momento, a maioria dos ministros tem sinalizado que a Corte deve se limitar a interferir para garantir a legalidade do rito do processo.
    "Claro que isso torna esse governo, do ponto de vista da legitimidade, ainda mais fraco", afirma o professor.
    Segundo Rafael Cortez, analista político da Consultoria Tendências, a conversa de Jucá e Machado certamente será usada pelos apoiadores do retorno de Dilma como forma de questionar a legitimidade do impeachment. No entanto, considera que "ainda não há evidência de que isso por si só vai reverter o apoio (à cassação de Dilma)", já que o novo governo "gerou toda uma expectativa nos grandes agentes econômicos e em parte relevante da sociedade".
    No último dia 12, 55 senadores votaram pela abertura do processo de afastamento da presidente. Será preciso que 54 votem por sua condenação para que a petista seja definitivamente cassada.
    Para Cortez, o fato de a conversa de Jucá ter vindo à tona "é um sinal de que a votação final do impeachment não está garantida", ainda que ele opine que a absolvição da presidente ainda seja o cenário menos provável.

    E se conversa tivesse sido divulgada antes?

    Na avaliação dos dois cientistas políticos, se a divulgação dessas conversas tivesse ocorrido antes das votações da Câmara e do Senado sobre o impeachment de Dilma, poderia ter influenciado o destino da petista.
    "Se essas gravações tivessem saído antes do processo de impeachment, o constrangimento de tirar uma presidente contra quem não se tinha nenhuma acusação (de favorecimento pessoal por corrupção) para colocar no lugar um governo com sete ministros citados na Lava Jato seria ainda maior", opina Renato Perissinoto, da UFPR.
    Para Cortez, o impacto das gravações seria mais relevante se elas tivessem sido reveladas antes, pois agora que Temer chegou ao poder "tem mecanismos na mão", como nomeações de cargos, para limitar impacto das gravações no meio político.
    "Enquanto era uma coalizão fora do governo (defendendo o impeachment) e o status quo era o governo Dilma, certamente a gravação teria impacto mais relevante", disse.

    PSDB

    Em outro momento da conversa, Jucá e Machado falam sobre como políticos do PSDB podem ser atingidos pela Lava Jato.
    No trecho mais comprometedor revelado pela Folha, Machado diz que "o primeiro a ser comido vai ser o Aécio (Neves, senador e presidente do PSDB)". Em seguida, as transcrições indicam que teria havido um "esquema" para eleger Aécio presidente da Câmara dos Deputados. O mineiro presidiu a Casa entre 2001 e 2002, no final do governo Fernando Henrique Cardoso.
    "(Sussurrando) O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara?", pergunta Machado, segundo a Folha.
    Pouco depois, Machado continua: "O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...".
    Jucá apenas responde: "É, a gente viveu tudo".
    Para Cortez, a referência a Aécio traz instabilidade para a aliança política que dá base ao governo Temer no Congresso.
    "Isso indica que a coalizão (pró-impeachment) não vai necessariamente se traduzir numa ampla janela de (aprovação de) reformas (no Congresso). O PSDB vai dar o apoio (ao governo Temer) mas ao mesmo tempo vai procurar se descolar".
    Já Perissinoto observa que esse é mais um episódio que tende a enfraquecer Aécio, que já vinha enfrentando o desgaste de ter sido citado em delações da Lava Jato, por exemplo como suposto beneficiário de um esquema de corrupção em Furnas, estatal do setor elétrico, o que o senador nega.
    Jucá e Machado comentam que Aécio não teria mais chances de vencer eleição, aparentemente em referência à próxima disputa presidencial em 2018.
    "Curiosamente, embora o PSDB tenha sido uma das lideranças no processo de impeachment, esse processo o enfraqueceu", diz Perissinoto, citando o fato de a Lava Jato ter "transbordado para todos os partidos".
    .

    União política em Santo Estevão




    No início deste mês, aconteceu em Salvador, no palácio do Governo uma reunião, com a finalidade de firmar um acordo de apoio do Prefeito Orlando Santiago (PSD) ao atual pré- candidato Rogério Costa, ex-prefeito de Santo Estevão.Quanto ao teor deste apoio, não foi nada divulgado, apenas que o fato aconteceu e a imprensa local fez ampla divulgação..O candidato Rogério já se encontra em plena movimentação no município e o apoio de Santiago pode significar um passo no sentido de chegar mais uma vez a prefeitura municipal.Tanto o prefeito Orlando, como o ex-prefeito Rogério fazem parte dos políticos que apoiam governo Rui Costa e esta união pode significar mais realizações do governo para Santo EstevãoTodas as pessoas são livres com o seu voto, como também eu, afirmou Orlando. Por Antônio Rocha