Quando criança, Maria Rita, filha do Dr. Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBa), costumava rezar muito e pedia sinais a
Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa. Desde os treze anos de idade, ela começou a ajudar
mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma idade, foi recusada pelo Convento do Desterro por ser jovem demais, voltando a estudar.
Em
1932, depois de se formar, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição (Smic), localizada em
Sergipe. Após seis meses de
noviciado, tomou o hábito de
freira. No dia
15 de agosto de
1934, ela fez sua profissão de fé e voltou à
Bahia.
Desde então, dedicou toda a sua vida à caridade. Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Chegou a receber a visita do
Papa João Paulo II, quando esse esteve no Brasil, em virtude de seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Entre os diversos estabelecimentos que ela Irmã Dulce fundou estão o
Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais; e o
Centro Educacional Santo Antônio (CESA), instalado em
Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o “Círculo Operário da Bahia”, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.
Em
11 de novembro de
1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas
respiratórios, sendo internada no Hospital Português e depois transferida à
UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio. Em
20 de outubro de
1991, recebe no seu leito de enferma a visita do
Papa João Paulo II. O Anjo Bom da Bahia morreu em seu quarto, aos setenta e sete anos, às 16:45 do dia
13 de março de
1992, ao lado de pessoas queridas por ela. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.
A
21 de janeiro de
2009, a
Congregação para as Causas dos Santos do
Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável
[2]
A
3 de abril de
2009, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas.
No dia
9 de junho de
2010 o corpo de irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação.
No dia
27 de outubro de
2010, foi anunciada pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (
Osid) a
beatificação, última etapa antes da
canonização, da religiosa Irmã Dulce, tornando-a a primeira beata da
Bahia.
[3][4] O anúncio foi sucedido pelo decreto em
10 de dezembro de
2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher
sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.
[5]
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