Preso no Paraná pela Operação Lava Jato, o ex-deputado federal pela Bahia, Luiz Argôlo, foi aprovado para cursar matemática na Universidade do Estado da Bahia (Uneb). O ex-parlamentar fez a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro do ano passado e se inscreveu no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Argôlo e outros 15 estudantes foram aprovados para o curso no turno matutino na cidade de Alagoinhas. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o advogado do ex-parlamentar, Pedro Scavuzzi, admitiu que não sabia que seu cliente havia concorrido à vaga na Uneb, mas vai buscar uma transferência de São José dos Pinhais para um presídio na Bahia. "Acho que o Judiciário não negaria o pedido de transferência. Ainda mais porque ele está cumprindo prisão cautelar", afirmou. Para Scavuzzi, Argôlo poderia sair para as aulas pela manhã e retornar para a cadeia à tarde. Argôlo foi condenado em primeira instância em novembro do ano passado a 11 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ainda segundo a Folha de S. Paulo, ele ainda não tem um diploma universitário e o curso poderia ajudá-lo na redução da pena.
O projeto Piano Livre, financiado pela Secretaria de Estado da Cultura, propõe a colocação de dez pianos em dez locais públicos de Porto Alegre (providos de segurança e protegidos de variações climáticas), a fim de promover o instrumento e a música como um todo. Os locais escolhidos são pontos estratégicos de grande tráfego, tais como estações de trem e rodoviária, além de pontos turísticos, estudantis e comunidades carentes. Todos os pianos serão pintados por artistas locais das mais variadas vertentes, contribuindo para a valorização da profissão artística e para o embelezamento da cidade. Os pianos estarão disponíveis para quem quiser tocar durante o período de cinco meses e serão periodicamente afinados.
O projeto se baseia numa iniciativa de origem inglesa, o “Play Me, I’m Yours”, que desde 2008 já espalhou mais de mil pianos em 37 cidades na Europa, na América do Norte e na Austrália. Na América do Sul, o projeto chegou recentemente a Santiago, no Chile, e em São Paulo uma iniciativa semelhante instalou pianos em algumas estações de metrô. A intenção, aqui, é transpor uma ideia que já tem grande êxito internacional para a região metropolitana de Porto Alegre.
Os artistas convidados a personalizar os pianos são: André Venzon, Ananda Kuhn, Cauan Rolin, Chana de Moura, Daniel Eizrik, Cadu Peixoto, Angela Longo, Carla Barth e Lídia Brancher. Um dos pianos será apadrinhado pelo Distrito Criativo do bairro Floresta, sendo pintado pelos artistas que representam a comunidade. Eles darão ao projeto uma identidade francamente local, que será reforçada através do contato intenso e reiterado com as comunidades que, de forma inédita, terão acesso a esses instrumentos, em plena rua, para tocarem como e o que melhor desejarem. Além disso, iniciativas populares que visem o ensino de piano a jovens, utilizando-se dos pianos expostos, serão incentivadas, visando a formação e o desenvolvimento do gosto dos jovens pela música