terça-feira, 3 de maio de 2011

Estudante é agredida durante evento na Unijorge

     Líderes, representantes do Movimento Negro e Sociais além das irmãs que compõem as organizações do Movimento de Mulheres Negras, interromperam o último dia do Simpósio de História na Unijorge - Centro Universitário Jorge Amado, para manifestar seu repúdio à agressão física sofrida pela estudante Verônica Nairobi Aguiar, do 5º semestre do curso de História da Unijorge.

Nairobi foi agredida com um tapa no rosto, pelo estudante Lucas Lins Pimenta, também do 5º semestre. O episódio ocorreu na última quarta-feira (27), durante o simpósio de história, promovido pela coordenação do curso e comissão de estudantes no qual Pimenta faz parte.

De acordo com Nairobi, não houve motivo para agressão e ela acredita se tratar de uma atitude machista e racista. "No segundo dia do simpósio, cheguei um pouco atrasada e fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado. Então me dirigir ao estudante Lucas Pimenta e perguntei se poderia assinar a lista, ele disse que eu estava tirando muita onda, que não estava mais me aturando e me deu um tapa no rosto", conta.

Segundo a reitoria da Unijorge, o caso vai ser apurado, e uma comissão será formada para julgar o ocorrido. "Estou sensibilizada com os depoimentos, porém é necessário apurar os fatos, ou seja, ouvir os dois lados. Então a minha sugestão é que se forme uma comissão fora daqui para acompanhar todos os trabalhos com transparência", afirmou a coordenadora do curso de Direito Sueli Sampaio Custódio.

Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso está sendo acompanhado por um advogado e  a estudante reivindica da instituição acadêmica algumas medidas administrativas como segurança à integridade física. “Eu quero que a faculdade  garanta a minha segurança, de maneira que eu possa concluir meu curso protegida e que danos morais sejam reparados. Quero também a expulsão desse colega", declara Naroibi.


Por Maryane Meira